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Tire suas dúvidas sobre ser worldpacker no Chile

Cada experiência tem suas peculiaridades e hoje venho contar sobre a minha no Hostal Maitencillo Norte, em que fui voluntária durante duas semanas e pude viver uma das melhores experiências da minha vida. Foi minha primeira vez como worldpacker e não poderia ter sido em um lugar melhor, nem com pessoas melhores.

Ellen

Abr 16, 2020

4min

Amigos que fiz em Maitencillo

Para contar como foi, dividirei em perguntas mais recorrentes:

1. Quais eram suas funções? Como eram as tarefas e os horários?

Trabalhava limpando os quartos dos hóspedes que iam embora e também servia o café da manhã, além de ajudar com tarefas de recepção, orientando os hóspedes o quanto fosse possível.

Éramos em cinco voluntárias e dividíamos todas as tarefas. Em geral, uma dupla trabalhava servindo o café da manhã e as outras três ficavam na limpeza, normalmente definíamos no dia anterior quem faria o quê no dia seguinte.

A dupla que fazia o café acordava mais cedo, a preparação do café começava por volta das 9h e era servido das 10h até as 11h, após terminado o café, limpávamos e organizávamos a cozinha, geralmente para essa parte ficava só uma voluntária enquanto a outra ia ajudar as outras voluntárias a terminar a limpeza dos quartos.

Já o trio que fazia a limpeza dos quartos começava por volta das 11h o trabalho, que é justamente o horário do check-out no hostel.

Como disse, revezávamos o trabalho de forma que ficasse justo para todas. Costumávamos terminar tudo até as 13h e depois disso preparávamos nosso almoço para em seguida aproveitarmos o nosso dia.

As folgas eram a cada cinco dias trabalhados, mas era possível negociar.

2. Como era a estrutura do hostel?

O hostel está localizado a cerca de 2h30 do centro de Santiago, no Chile, é uma cidade litorânea e quase todas as coisas podem ser feitas tranquilamente a pé ou de bicicleta. Utilizei ônibus e carro somente para ir a praias mais distantes ou cidades vizinhas.

O hostel é muito agradável, possui três andares, sendo a cozinha e sala no térreo e cinco quartos (todos com banheiro) nos demais andares; fora da casa principal tem também mais um quarto e uma cabana (uma pequena casa com dois quartos, sala, cozinha e banheiro). Estes locais são onde os hóspedes ficavam e onde desenvolvíamos nossas tarefas, mas os voluntários tinham seu cantinho especial, uma cabana, que fica na parte dos fundos do terreno onde o hostel está localizado.

Na cabana tínhamos uma cozinha completa, o quarto compartilhado, um banheiro e o quarto do Álvaro, nosso anfitrião. Apesar do hostel ser separado da nossa casa, não havia problemas em usarmos as dependências do hostel se necessário.

Há uma pequena pista de skate, puff’s e balanços disponíveis para todos, e por conta de a cidade ser fria, praticamente todas as noites fazíamos uma fogueira em frente a nossa cabana, era um momento incrível de interação entre hóspedes, voluntários, anfitrião e amigos, foram noites muito felizes batendo papo e cantando em volta da fogueira.

3. Como foi a interação com as pessoas do hostel?

As relações construídas foram enriquecedoras. Tanto a Dona Ana quanto o Álvaro foram muito solícitos. Dona Ana ensinava sobre a limpeza, sempre priorizando fazer um excelente trabalho para manter o ranking do hostel na região, já o Álvaro interagia bastante com os voluntários, buscando sempre nos fazer sentir em casa, nos indicando e levando em locais para conhecer na região.

A relação com os hóspedes era singular, foram muitos hóspedes ao longo de duas semanas, alguns não tivemos tanto contato, mas outros viraram amigos de fogueira e de passeios.

Já em relação às voluntárias que eu pude trabalhar, não há como descrever, a maioria eram brasileiras também, o que me deixou muito mais confortável no início em relação à idioma. Todas eram maravilhosas e compartilhávamos um momento mágico em comum nas nossas vidas: uma viagem a um país diferente.


Decoração do hostel

4. Além da hospedagem, quais benefícios você tinha?

Além da hospedagem, tinha a lavanderia a vontade e toda a alimentação inclusa, este detalhe não estava especificado na vaga, então foi uma surpresa excelente que me fez economizar muito. A alimentação é feita pelos voluntários, mas muitas vezes o Álvaro resolvia se aventurar na cozinha e fazia uma comida especial para a gente. Muitas vezes ele também nos levou para passear e conhecer a cidade.

O maior benefício, sem sombra de dúvidas, foi ter vivido essa experiência, nunca achei que me sentiria tão em casa mesmo estando fora de casa. Maitencillo é um lugar muito especial que merece ser conhecido e explorado.

5. O que você fazia no seu tempo livre?

Era verão, o pôr do sol começava às 21h, o que garantia um dia longo e cheio de atividades caso fosse essa a vontade. Fiz muitas coisas, conheci bons restaurantes, praias lindas, cinema ao ar livre, contemplei o pôr do sol muitas vezes, passeios de bicicleta, fiz novos amigos, até bate-volta na cidade vizinha deu tempo; às vezes queria ficar mais tranquila e só ficava na beira da praia lendo ou tomando um sol. Era uma vida muito fácil e tranquila, sinto saudades!


Praia chilena

6. Como foi em relação ao idioma?

Sobre o espanhol: não precisa saber falar, mas será mais fácil se você souber pelo menos o básico. O português é próximo do espanhol, o que facilita que você entenda se a pessoa falar num ritmo mais lento, no entanto, por algum motivo que desconheço, para eles não é fácil entender o português. Então essa é minha dica: tente aprender pelo menos o básico antes de ir (busque por falsos cognatos do espanhol) e saiba que é completamente normal não entender nada nos primeiros dias, mas se atreva a falar e errar porque é assim que a gente aprende.

7. Tem alguma dica extra?

Se entregue à experiência! Parece óbvio, mas tente dizer mais “sim” às oportunidades que aparecerem. É uma experiência incrível por si só e se você estiver de coração e mente aberta vai ser inesquecível!




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