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Viaje. Se puder, fique por lá.

Não é sempre que nossas vontades cabem na nossa agenda, eu sei. Para as mentes que fervem ao pensar em viajar (como a minha), decidir por quanto tempo ficar é sempre um desafio.

Yara

Abr 16, 2020

3min

voluntária de Gent, na Bélgica

O tempo que vou ficar num lugar sempre depende, é claro, da minha agenda, objetivos, finanças, acomodação e o roteiro que quero seguir.

Aliás, falando em roteiro, se você é desses que quer conhecer sete cidades em sete dias, vem cá, deixa eu te falar um pouco sobre algumas experiências ficando por algumas semanas em apenas um lugar.

Sim, eu faço viagens curtas, pego minha mochila e conheço três cidades em três dias. Já fiz isso algumas vezes. 

É que, normalmente, quando o faço, parto de uma cidade que escolhi como base.

Como assim?

Digamos que quero conhecer um país ou uma região, mas não tenho tanta grana pra simplesmente ficar pulando de hostel em hostel e nem saco pra carregar toda a minha bagagem comigo. Eu sou dessas.

  • Primeira dica: leve apenas o essencial! Isso faz com que a sua viagem seja mais dinâmica. Apenas uma mala ou mochila, se possível.
  • Segunda dica: escolha um cidade que seja bem localizada e que tenha um anfitrião no esquema de trabalho por acomodação.

Por que?

Porque ficar por algumas semanas ou meses na mesma cidade te faz aprender muito sobre a cultura local: gastronomia; costumes; horário do comércio e muito mais.

Você vai começar a apontar direções para turistas perdidos na rua.

Você cria conexões com certos quarteirões e descobre a melhor comida com o menor preço. Sabe de cor o dia da feira-livre e certamente vai conseguir ir em algum evento ou festival local, afinal, muita coisa acontece em um punhado de semanas.

Você deixa de se ver como um turista naquela cidade.

Alguns anos atrás, o Rio de Janeiro foi a minha casa por dois meses. Coisa de, ao fim do meu tempo por lá, saber a ordem das estações do metrô que vai até a Barra da Tijuca.

Da última vez, escolhi a cidade de Gent, na Bélgica, como base. Fechei uma experiência num hostel de lá, o KaBa. Me comprometi a ficar por 2 meses colaborando com eles.

voluntária aproveitando tempo livre na Bélgica

Nesse tempo, consegui períodos de três ou quatro dias de folga emendando minhas folgas de uma semana pra outra.

Assim, conheci algumas cidades na Alemanha, fiz um passeio rápido por outras da Holanda e visitei uma porção de cidades do interior da Bélgica (coisa de ir num dia e voltar no outro ou um passeio de um dia).

Além disso tudo, a intimidade que criei com a minha cidade base, Gent, é um caso de amor à parte.

Gent se tornou um lugar pra mim. De lá eu trago lembranças de tardes preguiçosas à beira do canal; de trabalhar durante o dia e sair pra dar uma volta no centro à noite; de ir conferir a rua dos bares universitários às sextas-feiras e ver os calouros pintados de tinta; de descobrir o brechó que vendia coisas novas à €2; de voltar tantas vezes à barraquinha de fritas que consegui provar todos os molhos que eles têm.

A gente pode dizer que tal local é um lugar pra gente quando cada vez que se deparar com ele num anúncio ou manchete, seu coração bater mais forte.

Você reconhecerá diversos bairros e partes da cidade. De repente memórias e associações começarão a surgir. Você terá histórias pra contar sobre tal dia em tal canto e vai abrir um sorriso ao se lembrar com carinho: aquilo foi a sua casa por um capítulo.

Que sensação boa!



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