A lista de o que fazer na Chapada Diamantina é muito longa, entre trilhas, cachoeiras, poços, morros e biomas tão variados quanto Cerrado, Caatinga, Campos Rupestres e Matas de Altitude. Aqui nesse artigo, você vai conhecer algumas das principais atrações.
O que fazer na Chapada Diamantina
Antes de mais nada, uma introdução. A região da Chapada Diamantina é composta por 24 municípios, mas entre os mais usados como base pelos visitantes se destacam Lençóis, Vale do Capão (vila da cidade de Palmeiras), Mucugê e Igatu, além de Ibicoara e Andaraí. O ideal é escolher uma ou mais bases que facilitem o acesso às experiências que mais lhe interessam.
De carro, é fácil ir de uma cidade para outra por conta própria e contratar guias para alguns dos passeios. Sem carro, é fácil incluir bases como Lençóis e Vale do Capão na mesma viagem de ônibus, mas para conhecer muitas atrações pode ser preciso recorrer aos passeios de agências. Muitas delas têm base em Lençóis, que é o município com maior estrutura turística na região.
Tá, mas o que fazer na Chapada Diamantina, afinal? Confira alguns dos lindos lugares que podem ser visitados a partir das principais bases:
Lençóis
Morro do Pai Inácio
A apenas 30 km de Lençóis, com fácil acesso de carro, fica o cartão-postal da Chapada Diamantina, o Morro do Pai Inácio. Não é preciso guia para visita-lo: apesar de íngreme, o caminho de subida é simples. Se for no pôr do sol, horário mais bonito e mais disputado, é bom chegar cedo e tentar descer cedo, ou levar uma lanterna.
Gruta da Lapa Doce
Essa gruta faz parte de um sistema de 42 km de cavernas. Atualmente só 850 metros estão abertos à visitação, mas isso já é o suficiente para um passeio bem interessante. O trajeto até seu interior é feito por uma curta caminhada na companhia de um guia local, em grupos de no máximo 14 pessoas.
Fazenda da Pratinha
A Fazenda da Pratinha é um complexo privado onde é possível participar de atividades como caiaque, pedalinho, tirolesa e flutuação na Gruta da Pratinha.
A parte mais popular do lugar, no entanto, é a prainha do Lago da Pratinha, que tem águas rasas e supertransparentes, com temperatura agradável para banho.
Poço do Diabo
Cerca de 1 km de trilha às margens do Rio Mucugezinho levam até o Poço do Diabo, um grande poço com água tão escura quanto Coca Cola. Ótimo para banho, o lugar oferece atividades como tirolesa e rapel (ao menos em alta temporada).
Cachoeira do Mosquito
Uma trilha fácil de cerca de 30 minutos leva até a Cachoeira do Mosquito, queda d’água que cai em meio a um paredão de pedras deslumbrante. Ela não forma poço, mas o visual é tão bonito que compensa. E o curioso nome da cachoeira não se deve à presença de insetos: os garimpeiros chamavam os pequenos diamantes encontrados por lá de “mosquitinhos”.
Pantanal de Marimbus
O Marimbus, conhecido como o pantanal da Chapada Diamantina, é uma planície inundada repleta de plantas aquáticas. O lugar costuma ser acessado a partir da comunidade quilombola do Remanso, que fica a 22 km de Lençóis. Em um passeio de canoa, os visitantes podem ir até a Cachoeira do Roncador.
Cachoeira do Sossego
É recomendável contratar guia para fazer a trilha da Cachoeira do Sossego, apesar de seu acesso ficar perto do centro de Lençóis. São 7km de caminhada por trecho, com dificuldade moderada, e costuma-se levar cerca de 4 horas e meia pra ir e voltar.
Ribeirão do Meio
Outra trilha próxima ao centro de Lençóis, mas bem mais fácil que a do Sossego, é a do Ribeirão do Meio.
O percurso dura cerca de uma hora e não exige contratação de guia, mas se for por conta própria é bom pedir instruções bem precisas, porque em alguns momentos o caminho tem bifurcações. O destaque desse lugar é o “tobogã”, uma pedra lisa por onde dá para escorregar até um poço.
Também próximo ao centro de Lençóis fica o Parque Municipal da Muritiba ou do Serrano, acessível em cerca de 15 minutos de caminhada.
No mesmo dia, é possível visitar as várias atrações desse complexo: os Caldeirões do Serrano, que é como a “praia” de Lençóis; os Salões de Areias Coloridas; o Poço Halley; a Cachoeirinha; e a Cachoeira da Primavera. O passeio tem nível fácil e é muito frequentado pelos moradores de Lençóis.
Vale do Capão
Cachoeira da Fumaça
Outra que marca presença em todas as listas de o que fazer na Chapada Diamantina é a Cachoeira da Fumaça, a mais famosa da região. A trilha para acessá-la parte de um povoado no distrito do Vale do Capão, em Palmeiras, e tem cerca de 5 km. Leva-se cerca de duas horas para percorrê-la, sendo em média uma hora de subida íngreme.
Poço da Angélica e Cachoeira da Purificação
A trilha para o Poço da Angélica e Cachoeira da Purificação é uma das mais fáceis a partir do Vale do Capão e tem um visual diferente da maioria das trilhas nos arredores.
Seu começo é na Vila do Bomba, a 8 km do centro do Vale. O percurso dura cerca de uma hora por trecho e tem poucos trechos íngremes, sendo todo sombreado. Só é preciso atenção para não tropeçar nas pedras e galhos.
O destino final é a Cachoeira da Purificação, considerada a mais gelada da Chapada Diamantina. Mas vale muito a pena fazer uma parada no Poço da Angélica, no caminho até lá, para tomar banho embaixo de uma pequena queda d’água.
A “praia” do Capão é o Riachinho, pequena cachoeira que fica a 5 km da vila, na direção de Palmeiras. O acesso tem apenas 500 metros de distância da entrada e é feito por uma escadaria. Lá, a graça é tomar sol nas pedras, se banhar no poço e ver o pôr do sol.
Águas Claras
Essa trilha é quase totalmente plana, então não oferece muita dificuldade. Por outro lado, o percurso todo é sob o sol. Boa parte da caminhada é feita com vista para o Morrão, que muitos consideram o morro mais bonito da Chapada Diamantina. O destino é um poço pequeno, mas bem gostoso – e, como o nome indica, de águas claras.
O Vale do Capão
O Vale do Capão também dá acesso a outras trilhas interessantes, como a Cachoeira do Rio Preto e o Poço do Gavião.
Além disso, o Vale em si é uma atração. A pequena vila é composta por basicamente duas ruas e uma pracinha, que durante o dia ficam bem paradas, mas costumam se movimentar à noite.
Lá você encontra ótimas opções de comida caseira e vegetariana, lojas de produtos naturais e muitas pessoas que foram lá a passeio e nunca mais voltaram. Se estiver por lá num final de semana, confira a feirinha de orgânicos e artesanato aos domingos e fique atento à programação do Circo-Escola do Capão.
Mucugê
Cachoeira do Buracão
Mucugê é uma das melhores bases para ir à Cachoeira do Buracão. Considerada por muitos a atração mais incrível da Chapada Diamantina, ela fica a 98 km da cidade e requer a contratação de guia.
Caminha-se por uma hora até chegar a um poço, onde você vai flutuando por um desfiladeiro inundado que desemboca numa queda d’água de 90 metros.
Poço Encantado e Poço Azul
Imagine cavernas antiquíssimas com um poço de água azulada e transparente, muitas vezes com um raio de luz que dá à cena um tom quase fantástico. O passeio para o Poço Azul e Poço Encantado, que geralmente são visitados no mesmo dia, está entre os mais populares da Chapada Diamantina.
Cerca de uma hora separa as duas grutas, que ficam nos municípios de Nova Redenção e Itaetê, a pouco mais de 80 km de Lençóis e ainda mais perto de Mucugê e Andaraí.
Trilha da Cachoeira das Andorinhas
Localizada no Município de Mucugê, a Cachoeira das Andorinhas é alcançada por uma trilha de cerca de 3 km. O caminho passa por Campos Rupestres, vegetação de pequeno porte que ocorre sobre rochas, onde se encontram flores como orquídeas e bromélias. A cachoeira tem um poço grande para banho.
Igatu
A cidadezinha de Igatu é a mais bonitinha da Chapada Diamantina, com muros e casas de pedras que a tornam mega fotogênica. Ela é fica próxima à Mucugê (cerca de 20 km) e a Andaraí (15 km). É um bom ponto de partida para ir aos poços Encantado e Azul (cerca de 40 km) e ao Buracão (110 km). De lá, também dá para conhecer outras cachoeiras, como Córrego do Meio e Califórnia.
Travessia do Vale do Pati
Tem tempo e disposição e quer viver uma experiência inesquecível de imersão na Chapada Diamantina? Recomendo muito a travessia do Vale do Pati.
No período “áureo” da extração de diamantes e garimpo de café, cerca de 3 mil pessoas chegaram a viver no vale. Hoje, ele abriga pouco mais de 10 famílias que vivem do turismo, já que as trilhas anteriormente usadas pra escoar o café são percorridas diariamente por turistas.
O Vale do Pati tem três acessos principais: Guiné (distrito do município de Mucugê), Vale do Capão (distrito do município de Palmeiras) e Andaraí. É possível entrar ou sair por qualquer um deles, em muitos quilômetros de subidas e descidas. Geralmente leva-se de 3 a 5 dias na travessia, sempre na companhia de um guia, acampado ou dormindo em casas de nativos.
Se você já foi lá e explorou esses ou outros atrativos, conta aí nos comentários e já aproveite para curtir os melhores destinos do Brasil com a Worldpackers.
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Autora do blog Janelas Abertas desde 2012, resolveu deixar o emprego fixo em 2016 para viver viajando e produzindo conteúdo pela internet, com foco em autoconhecimento e turismo responsável. Hoje o blog é a sua principal fonte de renda e maior paixão. Em 2022, lançou por crowdfunding seu primeiro livro, o "Guia de viagens pra dentro e pra fora: como viajar de forma transformadora e responsável". 💙
Saul
Fev 04, 2019
Massa! Foda é que ninguém nos aceita veeey 😭
Saul
Fev 04, 2019
Não sei se por estarmos em dois ou pela mensagem ser fraca