10 conselhos para quem quer viver viajando com pouco dinheiro
Aderir a uma vida nômade pode ser complicado para muita gente. Ao viver viajando, nem sempre as condições são favoráveis, então se liga nesses conselhos bem legais.
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Antes de seguir, é muito importante que você entenda que a vida nômade – na maioria dos casos – vem acompanhada de alguns sacrifícios.
Isso significa que nenhuma solução será capaz de isentá-lo dos esforços necessários para viver viajando. Aqui na Worldpackers, através do voluntariado ou dos cursos oferecidos, você encontrará meios para iniciar a jornada no nomadismo, mas todos os ônus e bônus virão acompanhados de sua escolha.
Um ponto essencial para começar a viver viajando é se planejar e se manter organizado, a Worldpackers academy também oferece cursos de planejamento para sua viagem e maneiras de como organizar seu dinheiro na estrada, aproveite que as primeiras aulas de cada curso são gratuitas e comece agora à se planejar para cair no mundo!
Mas quer saber? Todo esforço vale à pena! E se você encontrou este artigo, é porque está disposto a encarar a realidade de quem vive sem endereço fixo. Certo? Então vamos lá!
Algumas dicas não são apenas para destinos específicos, mas sim para economizar em todas as viagens! Se você quer se tornar um especialista no assunto, o primeiro passo é assistir esse vídeo da Aline, que compartilhou 33 dicas de uma mochileira para quem quer, assim como ela, viajar mais e gastar menos.
Leia mais: Descubra 15 paises mais baratos para viajar no mundo inteiro
Espero que depois desse verdadeiro manual para viajar barato eu possa complementar com mais 10 conselhos a partir da minha experiência viajando de forma econômica por período indeterminado.
1. Desapegue-se da sua profissão
O maior empecilho para quem quer viver viajando é a incompatibilidade com a carreira. Nem todas as profissões se encaixam com o estilo de vida nômade. Se você já pensou inúmeras vezes e concluiu que não dá para trabalhar na sua área enquanto viaja, chegou a hora de você cogitar outras formas de conseguir uma renda.
Vender cocada no semáforo ou geladinho na praia, escrever textos para blogs, produzir trabalhos manuais, oferecer algum produto de porta em porta. Seja qual for a alternativa que você escolher, ela será diferente de sua profissão. Leve isso numa boa. Talvez seja temporário. Talvez você acabe gostando. É tudo uma grande novidade.
2. Ou aceite as mudanças no seu trabalho
Se sua profissão lhe permite trabalhar remotamente, levante as mãos para o céu. Se não houver mudanças no seu trabalho, dê saltos de alegria. O mais provável é que ajustes aconteçam quando você decide abrir mão do trabalho alocado: valor salarial, horário, volume de tarefas, responsabilidades.
Talvez não seja possível continuar do mesmo jeitinho que está hoje, dentro do seu escritório, fazendo as coisas como você sempre fez. É provável também que você tenha que buscar novos clientes, adaptar-se a outras formas de trabalho dentro da sua profissão e até aceitar condições menos interessantes. É isso, jogo de cintura!
3. Seja voluntário em troca de hospedagem
Se o seu problema é grana, bem-vindo à realidade de quem não tem endereço fixo. Grande parte de nós vivemos com pouca renda. Por isso, é quase impossível pagar aluguel ou se hospedar por temporada.
O trabalho voluntário em troca de hospedagem é – sem dúvida alguma – a melhor solução para quem conta as moedas quando termina o mês. Além de oferecer um lugar para dormir, os hostels permitem que você use os espaços compartilhados para trabalhar.
Quem sabe você consiga até uma colaboração em dinheiro, mas isso depende do anfitrião. O importante é que você poderá economizar pelo menos uns R$1200 por mês.
Leia também: O segredo de viajar o mundo de graça que ninguém te contou
4. Cozinhe sua própria comida seis vezes por semana
Quem escolhe esse estilo de vida (com pouco dinheiro), precisa seguir uma rotina, ou seja, cozinhar a própria comida, lavar a própria roupa e fazer a feira de maneira planejada. Você vai evitar muitos gastos se escapar dos restaurantes, lanchonetes e aquelas compras por conveniência.
Sim, você vai querer experimentar a gastronomia local, e tá tudo bem, mas reserve no máximo um dia na semana para fazer isso. Quando bater aquela ansiedade ou vontade inesperada de comer no restaurante mais gostoso da cidade, respire fundo e vá esquentar sua marmita. Guarde a vontade para o seu free day. Se seguir isso fielmente, no fim do mês, você terá economizado, aproximadamente, R$900.
5. Ande de ônibus, peça carona e cuidado com o Uber
Transporte é o terceiro gasto mais perigoso para quem vive viajando com pouco dinheiro. Quando o trajeto for muito longo para uma caminhada, ônibus é a opção mais econômica.
Uber deve ser a última alternativa, mesmo quando o valor da corrida é semelhante ao preço da passagem de ônibus. Dois ou três reais farão diferença quando se tornarem frequentes. Então, prefira reservar o Uber para os passeios noturnos ou lugares menos seguros. Se tiver coragem, peça carona quando for de uma cidade para outra.
6. Compreenda que você não está de férias
Nomadismo é um estilo de vida como todos os outros, tem suas obrigações, complicações e até mesmo rotina. Sim, existe rotina na vida de quem viaja.
Para que seja possível viver dessa forma, o mínimo de planejamento é necessário. Não estamos de férias. Passeios, festinhas, rolês turísticos e tudo que fuja da rotina é bem-vindo, mas precisa ser planejado.
Cabe no orçamento? Preciso mesmo ir hoje ou posso deixar para a semana que vem? Talvez você conhecerá pessoas que estão de férias e vão te chamar para fazer várias coisas legais. Pois é, a gente precisa recusar.
7. Coloque na bagagem apenas o necessário
Quanto menos você levar na mochila, melhor para sua rotina e comodidade. Roupa demais atrapalha. Acessórios demais viram bagunça.
Garanta que todos os itens na sua bagagem são necessários, incluindo livros, itens de higiene, cosméticos e aparelhos eletrônicos. Se você tá levando só o indispensável, beleza!
A partir de agora, evite acumular novas coisas. Se você gosta de comprar um souvenir por onde passa, meu conselho é: não compre. A leveza da vida de nômade tá muito relacionada ao tanto de coisa que carrega na mochila.
8. Esqueça a opinião da família
O nomadismo não é bem visto por muita gente. Há quem gostaria de fazer o mesmo, mas prefere recriminar quem se arrisca. Outros simplesmente não entendem ou reprovam. E tá tudo bem, de verdade. Essa jornada é sua. Apenas siga em frente.
Precisa de um empurrãozinho para ter mais segurança sobre suas decisões? O André e o Renan, viajantes da comunidade, lançaram um curso de viajar barato na Worldpackers Academy. Para muito além de dicas e ferramentas para economizar, acredito que esta seja uma baita oportunidade para entender como eles lidaram como os momento de confronto, sejam eles internos ou externos.
9. Tenha um pézinho de meia
Pode ser cem, quinhentos ou mil reais. A vida nômade tem menos estabilidade que o estilo convencional de viver. As mudanças frequentes de moradia, os percursos feitos de um lugar para outro, o trabalho autônomo, a exposição do dia a dia... são inúmeras situações que não podem ser previstas e muitas vezes são inevitáveis.
O pezinho de meia será útil tanto para um possível pé quebrado quanto para um computador pifado.
10. Não espere tudo se resolver para começar
Para finalizar, embarque nessa jornada mesmo que nem tudo esteja resolvido. Acredite, você sempre encontrará uma brecha se esperar por condições perfeitas.
Viver viajando é para quem aceita lidar com as incertezas, riscos, imprevisibilidade do percurso. Nomadismo não é liberdade completa. Sempre estaremos sujeitos a situações que fogem do nosso controle.
Se você está preparado para isso e tem o fundamental para começar, comece. Será incrível, acredite no que estou falando.
Leia também: As 10 cidades mais baratas do mundo para se viver
aline
Jun 05, 2019
Adorei seu artigo, muito bom. Parabéns
Fiorella
Jun 10, 2019
Muy inspirador, cada vez mas ganas de vivir de viajante
Márcio
Jul 05, 2019
Legal o seu post...bastante prático e reflete bastante a realidade de quem assumiu essa vida. Eu mesmo passei um bom tempo viajando e sei que passamos por vários perrengues. Mas, no final, vale a pena todo o esforço. Temos experiências fantásticas e estamos cada dia mais vivos. Parabéns!!
Sara Gabriella
Jan 24, 2020
que legal esse post, adorei *-*
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Fev 23, 2020
Quero acrescentar algumas coisas desse item
7. Coloque na bagagem apenas o necessário
Levar roupas que não necessita passar, e roupas muito pesadas
Não necessita levar muitos casacos .Não necessita levar muitos sapatos, para mulheres uma chinela, um sapato de salto alto em questão se for em festas, e um tênis , e para os homens tênis, chinela, e um sapato mais social em caso de eventos. Necesserie, não tem necessidade de levar umas 10, porque já vi pessoas que fazem isso.
Não sai colocando o guarda roupa todo rs. Principalmente mulheres parece que estão de mudanças quer levar umas 3 malas rs. Sendo que tem que pensar o que é permitido agora que são apenas 1 mala de 23kg, e 1 mala de mão.
Acho essa parte mais complicada para muitas pessoas. Hoje em dia existe blogs ou mesmo vídeos que explicam o que levar.
Estéfani
Mar 01, 2020
Olá, tenho uma dúvida em relação a questão de viver viajando com pouco dinheiro, porque, por exemplo, estou organizando a minha viajem e vi que uma das solicitações para entrar em Portugal é comprovar ter 40 euros por cada dia que vá ficar no país. Como fazer em casos assim?
Jennifer
Jun 28, 2020
Me acrescentou muito seus conhecimentos, muito obrigado e parabéns .
Raphael
Dez 09, 2020
Muito bom! Depois de algum tempo na estrada, super me identifiquei com o texto! Parabéns!
Daianny
Mai 16, 2021
Achei inspirador, ainda estou planejando meu mochilão e ler isso me motivou, parabéns!
Vitor
Jun 20, 2021
Encontrei algumas dicas bem legais aqui!