Nos bastidores de experiências incríveis com vida selvagem, maus tratos contra animais acontecem. Conheça os mais famosos para poder evitar em qualquer viagem.
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Quando estamos frente a frente com um animal selvagem, a perfeição da natureza salta aos olhos. Os zoológicos só conseguem reproduzir tal experiência às custas de maus tratos físicos e psicológicos.
Conhecer floras e faunas diferentes faz parte de viajar, mas com a interação forçada, os animais perdem seus instintos e se tornam vulneráveis.
É muito importante pesquisar sobre qualquer experiência que envolva animais. Observá-los a distância em um safári ou ter a sorte de uma aproximação em um Parque Nacional pode ser positivo. Estes animais não tiveram suas liberdades prejudicadas.
Para descobrir se a experiência conta com maus tratos contra animais, pergunte se os animais possuem:
Conhecer ecossistemas diferentes, paisagens e animais faz parte de viajar. Porém, maus tratos físicos e psicológicos que os animais em cativeiro sofrem não entram no pacote.
Confira agora 7 experiências que perturbam a vida animal, a natureza e fazem espécies desaparecerem. Evite em sua próxima aventura pelo Brasil ou pelo mundo.
Por mais majestosos que sejam, os elefantes não são como cavalos, são selvagens e não servem para serem montados. Infelizmente, alguns países do sudeste asiático e no sul da África oferecem, até hoje, passeios e performances com elefantes. Na Tailândia, os elefantes filhotes passam por um treinamento chamado Phajaan, que significa, quebrar o espírito.
O documentário Blackfish (2013) conta a história de Tilikum desde sua captura até sua vida de cativeiro no Seaworld. As orcas são capturadas e confinadas em tanques, onde só podem nadar em círculos.
Suas nadadeiras dorsais tombam para o lado, elas quebram seus dentes e sofrem queimaduras solares por estarem presas.
A tourada é um evento um pouco mais polêmico, pois além de entreter, é uma manifestação cultural.
Porém, até mesmo o próprio governo da Espanha tem regulamentado e restringido a violência no evento. Não existem mais touradas na região da Catalunha e a maioria dos jovens do país rejeita o evento.
Quantos vale uma foto com um tigre ou leão? Provavelmente a vida dele. Animais em zoológicos da Tailândia, Austrália, Estados Unidos, México e Argentina são dopados para o contato com turistas.
O Zoológico de Luján, a poucos quilômetros de Buenos Aires, oferece a oportunidade de uma selfie entre turistas ensandecidos e grandes felinos sonolentos. Um verdadeiro show de horrores.
Os golfinhos tem seu mar infinito limitado por redes e sofrem com o sol. Cancún, no México, é um dos destinos preferidos para visitar os golfinhos nos parques e tirar a tradicional foto do beijinho.
Um carinho que diminui arrasadoramente sua expectativa de vida. O cloro da piscina e as bordas lisas, tão diferentes do assoalho marinho, prejudica a ecolocalização destes animais.
Mais comum no continente asiático, principalmente na Indonésia, macacos filhotes são adestrados para nosso divertimento.
Dançam, andam de bicicleta, tocam guitarra entre outras gracinhas humanas. Andam em coleiras e são obrigados a ficar em duas patas em troca de moedas dos viajantes.
O Parque das Aves, em Foz do Iguaçu, restaurou 16 hectares de mata atlântica e mais da metade dos pássaros foram resgatados do tráfico.
Porém, eu estive lá. Entrei nos viveiros e vi, dezenas de araras gritando estressadas enquanto os visitantes as perseguiam para uma foto. Voavam de um lado para o outro. Em um comparativo com outros viveiros, aceito o argumento: "as jaulas são maiores". Mas não deveríamos comparar com o céu?
Escrevi esse texto a partir de uma experiência que envolvia maus tratos contra animais em Foz do Iguaçu.
Estava tomada por um misto de revolta e tristeza. Além do Parque das Aves, visitei o Parque Zoológico Bosque Guarani, logo em frente ao terminal de ônibus da cidade. Me assustei desde a entrada, quando uma catraca sem vigilância separava animais selvagens como onças, araras e macacos de uma avenida movimentada.
A entrada é gratuita, livre. Já as jaulas estão caindo aos pedaços e os animais confinados.
Em menos de vinte minutos no Parque presenciei duas crianças, ao lado do pai, jogando pedaços de madeira em uma jaguatirica que tinha o rabo entre as pernas. Saí de lá com a imagem dos olhos vidrados de uma onça majestosa em uma jaula minúscula na cabeça.
Não ajude nem com grana, nem com seu tempo e atenção. Experiências com a vida selvagem que envolvem crueldade, cativeiro e interação inadequada com seres humanos deveriam ser proibidas e facilmente denunciadas. Porém, não existem leis contra a maioria destas práticas.
Os animais devem ser observados livres na natureza, nunca presos
Encontrar a vida selvagem em seu habitat natural pode ser uma experiência emocionante e transformadora. Viajar é uma das formas que nos conecta com o mundo ao nosso redor.
SIM - Se um animal vier até você por escolha própria e for livre para ir quando quiser.
NÃO - Para encontros onde os animais não tem outra opção que não seja interagir com você.
Visitando apenas santuários administrados por ONGs registradas.
Leia também sobre projetos com impactos positivos para os animais: as ações de limpeza de praias promovidas pela Worldpackers no litoral paulista, em Ilhabela e em Ubatuba.
Santuários cuidam de animais abusados pelo turismo e pela indústria do entretenimento. Estes lugares não oferecem passeios nem exploram os animais que dependem dos humanos para sobreviver.
Nem sempre os “Santuários” salvam de verdade. Inclusive, muitos lugares que antes exploravam animais, trocaram de nome pensando em atingir o mercado do turismo consciente.
“Eu sei que a nossa intenção é a melhor possível nesses casos, mas infelizmente existe uma grande máfia por trás desse turismo social, que pra mim é ainda mais suja do que a que maltratava os animais, porque essa é uma máfia muito bem maquiada e que mexe com o emocional das pessoas que querem ajudar.” explica Patrícia, do @patchinpixels.
Eaí, já viveu alguma experiência parecida? Deixe aqui nos comentários! Mande também suas sugestões de temas para o próximo post e conheça meu projeto, o Sola no Mundo viagens por histórias e culturas.
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Flor
Dez 06, 2018
Obrigada* Espero que esta consciencialização chegue a mais viajantes e turistas... :)
Juliana
Dez 10, 2018
Seu post é muito útil!
Quase chorei lendo sobre os animais de Foz. Também fui nesse zoológico e vi uma onça que veio interagir comigo pela grade como se fosse um cachorro. Ela estava totalmente dócil e no começo da interação ela morria de medo de mim. Fiquei pensando se ela apanhava, oq ela passava pra estar querendo tanto minha atenção... :(