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Trabalhar viajando: mitos e verdades sobre nomadismo digital

Trabalhar viajando é para mim? Há 2 anos vivendo como nômade digital, separei o que é verdade e o que é mito sobre esse novo estilo de vida.

6min

Trabalhar viajando é possível

Desde que profissionais começaram a trocar seus empregos fixos por trabalhos fora do escritório com mais liberdade, surgiram muitas dúvidas e lendas urbanas sobre esse estilo de vida. Como nômade digital há dois anos, conto aqui 4 mitos e 4 verdades sobre como é trabalhar viajando mundo afora.

4 mitos sobre trabalhar viajando:

1. Viajar custa caro

Para quem viaja de primeira classe e se hospeda em hotel cinco estrelas deve ser mesmo. Mas a realidade da maioria dos nômades digitais é bem diferente. Uma coisa importante a entender é que trabalhar viajando é mais do que apenas um “emprego”, é um estilo de vida.

Quem fez essa escolha, em geral, se deu conta de que trabalhar horas dentro do escritório e ganhar dinheiro para comprar coisas que não precisava (no melhor estilo Clube da Luta) não tinha sentido.

Ser nômade digital é trocar o verbo “ter” por verbos como “viver” e “experimentar”. Você não precisa mais ter coisas, ao contrário se vive com muito pouco, pois isso facilita a mobilidade de um lugar a outro. É um jeito diferente de ver o dinheiro, você passa a investir mais em viver momentos e experiências. E, acredite, muitas delas são de graça.

Falando em orçamento, dependendo da região que se vive, é possível gastar muito menos por mês viajando e mudando, do que se manter fixo em cidades como São Paulo, onde eu costumava viver. O Sudeste asiático é um ótimo exemplo disso.

2. Trabalhar como nômade digital é viver de férias

Essa ideia que as pessoas criam sobre esse estilo de vida talvez seja por motivos óbvios: todo nômade digital posta fotos de viagens o tempo todo no Instagram.

Me dou conta disso principalmente pela enxurrada de dicas de passeios que recebo de amigos cada vez que ficam sabendo meu novo destino.

Primeiro que não há dinheiro para viver passeando, ir a museus, bares e restaurantes como quando se está de férias com dinheiro guardado exclusivamente para momentos de diversão. Segundo, não há tempo disponível todo dia - eu mesma trabalho full time nos dias úteis.

Então, na prática, a rotina é como de qualquer pessoa: aproveito o tempo livre sempre que possível para conhecer mais da cidade, em geral mais nos fins de semana.

A diferença básica de quem tem um trabalho fixo em escritório e um nômade digital é que a cidade do segundo pode mudar com uma certa frequência, logo é possível conhecer novos lugares e não é preciso esperar as férias para isso.

3. Não é possível se sustentar ao trabalhar viajando

Bem, eu sou a prova viva de que é possível sim, mesmo sem ganhar muito e ainda gastando em outra moeda.

A maioria dos nômades brasileiros que conheço trabalham para o Brasil, logo ganham em real. Para os que escolhem viver fora do país (como eu), é um pouco mais difícil gerenciar a grana pela desvalorização constante de nossa moeda, mas não é impossível.

Minha dica é antes de deixar seu trabalho fixo, primeiro comece tendo algum trabalho extra até sentir que ganha o suficiente para viver onde deseja.

Eu por exemplo, comecei vivendo num país super barato como a Colômbia, ganhando apenas 250 dólares por mês de uma freela que tinha no Brasil (sem dinheiro nenhum guardado) e, assim que consegui aumentar um pouco mais minha renda, comecei uma viagem pela Europa que já dura mais de um ano.

Outra dica para reduzir seus gastos mensais é ficar em anfitriões Worldpackers que, além da estadia gratuita, fornecem todas as refeições entre os benefícios.

Se você quer se aventurar pelo mundo como nômade digital e viver a vida com uma rotina diferente, além de diferentes tipos de voluntariado, a Worldpackers também oferece cursos onlines que vão te ajudar a ganhar uma grana extra enquanto viaja. 

4. Se trabalha de frente para o mar ou outras vistas incríveis

Na teoria, um trabalho remoto digital pode ser feito em qualquer lugar desde que você tenha wi-fi e uma tomada para o seu notebook. Mas na prática, é um pouco difícil encontrar uma praia com um bom wi-fi e principalmente tomada.

Além disso, a rotina de trabalho requer um pouco de concentração e silêncio sempre que possível, inclusive porque muitas vezes você precisa fazer ligações e reuniões online. Então uso muito espaços de cafés, coworking quando necessário ou mesmo as áreas comuns do hostel onde estou quando não há muita gente durante o dia. 

Trabalhar como nômade digital tem vantagens e desvantagens

4 verdades sobre esse estilo de vida:

1. Vida dos sonhos

A vida cheia de filtros do instagram tem uma certa verdade, principalmente quando se trata do estilo de vida e sobre a maneira de se trabalhar.

Poder gerenciar mais sua rotina de horas de trabalho, fazer isso como e onde quiser, e ainda poder viajar pelo mundo é o sonho de muitos. Claro que nem tudo é perfeito, rolam uns altos e baixos às vezes, mas vale muito a pena pela quantidade de coisas que você vai aprender e pelas pessoas incríveis que vai conhecer pelo caminho.

2. Vida instável

A vida de um nômade digital exige uma certa estabilidade por causa das responsabilidades profissionais e por isso você precisa manter alguns hábitos e rotinas. Mas a vida meio cigana torna um pouco difícil levar o dia a dia, por ter que estar sempre de malas prontas para partir e ainda contar com imprevistos pelo caminho que podem desde abrir um rombo no orçamento ou mesmo deixar você vulnerável emocionalmente.

Não há muito o que fazer, faz parte do jogo, aos poucos você vai ficando mais experiente para lidar com cada adversidade e também quase sempre haverá alguém de bom coração para estender a mão em momentos mais difíceis.

3. É um pouco solitário

Às vezes a solidão aperta não só por estar longe da família ou amigos, mas principalmente porque na sua rotina de trabalho você não tem o mesmo nível de contato com pessoas, como se estivesse trabalhando no escritório. Assim como é difícil manter algum tipo de relacionamento mudando o tempo todo, talvez por isso não é raro ver casais nômades que viajam juntos.

Para me enturmar em cada nova cidade que chego sem conhecer ninguém, passei a usar o Meetup - você pode acessar o site ou baixar no celular. Basicamente é um app para marcar encontros em grupos de amigos por interesses, desde temas de bem-estar, práticas de idiomas ou até mesmo festas na cidade. É uma ótima maneira de fazer amigos e conhecer gente local.

4. É difícil conseguir esse tipo de trabalho

Não vou dizer que é fácil, mas dentro da área de comunicação e tecnologia hoje em dia é possível encontrar oportunidades de trabalho remoto freelancer em muitos sites como Up Work,  99designer e Guru, por exemplo.

Uma forma de se especializar, e aumentar suas chances em conseguir ganhar dinheiro enquanto viaja, é fazer o Curso de Travel Writers que a Worldpackers oferece. Com dicas de como produzir um conteúdo de viagem e como entrar nesse mercado, vai te ajudar a começar. 

Para outras áreas de atuação, realmente é mais difícil, vai depender muito do seu propósito de vida. Será preciso se reinventar para adaptar sua profissão e provavelmente trabalhar de maneira mais autônoma.

Como por exemplo, há muitos psicólogos que prestam atendimento online ou você pode fazer algum trabalho voluntário de impacto social em que possa contribuir com suas especialidades.

Ou até mesmo fazer como naquele filme “Chef” em que o cara decide viajar por dentro do país num food truck e cada nova cidade ele conhece os alimentos regionais e cria pratos exclusivos inspirados na culinária local para vender.

Por que não? Uma vez que você escolhe trabalhar viajando, as possibilidades são infinitas e criatividade se torna item obrigatório nas suas viagens.



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