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Saiba como trabalhar nos melhores hostels pelo mundo

Viajar e trabalhar em hostels é a melhor alternativa para quem busca economizar e passar muito mais tempo em uma cidade. Existem milhares de hostels pelo mundo, inclusive no Brasil, onde você pode ficar trocando trabalho por hospedagem. Entenda tudo sobre como fazer esse tipo de experiência na sua próxima viagem!

9min

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O roteiro já é bem familiar para quem tem viagem no sangue: você acabou de voltar daquela viagem que mudou sua vida de tantas formas que não sabe se cai na estrada de novo ou começa a escrever um livro sobre tudo que viveu!

É comum se sentir perdido quando voltamos, de não conseguir se adaptar novamente ou admitir que teremos que voltar àquela velha rotina que deixamos para trás. 

Não à toa, buscamos alternativas capazes de nos aproximar do dia a dia da viagem e do estilo de vida desapegado que acostumamos a levar na estrada.

Foi exatamente isso o que rolou comigo depois de passar dois anos morando e viajando em outros países. 

Enquanto refletia sobre o que eu deveria fazer da vida, lembrava de todos os hostels por onde havia passado e de toda galera que havia conhecido me hospedando nesses lugares que definitivamente marcaram minha experiência.

Como não podia ser diferente, não demorou muito para que a ideia genial surgisse: "É isso! Vou arranjar um emprego num hostel!".

Assim, a primeira coisa que eu fiz quando voltei de viagem foi buscar hostels, albergues e pousadas para trabalhar ou voluntariar.

Na minha cabeça, essa era a forma mais óbvia de me manter viajando (mesmo que fosse na minha própria cidade). 

Afinal, para quem sabe o que é um hostel e já ficou em um, você tem a chance de continuar convivendo com uma galera do mundo inteiro e manter aquele sentimento de "vida na estrada" vivo. 

Mais do que isso, era um jeito de não ter que voltar para a minha velha rotina (de vida, emprego, rolês, etc) que eu havia deixado para trás quando decidi viajar.

Para fechar, trocar trabalho por hospedagem num hostel é a forma mais barata de ficar em uma cidade. Eu poderia economizar uma grana de aluguel (caso decidisse ficar em São Paulo) ou de hospedagem pensando numa possível mudança para outra cidade.

Se você está pensando em passar um tempo vivendo em um hostel ou também acabou de voltar de viagem e está nesse mesmo "o que eu faço da minha vida?", vou compartilhar contigo algumas dicas que me ajudaram a entender como esse lance todo funciona e como encontrar o seu hostel ideal.

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Aprendendo a trabalhar em hostels em troca de moradia

A primeira vez que eu ouvi falar sobre esse lance de trocar habilidades por hospedagem em hostels foi na Tailândia há alguns anos, enquanto fazia um mochilão de seis meses pelo Sudeste Asiático.

Imagino que esse primeiro encontro também tenha acontecido assim com muitos viajantes: você está passando por uma cidade gringa, fica hospedado em um hostel (pelos dois fatores decisivos: economia e experiência), acaba fazendo amizade com o staff do lugar e, papo vai papo vem, descobre que na verdade todos são voluntários no hostel.

Logo fiquei sabendo que esse tipo de troca (Work Exchange é o nome mais comum para ela, ou a tradução literal: intercâmbio de trabalho) rola em hostels pelo mundo inteiro e que tem MUITA gente viajando dessa forma.

Como todo viajante que curte viver todo e qualquer tipo de experiência diferente por onde passa, lógico que eu fiquei super afim de experimentar esse tal de Work Exchange.

Foi assim que fiz meus primeiros trabalhos voluntários em hostels, o que me ajudou a viajar BEM baratoeconomizar algumas centenas de reais no mochilão e me fez conhecer uma galera que mantenho amizade até hoje (gente que, inclusive, já me abrigou em outras viagens que vieram depois).

A troca funciona assim: você trabalha algumas horas por dia no hostel com alguma atividade em que precisem de ajuda (as mais comuns são: recepção, bar, limpeza, mídias sociais e cozinha) e, em troca, ganha hospedagem gratuita por todo o período que estiver como voluntário lá (inclusive nos seus dias de folga).

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Na época, todo esse lance do intercâmbio de trabalho era bem informal e o mais comum era você chegar em uma cidade e começar a bater de porta em porta atrás de algum hostel que te aceitasse como voluntário.

Muito do costume de fazer isso e tornar o Work Exchange algo possível veio da galera (principalmente mochileiros europeus) que havia sido responsável pelo Boom do Couchsurfing pelo mundo. 

Ou seja, graças a eles, ficava cada vez mais claro que esse tipo de troca (tirando a grana da jogada na hora de viajar, focada na colaboração) era segura e possível.

Além disso, sites como Workaway e Helpx estavam começando a ficar mais conhecidos e, embora focassem mais em casas de família, também permitiam encontrar oportunidades de trabalho em hostels, dependendo de onde você estivesse viajando.

Pelo Brasil, o movimento começou a ganhar peso recentemente e tem sido chamado também de Turismo Colaborativo.

Voltando aos meus dias de "caçador de hostels", independente de como eu decidisse buscar o próximo hostel, o mais difícil mesmo era encontrar um lugar decente capaz de oferecer boas condições para você se hospedar como voluntário, além de um anfitrião que via a troca como uma experiência (e não como uma forma barata de contratar empregados).

Muitas vezes, por ser um acordo informal, também rolava de o anfitrião não cumprir com a palavra (sobre as tarefas que tínhamos que fazer, sobre o tempo que podíamos ficar, sobre o que tínhamos direito a receber pela troca, etc), o que acabava gerando aquele incômodo natural do tipo "fico ou não fico?".

Da mesma forma, lembro de ver algumas vezes voluntários saírem sem mais nem menos do hostel, deixando bons anfitriões na mão (algumas vezes, no meio do furacão das altas temporadas).

Enfim, viajar dessa forma envolvia alguns perrengues que nem todo mundo estava disposto a passar. A notícia boa é que, de lá pra cá, bastante coisa mudou.

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Como NÃO encontrar trabalho em hostels

Quando eu voltei de viagem, comecei a literalmente caçar todos os hostels possíveis aqui no Brasil onde eu gostaria e poderia passar um tempo como voluntário.

O que importava para mim era que morar em um hostel era a única coisa que eu poderia fazer para não ter que voltar a minha velha rotina pré-viagem.

O primeiro passo dessa busca foi determinar em quais cidades brasileiras eu estaria disposto a ficar um tempo. Afinal, é de costume você passar um tempo maior como voluntário do que ficaria caso estivesse se hospedando "normalmente" (pagando por hospedagem).

Como eu sou de São Paulo (e voltei a morar na cidade quando cheguei de viagem), minhas primeiras opções acabaram sendo em Ubatuba, no Rio de Janeiro e em Paraty. Muito pela proximidade da praia e por eu saber que essas cidades tinham muitos hostels, o que aumentaria minha chances de encontrar um que estivesse precisando de ajuda.

Bom, após passar um bom tempo fuçando o Hostelworld e os sites dos próprios hostels, eu tinha uma lista completa de lugares para entrar em contato e me oferecer como voluntário. Então, comecei a disparar uma leva de e-mails para todos eles, um atrás do outro, sem dó.

O que aconteceu em seguida me desanimou demais…

De duas uma: ou os hostels não me respondiam (depois fui descobrir que o foco total de quem responde os e-mails é atender hóspedes com dúvidas ou viajantes querendo reservar diárias no hostel - o que, é óbvio, faz todo sentido do mundo!) ou demoravam dias para responder dizendo que já estavam com as vagas de emprego e voluntários preenchidas. Fora a lista de hostels dizendo que não aceitavam esse tipo de troca.

O resultado é que eu não consegui nada. Nenhuma vaga de trabalho sequer.

O que me fez desencanar de vez desse plano e pensar em outras possibilidades para me envolver com coisas que fizessem sentido para aquele novo EU que havia voltado da viagem.

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A forma mais fácil e rápida de encontrar um hostel para voluntariar

Não foi muito depois que acabei descobrindo um site ideal para encontrar intercâmbios de trabalho em hostels pelo mundo todo.

Eu falo isso pros meus amigos e, de verdade, não consigo descrever de outra forma: se a Worldpackers existisse na minha vida quando eu estava pela Oceania e Ásia, eu tenho certeza que meus dois anos na estrada teriam se transformado em quatro!

Além de facilitar a busca pelos lugares que estão precisando de ajuda, na Worldpackers você consegue saber exatamente o que terá que fazer no hostel, assim como quanto tempo que irá ajudar e quem vai te receber chegando lá.

O que teria me ajudado mais na minha viagem é o lance de você estar tranquilo que terá um lugar para ficar ao chegar em uma nova cidade do seu roteiro, ao invés de ter que ficar rodando a cidade toda atrás de um lugar ou torcer para que alguém te aceite de última hora.

O fato de você poder baixar o app da Worldpackers no seu celular com certeza deixa o processo todo ainda mais fácil. Uma vez na estrada, você nunca sabe quando irá encontrar um computador usável para responder suas mensagens com os anfitriões que pretende ajudar. Alguns hostels são muito concorridos e, portanto, quanto mais rápido você conseguir se comunicar com o anfitrião para garantir sua vaga, melhor.

Com a Worldpackers funciona assim: você paga uma taxa de 49 dólares para ser um Membro da comunidade por um ano inteiro (valendo a partir da data de pagamento).

Como Membro, você pode entrar em contato com quantos anfitriões parceiros da Worldpackers quiser e aplicar para as vagas que eles disponibilizam no site (por todo esse período de um ano). 

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Você também consegue descontos em diárias de hostels (caso queira se hospedar do jeito tradicional) e ainda pode ganhar uma graninha durante a viagem tirando as dúvidas de outros viajantes ou escrevendo para a Worldpackers.

PS 1: No momento de pagar, o valor da taxa é convertido para Reais e como a empresa é brasileira, você não paga nenhuma taxa de transações internacionais.

PS 2: Se der alguma treta na viagem, eles contam com uma equipe de suporte para te dar aquela mão amiga e oferecem um tipo de seguro que te ajuda a conseguir hospedagem em outros hostels onde você estiver.

Além disso, dá para usar o site (ou o aplicativo) para entrar em contato com outras pessoas que já viajaram como worldpackers ou com quem está para viajar. Ou seja, já rola tirar todas as suas dúvidas sobre um lugar ou anfitrião específico, ou ainda conhecer uma galera antes de partir.

Fiz esse vídeo explicando todas as vantagens de ser um Membro da Worldpackers:

Depois de dar uma boa estudada no que os viajantes que têm experiência usando a Worldpackers falam, dá pra entender o quão importante é você acertar a mão na hora de fazer sua aplicação para ser escolhido para uma vaga. É só ficar ligado nesse ponto que, ao que tudo indica, vai dar certo!

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A verdade é que existem muitos lugares de roteiro de cinema na Worldpackers onde você pode trocar trabalho por hospedagem. Hostels que vão te fazer dizer "o que estou fazendo aqui?". É real: acontece comigo toda vez que entro lá.

Para quem quer realmente encontrar uma oportunidade nos melhores hostels, a Worldpackers tem um filtro de busca bem maneiro que irá te mostrar todos os Top Anfitriões da comunidade, em vários lugares do mundo.

É só entrar na página principal de buscas de anfitriões e ativar esse filtro aqui em baixo:


Filtro de melhores shostels da Worldpackers

Para você ter uma ideia do que eu estou falando, separei aqui (com muito esforço e com a certeza de que deixei alguém muito bom de fora) minhas 10 vagas favoritas em hostels pelo mundo:

  1. Receba hóspedes do mundo inteiro na costa da Bahia, no Brasil
  2. Passe um verão na Europa como recepcionista, em Portugal
  3. Ajude um dos hostels mais famosos da Ásia, na Índia
  4. Seja um voluntário em um dos cantos mais remotos da ilha, na Nova Zelândia
  5. Descubra a Patagônia como um worldpacker, na Argentina
  6. Quatro semanas inesquecíveis em Granada como worldpacker, na Espanha
  7. Seja o fotógrafo oficial desse hostel no deserto, em Israel
  8. Venha para as Filipinas trabalhar no lugar mais bonito do mundo, nas Filipinas
  9. Junte-se a mais 150 viajantes e seja um worldpacker em Recife, no Brasil
  10. Ajude nosso hostel a se preparar para o verão europeu, na Islândia
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A experiência de viver e trabalhar em hostels é com certeza uma que te permite continuar viajando mesmo na sua cidade. 

Você tem a possibilidade de conviver com pessoas do mundo inteiro, tem tempo de sobra para descobrir onde está morando e entender como a galera nativa de lá realmente vive.

Ou seja, você precisa trabalhar em um hostel ao menos uma vez na vida.

Se você tiver qualquer dúvida sobre work exchange ou viajar pelo mundo trabalhando, é só me enviar uma mensagem aqui pela Worldpackers. No que eu puder ajudar para você tirar sua trip do papel, conte comigo!

Nos vemos na estrada!



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