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Intercâmbio barato: 3 alternativas para driblar o dólar alto

Fazer um intercâmbio barato parece impossível quando pesquisamos os valores de uma viagem para o exterior. Mas com o crescimento do turismo colaborativo, essa realidade tem mudado.

8min

van parada em frente a praia na irlanda

Fazer intercâmbio é um sonho para muitos brasileiros. Seja para aprender inglês, espanhol ou outros idiomas, cada vez mais pessoas buscam uma experiência no exterior. Porém, esse sonho acaba ficando muito distante devido ao preço dessas experiências nas agências mais tradicionais.

Como já te mostrei no texto que comparou Intercâmbio de agência, Intercâmbio Independente e Mochilão, existem muitas alternativas para quem quer fazer uma viagem de aprendizado sem gastar rios de dinheiro.

Pra te mostrar que não estou só falando da boca pra fora, vamos comparar os preços de um intercâmbio para estudar em Dublin com uma alternativa de intercâmbio barato pela Worldpackers.

Algumas dicas não são apenas para destinos específicos, mas sim para economizar em todas as viagens! Se você quer se tornar um especialista no assunto, pode fazer o curso da Worldpackers de Como Viajar Barato e aprender todas as dicas para viajar mais e gastar menos.

Vem comigo?

Exemplo: Quanto custa um intercâmbio tradicional em Dublin

Para saber o custo total de um intercâmbio, precisamos pensar em: passagens aéreas, moradia, supermercado, seguro saúde e, neste caso, o preço de um curso. 

dublin e um dos destinos mais buscados para fazer intercambio
  • Passagens aéreas entre São Paulo e Dublin saem em torno de R$ 2.300;
  • Moradia: O aluguel de um apartamento simples em Dublin, com um quarto, geralmente ficam entre € 500 e € 800. Quando se consegue um apartamento maior, de 3 quartos, a média é pagar entre € 1.200 e € 2.500. Lembrando que todos os preços dependem da localização e idade do imóvel. Como alternativa, é possível alugar um quarto em uma casa compartilhada por cerca de € 300 mensais (Fonte: Numbeo);
  • Contas: gastos com água, luz, telefone e internet mensais variam entre € 150 e € 300 (Fonte: Numbeo);
  • Supermercado: cerca de € 100 a € 120 mensais por pessoa (Fonte: E-Dublin);
  • Almoço na rua: € 6 a € 18 por dia e Janta na rua: € 12 a € 27 por dia;
  • Transporte: o cartão com 30 dias de viagens sai por € 111,50 com o desconto para estudantes (Fonte: Student Leap Card).

Custo para um intercâmbio de um mês na Irlanda, sem o curso: € 1.511,50 ou R$ 6.348,00 na cotação do euro de 27 de abril de 2018.

Esses gastos são relativamente parecidos para qualquer intercâmbio. O preço dos cursos é que varia bastante, pois depende se as escolas são muito procuradas, se são tradicionais, entre outras coisas.

Pesquisamos preços para estudar na Irlanda por um mês, e por exemplo na Delfin English School, o curso de 15 horas semanais sai por volta de R$ 1.842. A agência CI oferece uma opção semelhante, mas com 20h, na escola Frances King, por R$ 2.540.

Como você pode ver, um intercâmbio na Irlanda de apenas um mês pode sair por mais de R$ 8.000!

Já para um curso com duração de 6 meses (24 semanas), é possível fazer 15 horas semanais de aulas por um total de R$ 12.554, preço fornecido pela ISE (International School of English). A CI oferece a opção de reservar um curso de 20 horas semanais na escola Malvern House por R$ 13.381.

Juntando com os custos de vida, um intercâmbio para aprender inglês na Irlanda pode acabar saindo por quase 20 mil reais. Muita coisa né?

planejamento de um intercambio barato

Alternativas para um intercâmbio barato

  1. Não entre em pânico! Nesse post você vai ver que com o mesmo valor você pode fazer vários intercâmbios alternativos, por um tempo bem maior!

1. Work exchange

Work exchange é o intercâmbio de trabalho, ou seja, você vai para outro país realizar um trabalho e, de quebra, aprende um idioma da melhor forma: imersão.

Para quem não conhece esse termo, imersão é quando você aprende um idioma através da convivência com ele, ou seja, você “mergulha”, fica “imerso” no idioma.

Quando você faz um intercâmbio onde paga uma escola para aprender, a imersão pode e deve ocorrer, mas não é garantida. Além disso, você corre o risco de estar cercado de outros brasileiros que também escolheram sua agência para viajar, compraram o mesmo pacote.

No caso do intercâmbio de trabalho, geralmente se recebe alguns benefícios na troca, que ajudam a arcar com os custos de vida que mencionamos acima. 

Por exemplo, é bem comum você receber hospedagem gratuita pelo trabalho onde você for fazer o work exchange. Dependendo do anfitrião que for te receber, você também pode ganhar refeições e outras recompensas como passeios, descontos em festas e restaurantes, aulas de idioma (isso mesmo!), etc.

Para fechar, nessa troca de habilidades por hospedagem, a chance de “misturar” as nacionalidades é maior já que esse tipo de viagem é muito comum entre europeus e sul-americanos.

Para agilizar no aprendizado de inglês, espanhol, francês, qualquer idioma que queira, você pode se preparar antes de viajar. Por exemplo, ainda no Brasil, pode começar estudando online, procurando cursos gratuitos na internet.

Inglês é o idioma que mais tem aulas gratuitas no youtube e outras plataformas. Para aprender espanhol, francês, alemão, e os idiomas mais procurados do mundo você encontrará tudo na internet.

Uma vez que estudou um pouquinho e criou uma base, você viaja e aí sim exercita o que aprendeu na prática, em outro país!

Isso é bom para o seu aprendizado, pois no intercâmbio de trabalho não tem choro nem vela, ou você fala...ou fala!

Veja como aprender inglês e espanhol em um intercâmbio em Miami.

Minha experiência com Work Exchange

Eu já fiz um intercâmbio assim, na Holanda. Para quem nunca foi e talvez não conheça, na Holanda a população tem muita facilidade em falar inglês, então fui pra lá com o objetivo de aprender este idioma sem ter que pagar uma escola cara nos Estados Unidos, Reino Unido, Canadá ou Austrália, que são os países falantes de língua inglesa mais procurados do mundo.

No meu caso, fechei o intercâmbio por meio de uma ONG holandesa, pois em 2011 não existia algo como o Worldpackers, ou pelo menos eu não conhecia! Aos 19 anos, depois de estudar inglês nas tradicionais escolas de inglês do Brasil, fui para outro país meter a cara!

visual da costa irlandesa durante minha viagem de intercambio

Aprendi inglês muito mais rápido do que estava aprendendo no Brasil.

Ainda por cima, me diverti porque os holandeses com os quais convivi estavam tão animados quanto eu para exercitar o segundo idioma. 

Além disso, na empresa que eu trabalhava tinha gente do mundo inteiro, pois eles gostavam muito de receber estagiários internacionais. Nessa brincadeira aprendi que existem centenas de sotaques possíveis para o inglês e isso é extremamente enriquecedor.

Outra coisa que é única num intercâmbio dessa forma é que você aprende falando sobre assuntos que fazem mais sentido, são mais leves e mais naturais do que as conversas prontas dos livros de inglês das escolas.

Você convive com os locais e a experiência é muito mais intensa. Você aprende no supermercado, comprando coisas pra você mesmo, aprende indo ao médico depois e tentando explicar pra ele que se quebrou tentando esquiar (eu passei por isso :) ), aprende abrindo conta no banco… Enfim, você vive de fato no outro idioma. Abre uma caixinha nova no cérebro.

Um conselho de amiga:

Se tem uma coisa que me arrependi sobre esse intercâmbio é que no começo eu tinha vergonha, então me isolava com os brasileiros. Num intercâmbio de 8 meses que fiz lá, acabei perdendo 1 mês isolada com os brasileiros.

Opa, estou sendo injusta! Amo meus amigos brasileiros, eles são muito queridos, é claro que ficar com eles não é uma perda de tempo.

Porém, eu fui para a Holanda para falar inglês, então a partir do momento que abri a cabeça para conversar com os holandeses, chineses, austríacos, noruegueses, franceses, coreanos… Eu percebi que meu inglês fluiu de uma forma como nunca tinha acontecido antes.

Devo confessar que no começo era muita mímica e erro gramatical. Mas nunca desisti, não parei de estudar durante o tempo livre. Me juntava com os outros intercambistas, viajamos pra inglaterra juntos, na verdade estávamos sempre viajando juntos pra muitos países e com isso meu inglês foi se desenvolvendo sem que eu nem percebesse.

No final dos 8 meses, estudando e praticando todo dia… Estava fluente! E também muito feliz.

Sabe a diferença deste intercâmbio barato para o tradicional? Isso tudo custou R$ 7.000.

Veja bem, no começo eu falei que um intercâmbio de 1 mês na Irlanda pode chegar a custar R$ 8.000. De 8 para 7, parece que não muda muito...O truque é que no meu caso, esses R$ 7.000 foram para 8 meses! Olha a diferença!

Contando a passagem aérea e todos os custos que citei no começo desse texto, ainda assim gastei bem menos. Ficou mais barato porque eu tive o mesmo custo inicial, mas neste caso tinha um salário mensal que abateu muito os custos e me possibilitou viajar.

É algo a se considerar com carinho, né?

2. Trabalhar em fazendas

Trabalhar em fazendas é uma opção um pouco mais reclusa, pois fazendas não costumam ser cheias de gente.

No meu caso, consegui trabalho informal com uma família numa fazenda na França. Então acabei aprendendo um pouquinho de francês por um curto período de 1 mês através do contato com a família que me recebeu maravilhosamente bem.

O custo? Somente a passagem até lá. E dinheiro pra besteirinhas, chamado de pocket money. A família me dava tudo: moradia, alimentação e ainda me levavam pra passear. O dinheiro que gastei foi comprando coisas do dia-a-dia como shampoo e condicionador, além de lembrancinhas.

No Worldpackers você encontra opções de intercâmbio barato trabalhando em iniciativas de permacultura, ecovilas, onde você pode conviver com gente de qualquer país do mundo!

Você pode ter a mesma experiência que eu tive por um preço super acessível no país que quiser. Pense comigo: você pode ir trabalhar numa fazenda na Austrália, ou se quiser aprender espanhol pode ir para o Uruguai, para a Argentina... O céu é o limite! 

menina trabalhando em fazenda pela worldpackers

Além de aprender idiomas, pode aprender a cultivar plantas, cuidar de mudas de árvores no Peru, cuidar de vaquinhas na Holanda, cuidar de pôneis na Grécia. As opções são muito variadas! Só de olhar o site da WP pra fazer esse texto, já me deu vontade de ir.

Nesse tipo de intercâmbio você também aprende por meio de imersão, pagando bem menos.

3. Trabalho social e Voluntariado

Imagina aprender um idioma e ainda ajudar pessoas?

A experiência de viajar já é tão marcante só pelo fato de mudar de contexto, conhecer outras culturas, se jogar no mundo, abrir a mente. Imagine se você conseguir melhorar a vida de alguém no processo? Que sonho.

Na WP você encontra projetos de impacto social, por exemplo ajudar crianças no Vietnã, Camboja, Tailândia… Fica a seu critério qual paraíso vai conhecer no processo.

Esse tipo de intercâmbio é muito procurado por quem quer trazer um significado maior para sua viagem, que vai além do turismo. É o tipo de viagem em que você aprende muito, às vezes enquanto ensina. A troca cultural é, com certeza, o maior diferencial deste tipo de intercâmbio.

Da mesma forma que o Work Exchange e o Intercâmbio em fazendas, a imersão e o preço mais baixo fazem com que esse tipo intercâmbio seja muito atrativo pra quem não tem muita grana, mas ainda assim não quer passar por essa vida sem conhecer o mundo.

criancas plantando em jardim em ong no nepal

E aí se interessou?

Se você está atrás de um intercâmbio mais barato, que não tenha que gastar suas economias todas em uma única viagem, existem uma série de oportunidades incríveis e diferentes por aí! Lembre-se sempre que gastar com viagem nunca é um gasto, mas sim um investimento. É clichê, mas é a mais pura verdade.

Passa lá na ferramenta de busca da Worldpackers e encontre a viagem que tem mais significado pra você!



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