Boas avaliações aumentam suas chances de ser aceito em hostels concorridos. Por isso, juntei algumas dicas que aprendi depois de dez voluntariados e que podem te ajudar!
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Receber boas avaliações vai além de uma sensação de contentamento. É muito prazeroso ser reconhecido, perceber que a experiência foi agradável para o anfitrião e sentir uma boa pitada de orgulho de si mesmo. Tudo isso é importante, mas existe outro motivo para valorizar as recomendações que aparecem em seu perfil.
Sabe aquele hostel concorrido que você está de olho? Boas avaliações aumentam suas chances de ser aceito. Assim como você avalia o hostel a partir das recomendações feitas por outros viajantes, os anfitriões dão atenção às opiniões de outros hosts sobre você. Agora, se você deseja se voluntariar em outro país, as recomendações valem ouro!
Após dez passagens por hostels brasileiros, eu juntei algumas experiências e decidi compartilhar minhas descobertas para que você se torne um voluntário bem avaliado pelos anfitriões.
As avaliações que recebo costumam ser bem positivas e isso me deixa bem feliz. Sem querer me gabar demais, eu sou um cara que tem duas boas qualidades: sempre faço o melhor que posso e valorizo muito minha autenticidade.
Eu mostro o melhor de mim, mas não finjo ser uma coisa que não sou. Por exemplo: interação social não é meu forte, prefiro ficar na minha e sou introvertido, então na parte de sociabilidade eu não mando bem. Beleza! Continuo dando o meu melhor em outras atribuições e deixo a interação social para quem for bom nisso. Assim o mundo gira equilibrado!
Sim, existe um acordo entre você e o anfitrião. Você conhece suas atribuições e recompensas. Mas talvez, em algum momento, o anfitrião precise de você para algo que vai além do acordo, sabe?
Ficar uma hora a mais na recepção, trocar um lençol de cama de última hora, arrumar a bagunça que o hóspede deixou na cozinha... Essas coisas acontecem. Não deve acontecer sempre, mas se acontecer pontualmente, não seja tão rígido. Uma hora ou outra, você também vai se beneficiar da flexibilidade do seu anfitrião.
Recentemente eu ajudei no café da manhã de um hostel. O acordo era começar às 06h e finalizar o café às 09h. Depois eu ficaria na recepção até 12h, concluindo, assim, as seis horas diárias.
Lá pela segunda semana, a anfitriã descobriu que eu sou redator e crio conteúdo para redes sociais. Então, após o café, eu comecei a criar posts para o Instagram do hostel. O acordo era esse, mas eu topei também ficar na recepção enquanto criava. Não tinha movimento e eu basicamente só precisava chamar a anfitriã caso alguém chegasse. Foi uma tarefa simples, não me prejudicou e eu ganhei uns pontinhos.
Parece até desnecessário dizer isso, mas eu já vi voluntário agindo como se estivesse totalmente de férias. A verdade é que somos tentados a ficar soltos demais após algumas semanas, começamos a negligenciar alguns cuidados e até os compromissos vão sendo tratados com certa despreocupação. Isso não é legal.
O tempo da praia é seu, faça o que quiser e desconecte-se dos compromissos, mas quando seu horário de contribuição chegar, desconecte-se da praia e foque no que deve ser feito.
Se você vai começar uma viagem pela Worldpackers agora e tem alguma dúvida sobre a experiência, com certeza esses textos também podem te ajudar:
Além disso, a qualquer momento você pode mandar mensagem para o Suporte da Worlpackers ou para a comunidade de Experts, todos estão super dispostos a te ajudar com qualquer dúvida!
Cumprir o acordo não significa apenas chegar e partir nas datas combinadas, embora isso também seja fundamental. Cumpre o acordo quem colabora com as tarefas determinadas pelo anfitrião sem perder a qualidade, assiduidade e compromisso.
De que adianta ficar os dois meses rigorosamente se meu desempenho for despencando ao longo da estadia? Tente ao máximo manter o nível do começo. Se não tá conseguindo, confira a próxima dica.
Certa vez, logo no meu primeiro dia no hostel, uma voluntária disse que não estava mais curtindo a cidade. Disse que as primeiras duas semanas já tinham sido suficientes. Tranquilo. Isso é muito comum. Mas ela não tinha para onde ir, então preferiu ficar mais duas semanas.
O que aconteceu? Ela ficou insatisfeita até mesmo com o hostel e, consequentemente, a relação com o anfitrião estremeceu. Ela estava forçando a barra. Melhor seria dar um jeitinho de conseguir outro lugar para ficar.
Por onde passei conheci voluntários e anfitriões muito gentis. É impressionante o poder que a gentileza tem no convívio. Tudo fica mais interessante, agradável e fácil de lidar. Os pepinos do hostel são tratados com muito mais leveza se houver gentileza no ambiente. E pepino não falta. Então, seja gentil.
Isso não significa que você vai acordar todo dia como se estivesse num musical da Disney. Por favor, não! Coisas forçadas são muito desconfortáveis. Gentileza é tempero, sabe? É como dar sabor a atitudes simples. Se você faz o check-in com qualidade, isso é ótimo, mas se acrescenta gentileza, fica uma delícia.
Não é a intenção deste artigo, mas sugiro que você se alimente de coisas boas para que possa emanar coisas boas também. Mais uma vez: não invente ser o que não é. Energia é uma coisa impossível de fingir. Você oferece o que tem. Então, apenas se observe e perceba o que dentro de você precisa de cuidado.
Na minha terceira experiência como voluntário, fiz uma pequena confusão relacionada à escala de trabalho na recepção do hostel. Achei que fosse contribuir das 09h às 13h, mas o correto seria das 06h às 11h.
Resumindo, acordei 08h com a mensagem no anfitrião perguntando se eu não tinha observado a escala. Assumi o erro, pedi desculpa e me apressei para assumir o posto. O anfitrião ficou chateado, mas ainda assim deixou essa avaliação após minha saída: "Menino bom, cumpriu o acordado. Recomendo". Sim, foi apenas esse deslize, mas eu poderia inventado alguma desculpa. Escolhi ser honesto e admitir o erro.
Para finalizar, uma pequena lista de coisas basiquinhas, mas que no dia a dia vão virando coisas grandes. Faça o possível para evitar essas atitudes:
No fim, vale dizer que não existe uma fórmula. Cada voluntário tem um jeito de ser, com suas qualidades e peculiaridades. O conselho mais importante sempre será "seja você mesmo". Seja honesto, faça o seu melhor e pratique a empatia.