Pirenópolis combina atrações históricas com cachoeiras e outras belezas naturais. Confira este guia completo sobre o destino e se apaixone por esse cantinho charmoso de Goiás.
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Pirenópolis, ou Piri para os chegados, é o típico destino de interior que conquista rapidamente o coração dos visitantes. Fundada em 1727, a terceira cidade mais antiga de Goiás combina atrações históricas com muitas belezas naturais, em um cenário repleto de cachoeiras.
A cidade foi tombada como Patrimônio Histórico e Cultural pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). E além dos atrativos ligados à natureza e ao ecoturismo, ela também oferece uma deliciosa gastronomia e intensa agenda cultural.
Já deu para ver que não faltam opções de o que fazer em Pirenópolis, não é? Para te ajudar em meio a tantas atrações, preparei um guia completo com tudo o que você precisa saber sobre o destino.
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Localizada no interior de Goiás, Pirenópolis está a cerca de 130 km da capital Goiânia e a 150 km de Brasília, em meio ao belo cerrado brasileiro. A cidade é próxima dos municípios de Jaraguá, Corumbá de Goiás, Cocalzinho de Goiás e São Francisco de Goiás.
Por conta de sua localização entre as capitais, chegar até Pirenópolis é bem fácil e o percurso conta com boas estradas, o que torna a viagem mais tranquila.
Confira as principais formas chegar:
Para quem está vindo de outros Estados, Goiânia e Brasília são as principais portas de entrada até a cidade interiorana, já que em Pirenópolis não há aeroporto.
O Aeroporto Internacional de Brasília, a 151 km, e o Aeroporto de Goiânia Santa Genoveva, a aproximadamente 120 km, são os mais próximos para quem chega de avião. Depois é só seguir a viagem de carro ou ônibus até Piri.
Partindo de Brasília há alguns caminhos que levam até Pirenópolis, porém o mais recomendado é o percurso passando por Águas Lindas, Cocalzinho e Corumbá, seguindo pela BR-070.
Já para quem parte de Goiânia, há duas opções indicadas: pela BR-060, passando por Anápolis e seguindo pela GO-431; ou pela GO-080, passando pela GO-222 e a GO-338.
Para quem quer ir de ônibus, as principais portas de entrada também são partindo das capitais. Saindo da rodoviária de Brasília, o percurso tem cerca de 3h de duração e é operado pela Viação Goianésia, com horários pela manhã e à tarde.
Já por Goiânia, o trajeto leva em média 2h e também é operado pela Viação Goianésia com horários pela manhã e à tarde.
Vamos, então, às dicas de atrações turísticas em Pirenópolis? Vou falar a seguir sobre o que fazer no centro histórico, as melhores cachoeiras, outros atrativos dessa charmosa e cidade e também o que fazer à noite e onde comer em Pirenópolis.
Fundada em 1727 por bandeirantes que chegaram na região em busca de jazidas de ouro, Pirenópolis é repleta de atrativos históricos que remontam ao final do século XIX e começo do século XX.
Em meio a inúmeros casarões coloniais, ruas de pedras e igrejinhas, passear pelo charmoso Centro Histórico de Pirenópolis é uma ótima forma de começar sua viagem. Confira quais são os principais atrativos históricos da cidade:
O passeio pelo Centro Histórico de Pirenópolis se inicia na Igreja da Matriz de Nossa Senhora do Rosário, de onde se tem uma linda visão da cidade. A igreja é o maior e mais antigo monumento histórico do Estado de Goiás, construída no século XVIII, entre 1728 e 1732.
Ela foi feita com alicerces de pedra e paredes de taipa de pilão, e tinha cinco altares ornamentados em ouro. Tombado como Patrimônio Nacional em 1941, o monumento é parada obrigatória em Piri.
Antigo teatro da cidade, construído em 1919, o Cine Pireneus possuía arquitetura neoclássica até 1936. Naquele ano, ele passou por reformas e se tornou um cinema com arquitetura no estilo art déco.
O local funcionou por muitos anos exibindo filmes do cinema mudo. Atualmente, funciona como um espaço teatral, cinema, galeria e recebe apresentações musicais.
Antiga Casa de Câmara e Cadeia, o local foi reformado e hoje recebe visitantes em busca de conhecer sobre a Festa do Divino, evento tradicional de Pirenópolis. O acervo do Museu do Divino conta com imagens, objetos e maquetes ligados à festividade.
Construída entre 1750 e 1754, a Igreja de Nosso Senhor do Bonfim é considerada a mais bem ornamentada da região. Em seu altar mor há uma imagem de Jesus crucificado que foi trazida da Bahia por volta de 1755, em um comboio com mais de 200 escravos. A igreja está aberta para visitação e realiza missa todos os domingos.
Construída entre 1750 e 1754, a Igreja de Nossa Senhora do Carmo é um belíssimo monumento da arquitetura colonial brasileira. Atualmente, funciona como Museu da Arte Sacra, onde é possível admirar seus belos altares inspirados na decoração barroca rococó.
Uma parte do Centro Histórico de Pirenópolis é cortada pelo Rio das Almas, onde foi construída a charmosa Ponte de Carmo, durante os anos de 1899 e 1903. Inicialmente de madeira, a ponte foi reformada e atrai muitos turistas em busca de boas fotos.
Com um acervo que conta com imagens, objetos e vestimentas típicas das Cavalhadas, o museu conta a história dessa tradicional festa folclórica, que teve origem na idade média da Europa e foi trazida ao Brasil colônia.
Ao longo do centro também há estátuas em referência às tradições das Cavalhadas. E praticamente todo mundo que passa por Piri tem uma foto com as famosas estátuas dos Mascarados.
Principais atrativos da região, as cachoeiras de Pirenópolis são perfeitas para se refrescar e renovar as energias. E haja cachoeira! São mais de 80 quedas de água já catalogadas na região. Para te ajudar entre tantas opções, selecionei as principais, que merecem um espacinho no seu roteiro por Piri.
Já adianto que a maioria das cachoeiras de Pirenópolis tem fácil acesso, sem longas trilhas a serem percorridas, e infraestrutura completa com banheiros, lanchonete, restaurantes, etc. Mas toda essa estrutura tem um valor, e a maioria desses atrativos cobra entrada.
Localizada dentro da Reserva do Abade e às margens da nascente do Rio das Almas, a Cachoeira do Abade é considerada a mais bonita e também a preferida dos visitantes da cidade.
Com 22 metros de queda, o atrativo conta com diversos poços maravilhosos para um mergulho. Além da beleza, essa cachoeira era uma antiga lavra de ouro do século XVIII e foi cenário de diversas novelas da Globo. Para acessá-la é preciso comprar ingresso no site oficial da reserva.
Na Reserva Ecológica Vargem Grande, a Cachoeira Santa Maria possui ótima infraestrutura e fácil acesso, ideal para passar o dia todo curtindo seu enorme poço.
A trilha para acessá-la tem apenas 500 metros, e é a primeira do percurso que leva até mais duas cachoeiras, a do Lázaro e a do Véu de Noiva.
A Cachoeira do Lázaro possui uma bela queda d’água e um poço com cerca de 1,50 metros de profundidade, ideal para quem prefere cachoeiras mais rasas. O percurso até ela é de cerca de 1.300 metros.
Para entrar na reserva é necessário pagar uma taxa de visitação. Uma boa opção de passeio é combinar a Santa Maria e a do Lázaro no mesmo dia, já que assim você paga uma entrada só.
Dona da maior queda d’água da cidade, com majestosos 42 metros de altura, a Cachoeira do Rosário tem águas em tons esverdeados e uma abundante fauna e flora ao seu redor; um verdadeiro oásis!
Além do poço principal, há outras piscinas naturais que se formam no local e uma gruta atrás da queda. Com ótima infraestrutura, é possível relaxar em seus redários ou provar a comida regional no restaurante disponível no espaço.
A trilha até a queda é feita por uma trilha circular, considerada de fácil acesso, e a entrada do atrativo é paga.
Com um dos cenários mais bonitos de Pirenópolis-GO, a Cachoeira Meia Lua conta com uma belíssima sequência de quedas d’água passando em ziguezague pelas pedras. O local transmite muita paz aos visitantes e é ideal para relaxar.
Bem próxima do centro de Piri, a trilha para acessar a Meia Lua é bem sinalizada, e por lá você encontra uma lanchonete e banheiros. A entrada do atrativo é paga.
Visitar a Cachoeira do Bonsucesso é também uma oportunidade de conhecer mais da história de Pirenópolis. Para chegar até a bela queda d’água, é preciso passar por uma típica fazenda do interior de Goiás, que remete aos tempos de exploração do ouro.
Bem próxima do centro de Piri, a Bonsucesso fica dentro de um complexo com outros atrativos, em um percurso repleto de cachoeiras, piscinas naturais e poços de águas cristalinas.
O complexo turístico das Cachoeiras Bonsucesso rende um dia de passeio completo. Na Fazenda é possível encontrar restaurante regional, lanchonete, lojinhas de souvenir e passeio a cavalo. Para entrar no local é preciso pagar ingresso.
As duas belas cachoeiras estão no Complexo Turístico da Cachoeira Paraíso, que conta com ótima infraestrutura com restaurante, redários, espaço para camping e até uma piscina aquecida.
A primeira cachoeira do complexo é a Paraíso, que oferece aos visitantes um poço profundo e de águas geladas, perfeito para se refrescar.
Já a Cachoeira do Lobo tem um acesso mais difícil, pois é preciso seguir por uma trilha de 2km com muita subida, mas o visual final é recompensador. A entrada para acessar o complexo é paga.
Localizada dentro do Mosteiro Zen Eisho-Ji, a Cachoeira dos Dragões é ideal para quem busca paz e tranquilidade. Por lá, os únicos sons que você vai escutar são o das águas correndo e o canto dos pássaros, já que os turistas são orientados a manter o silêncio para que não atrapalhe a meditação dos monges.
No total, são oito quedas d’água que podem ser visitadas no local. A trilha é moderada e por meio da mata. O espaço conta com áreas para piquenique e piscinas para banho. Para acessar os atrativos é necessário pagar a taxa de entrada.
Tombada como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro, a Festa do Divino Espírito Santo de Pirenópolis é a maior manifestação popular da região. Com 12 dias de celebração, ela mescla diversos rituais religiosos com expressões culturais e folclóricas.
A festividade é preparada pelos moradores do local, que passam o ano todo se preparando para o evento, que acontece em maio. Caso você tenha flexibilidade de datas, vale a pena ir conhecer Pirenópolis nessa época.
Um dos passeios mais procurados em Pirenópolis, GO, é o Parque Estadual da Serra dos Pireneus, com uma bela área de cerrado e formações rochosas. Seu principal atrativo é a subida até o Pico dos Pireneus, a 1.385 metros de altitude, onde é possível contemplar um belíssimo pôr do sol.
Combinando atividades gastronômicas com riquíssimo valor histórico, a Fazenda Babilônia tem mais de 200 anos de história e mantém preservada sua arquitetura colonial, com casarão, engenhos de açúcar e produtoras de café e algodão.
Ela é tombada como Patrimônio Nacional pelo IPHAN e é possível fazer passeios guiados para conhecer o espaço da fazenda. Aproveite para provar os sabores regionais no restaurante do local.
Depois de um dia de aventuras pelas cachoeiras de Piri, nada melhor que provar a gastronomia da cidade. A culinária goiana é um destaque do destino e deve estar em seu roteiro.
Entre empadões, pamonhas, peixe de rio assado… O prato tradicional da região é a famosa “panelinha”, à base de arroz, que pode acompanhar frango, linguiça ou a versão vegetariana. Não podem faltar também o pequi e a guariroba, com forte presença na culinária local.
Situada no Centro Histórico, a Rua do Lazer é a melhor opção de o que fazer em Pirenópolis à noite, e também de onde comer.
Afinal, nada melhor que finalizar o dia com uma cervejinha ou se deliciando com um jantar goiano, não é? Por lá, é possível encontrar diversos bares e restaurantes, como a Confraria do Boxexa e o Beco da Lua.
Nos arredores, outra opção para curtir a noite interiorana são os botecos às margens do Rio das Almas, que costumam estar bem animados.
O centro gastronômico de Pirenópolis segue pela Rua Aurora, repleta de lugares novos e descolados. Nela estão os melhores cafés da cidade, como o Pé di Café e o Café com Flores.
Na hora de escolher onde ficar em Pirenópolis, os visitantes têm duas opções: se hospedar no Centro Histórico ou em meio à natureza.
Para quem quer estar próximo dos restaurantes e aproveitar a noite da cidade, o centro é a melhor opção. Se você prefere estar cercado de natureza, há diversas acomodações distantes do centro, porém próximas dos atrativos naturais.
E para quem quer economizar e ainda viver uma experiência única de estadia, temos um dica: por meio de um voluntariado da Worldpackers, plataforma em que você troca algumas horas de trabalho por acomodação e outros benefícios, é possível conhecer a região com calma e sem pagar por hospedagem.
Além da economia, o voluntariado proporciona uma grande imersão na cultura local. Quando passamos mais tempo em uma cidade do que um turista comum, dá tempo de conviver mais com as pessoas e ir descobrindo coisas novas para fazer fora do roteiro turístico padrão.
Em Pirenópolis, há vagas incríveis como essa no Ecocentro IPEC, onde os voluntários têm a possibilidade de colaborar em uma comunidade de permacultores e bioconstrutores. Assim, você aproveita para desenvolver novas habilidades durante a estadia.
Outra opção na região é o Sítio Galeria, um espaço para se reconectar com a natureza, plantar e vivenciar a permacultura. Por lá, você pode ajudar com as tarefas diárias do local em troca de acomodação, refeições e muito aprendizado.
Gostou da ideia? Confira na Worldpackers todas as vagas em Pirenópolis-GO.
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