O guia completo para conhecer Cusco e Machu Picchu

Um guia completo para quem quer conhecer Cusco e Machu Picchu, com dicas de atrações, rotas, alimentação e diversão.

16min

Guia de informações para conhecer Machu Picchu e Cusco

Quando se fala em Cusco, quase que automaticamente se pensa em Machu Picchu. Compreensível, já que o sítio arqueológico costuma ser o destino inicial para quem tem o sonho de conhecer a “Cidade Perdida dos Incas”.

O lado bom é que há muito mais para se conhecer em Cusco. A cidade é vibrante, cheia de vida e com uma lista imensa de pontos turísticos, os quais podem ser somados a uma viagem para visitar Machu Picchu.

Desse modo, minha primeira dica é: se você pretende conhecer Cusco e Machu Picchu, reserve também uns dias a mais na agenda para visitar outros locais, como o Vale Sagrado, a Montanha Colorida e o Lago Humantay, por exemplo.

Por isso, para que seja possível fazer um guia completo para conhecer Cusco e Machu Picchu, resolvi dividir o artigo em 2 partes. A primeira, falando da Cidade Perdida dos Incas. Já a segunda, sobre tudo o que há para fazer em Cusco e arredores.

Veja como conhecer Machu Picchu:

Começamos por Machu Picchu, uma das 7 Novas Maravilhas do Mundo e razão de muitos decidirem pelo Peru como destino. A Cidade Perdida dos Incas recebe ao redor de 1,6 milhão de visitantes todos os anos. Aliás, o aumento do turismo levou autoridades a tomarem algumas medidas para conservar o local.

Desde janeiro de 2019, as entradas em Machu Picchu são com hora marcada e há um limite de tempo para estar no local:

  • Quatro horas para quem visitar somente as ruínas;
  • Seis horas para quem visitar Machu Picchu e a Montanha Huayna Picchu (ou Wayna Picchu);
  • Oito horas para aqueles que optarem pelas ruínas e pela Montanha Machu Picchu.

Outra mudança foi o reingresso, que passou a ser proibido. Além disso, você não pode correr, subir nas ruínas ou alimentar os animais presentes no parque.

1. O que fazer para conhecer Machu Picchu

Se engana quem pensa que basta chegar ao parque, comprar ingresso e entrar. Para conhecer Machu Picchu, você precisa se organizar. Decidir o que visitar, o dia e o horário. Veja o que fazer:

Decidir o que visitar

Para quem não sabe, é possível visitar outros dois locais além das ruínas da Cidade Perdida dos Incas: as montanhas Huayna Picchu e Machu Picchu. Porém, para que você consiga isso, é preciso comprar entradas com bastante antecedência. Isso porque o número de visitantes é bem limitado. Dá uma olhada nas opções:


Há três opções de ingressos para conhecer Machu Picchu
  • Ingresso 1: Machu Picchu

Se trata da entrada tradicional, a qual dá direito a conhecer as ruínas da antiga cidade Inca. Para isso, o visitante pode escolher um dos três circuitos disponíveis: o primeiro é o mais longo e completo (ao redor de três horas) e permite conhecer todas as ruínas; o segundo passa pelas áreas centrais da cidade; e o terceiro é focado na parte inferior das ruínas e indicado para pessoas com dificuldade de locomoção.

As visitas às ruínas de Machu Picchu são com dia e horas marcados. Desse modo, você deve optar por algum dos horários disponíveis: 6h, 7h, 8h, 9h, 10h, 11h, 12h, 13h e 14h. Há um limite de 5.940 visitantes ao dia.

Preço da entrada: 152 Soles.

  • Ingresso 2: Machu Picchu e Huayna Picchu

Sabe aquela montanha alta que se vê ao fundo da maioria das fotos tiradas em Machu Picchu? Pois bem, ela se chama Huayna Picchu, o acesso à ela também é permitido, entretanto, concorrido. Há somente 400 ingressos disponíveis ao dia: 200 para o período entre 7h e 8h e outros 200 para o período das 10h e 11h.

Preço da entrada: 200 Soles.

  • Ingresso 3: Machu Picchu e Montanha Machu Picchu

A terceira opção é, além de conhecer Machu Picchu, visitar também a montanha que leva o mesmo nome e está a 3.082 metros acima do nível do mar. O percurso de ida e volta é de apenas dois quilômetros, mas toma ao redor de três horas para ser percorrido.

Assim como ocorre com a opção anterior, há um número reduzido de entradas disponíveis. Porém, dessa vez, é de 800 pessoas, divididas em dois grupos. O primeiro grupo pode acessar entre 7h e 8h. Já o segundo, entre 9h e 10h.

Preço da entrada: 200 Soles.

Dica muito importante: compre o ingresso com antecedência, principalmente entre dezembro e fevereiro e julho e setembro, que são os da alta temporada. Assim você não corre o risco de ficar na mão. Para isso, você pode entrar no site oficial do Ministério da Cultura do Peru ou ainda comprar em uma oficina do órgão, que pode ser encontrada em Cusco em em Lima, por exemplo.

2. Como chegar a Machu Picchu

Agora que você sabe o que deve fazer para conhecer Machu Picchu, resta saber como chegar até lá, não é? Pois saiba que há, basicamente, há três maneiras: independente, contratar um transporte ou em trem.


Há três formas de chegar a Machu Picchu: independente, de van ou de trem 

Conhecer Machu Picchu de maneira independente

Essa opção, de longe, é a mais econômica, apesar de exigir mais tempo. Para conhecer Machu Picchu de maneira independente você precisa seguir alguns passos:

Passo 1: ônibus até Santa Maria: você deve ir até o Terminal Santiago, que está a menos de 30 minutos caminhando do centro de Cusco. Lá, deve tomar um ônibus até a cidade de Santa Maria. O preço gira em torno de 15 Soles e o tempo do trajeto é de cinco horas.

Passo 2: van até a Hidrelétrica de Santa Teresa: ao desembarcar em Santa Maria, você verá que há diversas vans. Pois bem, elas são as responsáveis por levar os turistas até a Hidrelétrica de Santa Maria. O trajeto também custa ao redor de 15 Soles, mas leva uma hora e meia.

Importante: pergunte se o transporte vai mesmo até a hidrelétrica, pois o local é um tanto quanto distante do centro da cidade de Santa Teresa.

Passo 3: caminhe 11 km até Aguas Calientes, sim, ao desembarcar na Hidrelétrica de Santa Teresa você terá que caminhar 11 km até a pequena cidade de Águas Calientes, de onde inicia a caminhada para conhecer Machu Picchu.

Fique tranquilo: a caminhada, que se dá pelos trilhos do trem e leva ao redor de três horas, é tranquila e plana. Além disso, você estará o tempo todo acompanhado de belas paisagens, como rios e montanhas.

Dicas importantes: saia de Cusco cedinho. Assim você conseguirá chegar em Aguas Calientes no fim da tarde. Lá, dormirá e poderá conhecer Machu Picchu no dia seguinte.

Caso opte por visitar o parque pela manhã, poderá regressar à Cusco no mesmo dia, chegando à cidade ao redor das 21h. Ou seja, conhecer Machu Picchu tomará 2 dias. Para retornar, basta seguir o caminho inverso.

Como conhecer Machu Picchu contratando um transporte

Quando você desembarcar para conhecer Cusco e Machu Picchu, verá que há dezenas de agências localizadas ao redor da Praça de Armas. Todas, como se pode imaginar, oferecem passeios para chegar à antiga cidade do Império Inca. Os pacotes são os mais variados, assim como possuem diferentes preços.

O mais tradicional é contratar um transporte de ida e volta à Hidrelétrica de Santa Teresa. Sim, do mesmo modo você terá que caminhar os 11 quilômetros até Aguas Calientes. O preço gira ao redor dos 100 Soles (sem hospedagem), porém, como a concorrência é grande, vale a pena pechinchar (ainda mais se você estiver com mais pessoas).

Nesse caso, o transporte sai cedo de Cusco o deixa na Hidrelétrica de Santa Teresa no início da tarde. Você terá que visitar o parque na manhã do dia seguinte para, ao fim da tarde, tomar o transporte de regresso.

Como conhecer Machu Picchu de trem


Como chegar de trem em Machu PIcchu

Se trata de única opção para conhecer Machu Picchu sem ter que caminhar os 11 quilômetros, além de ser a mais cômoda e um tanto quanto luxuosa. No entanto, se trata também da opção mais cara. O preço do ticket pode variar entre 50 a 400 dólares, dependendo do tipo de trem e o que inclui a compra.

Para chegar a Aguas Calientes em trem, antes é preciso pegar um ônibus (incluso no preço) no centro de Cusco, o qual te deixará na estação de Poroy (normalmente fechada entre janeiro e abril por causa das chuvas) ou na estação de Ollantaytambo. O trajeto dura entre duas e três horas.

De Aguas Calientes a Machu Picchu: como chegar

Sim, ainda tem mais. Aguas Calientes é o povoado mais próximo de Machu Picchu, mas não está, propriamente, ao lado da Cidade Perdida dos Incas. Então, para chegar ao sítio arqueológico, há duas opções:

Subir a trilha: se trata de uma subida íngreme, mas curta. O trajeto pode ser feito em uma hora e meia. Para isso, você deve caminhar até onde está a estação de ônibus. Ao lado dela, há um ponto de controle para a entrada no parque.

Ônibus: algumas pessoas, por diferentes razões, optam por chegar ao topo de montanha por meio de ônibus, o que demora menos de 30 minutos. O trajeto custa 12 dólares por trecho.

3. O que saber sobre Machu Picchu

Machu Picchu foi um dos principais símbolos do Império Inca, sendo construída a mando do então imperador Pachacuti, no século XV. Localizada a 2,4 mil metros acima do nível do mar, a Cidade Perdida dos Incas é dividida em duas partes: a primeira, por templos e praças. A segunda, por balcões agrícolas.

A cidade foi descoberta somente em 1911 pelo professor inglês de História, Hiram Bingham. Ele resolveu atravessar a selva peruana e, no trajeto, encontrou um sítio arqueológico coberto por vegetação e árvores.

Construída no alto de uma montanha, Machu Picchu impressiona também pela organização dos templos, casas e locais para a produção agrícola.

4. Entenda a importância de conhecer Cusco


Cusco é uma cidade que ainda respira cultura Inca

Agora que você sabe de todos os detalhes de como conhecer Machu Picchu, chega a hora de saber também o que fazer e o que conhecer em Cusco.

Antes de mais nada, é preciso saber que a antiga Capital Inca é recheada de atrações. Apesar de Machu Picchu ser considerada a cereja do bolo, a cidade peruana conta com outros passeios de tirar o fôlego.

A importância histórica de Cusco

A 3,4 mil metros acima do nível do mar, Cusco era o antigo centro cultural, administrativo e econômico do Império Inca. De acordo com estudos, a cidade já era habitada no século XIII, ou seja, 200 anos antes mesmo da chegada dos espanhóis. Se trata da cidade habitada mais antiga da América do Sul.

Na época do Império Inca, o domínio de Cusco chegava até Quito (capital do Equador), ao norte, e até ao Rio Maule, ao sul de Santiago, capital chilena.

Desse modo, conquistar Cusco era algo mais do que estratégico para os espanhóis, que, assim, puderam dominar grande parte da América do Sul de uma vez só. A cidade, hoje, conta com cerca de 300 mil habitantes.

5. Veja o que fazer em Cusco

Cusco é uma cidade bonita, de estilo colonial, segura e cheia de atrativos. Desse modo, além de ir até Machu Picchu, reserve uns dias também para conhecer Cusco, pois vale muito a pena. Aliás, dizem que a cidade conta com algumas da igrejas mais bonitas da América do Sul.

Não há somente elas. Há diversos registros Incas, o quais podem ser facilmente encontrados somente ao andar pelas ruas da cidade. Veja, a seguir, uma lista do que conhecer em Cusco.

  • Visite Praça de Armas


Plaza de Armas

A Plaza de Armas é a mais emblemática de Cusco. Está rodeada de bares, restaurantes e agências de turismo. É ponto de encontro de muita gente.

A praça também tem a sua história. Antes da chegada dos espanhóis, era o principal centro de comércio do Império Inca. Na época, era rodeada por palácio e templos da antiga cultura.

Dica 1: ao chegar na Praça de Armas, não deixe de visitar as duas igrejas presentes no local: a Catedral de Cusco e a Companhia de Jesus. Ambas são de estilo barroco e foram construídas no século XVI, quando os templos Incas foram derrubados pelos espanhóis.

Preço da entrada: 10 Soles cada.

Dica 2: nas igrejas mesmo você pode comprar um tour, que custa 30 Soles, e permite também a entrada em outros templos religiosos da cidade.

  • Conheça as catacumbas do Convento de São Francisco de Assis

Na região central de Cusco também está o Convento de São Francisco de Assis, o qual conta com algumas atrações bem interessantes. A primeira é a maior pintura da América do Sul (terceira do mundo). A segunda, um museu com esculturas que contam um pouco da história da cidade.

Entretanto, a atração mais buscada é o setor das catacumbas, o qual está abaixo do altar. Se trata de uma galeria com ossos de humanos. Alguns, de líderes religiosos, outros, de pessoas ricas que pagaram para estar ali depois da morte.

Observação: é proibido fotografar ou gravar as catacumbas.

Preço da entrada: 15 Soles com acesso às torres.

  • Caminhe pelo bairro de San Blas

Se há uma zona que você deve conhecer em Cusco, é bairro de San Blas. De estilo colonial e numa zona alta, é considerado por muitos como o coração da cidade. Lá, há de tudo. Restaurantes, bares com música ao vivo, discotecas, artesanato na rua, músicos, entre outros.

Ao caminhar pelas ruas de San Blas, tire um tempo também para entrar na Igreja de San Blas, construída no século XV e de onde se tem uma bela vista da cidade. A entrada custa 10 Soles.

Se você estiver com fome, vá ao mercado de San Blas, onde se come bem e barato! Nele, também é possível encontrar frutas, verduras e lembranças de Cusco.

  • Veja de perto muros Incas


a Pedra de 12 ângulos

Ainda na região central há alguns muros remanescentes da cultura Inca, com destaque aos presentes na rua Hatun Rumyioc (bem perto da Praça de Armas). Ali, a grande atração é a “Pedra de 12 ângulos”.

A arquitetura Inca é marcada pelo encaixe perfeito de pedras gigantes, e iniciou em 1438 com a chegada de Pachacuti ao poder. A visitação aos muros é grátis.

  • Vá ao Templo do Sol

Também construído por ordem do imperador Pachacuti, o Templo do Sol servia para rituais e homenagens ao Deus Sol. No entanto, o local foi parcialmente destruído por religiosos espanhóis, que sobre ele construíram o Convento e Igreja de Santo Domingo.

Um fato curioso é que Cusco passou por um grande terremoto em 1950, o qual destruiu grande parte do convento. A única parte que se manteve intacta foi o muro Inca, o qual pode ser avistado na parte exterior da obra.

Preço da entrada: 10 Soles.

  • Suba até Sacsayhuaman

A fortaleza de Sacsayhuaman está a apenas dois quilômetros distante do centro de Cusco e pode ser acessada caminhando. Acredita-se que o local foi construído a mando de Pachacuti para defender o império de tribos rivais.

Observação: não é possível entrar no local com bilhete simples. É preciso comprar pacotes que permitem ainda a visitação a outros sítios arqueológicos de origem Inca (saiba mais em seguida).

  • Coma no Mercado de San Pedro


Mercado de San Pedro, o mais popular da cidade

O Mercado de San Pedro é, de longe, o mais popular da cidade. Nele, você pode comer pratos típicos do Peru, assim como encontrar artesanato, produções têxteis, plantas medicinais, bebidas, comidas… ou seja, um pouco de tudo.

O Mercado está localizado na região central e, por sua tradição, igualmente deve ser incluído na lista do que conhecer em Cusco.

Outros locais de interesse na região central

  • Dedique um tempo ao Museu Inka

Há diversos museus espalhados por Cusco, porém, o Inka é o mais importante. Isso por contar a história da região e da cultura que a dominou. Além disso, o espaço conta com ferramentas, armas, vestimentas e outros artefatos do Império Inca. A entrada custa 10 Soles.

  • Suba ao Cristo Blanco

Quer ter a melhor vista panorâmica de Cusco? Então suba até o Cristo Blanco, localizado no alto da montanha Pokamoqo. A estátua tem oito metros de altura, e foi construída de forma artesanal, com mão de obra local. A inauguração se deu em 1945.

Para chegar ao local você tome tomar um ônibus público, o qual custa 70 centavos de Sol. Igualmente é possível chegar caminhando. São cinco quilômetros e a caminhada dura ao redor de uma hora.

6. Conheça os passeios aos arredores de Cusco

A região de Cusco é extremamente rica em termos de história e belezas naturais. A partir da cidade, é possível realizar uma série de passeios barato.

  • Montanha Colorida


Montanha Colorida, Peru

Oficialmente Vinicunca, mas popularmente conhecida como Montanha Colorida, Montanha de 7 Cores e Montanha Arco-Íris. Se trata de uma montanha com 5.100 metros de altitude, a qual parece ter sido pintada à mão.

A Montanha Colorida está a 100 quilômetros distante de Cusco e a maneira mais fácil de conhecê-la é contratando uma agência. O passeio gira em torno dos 60 Soles e inclui ainda café da manhã e almoço. Porém, você pode conseguir por menos. Dica? Pechinche!

O passeio sai por volta das 05h e retorna no fim da tarde. Ao desembarcar no parque, é preciso caminhar cinco quilômetros para chegar ao topo da montanha, o que demora ao redor de 1h30. Apesar de não ser uma trilha difícil, a altitude costuma atrapalhar quem não está acostumado com ela.

No entanto, a chegada compensa cada segundo de esforço. Além de avistar a Montanha Colorida de cima, também é possível apreciar o vale, composto por paisagens que mesclam verde e vermelho.

Observação: a entrada no parque custa 10 Soles.

Dica: ao lado da Montanha Colorida, está El Valle Rojo (O Vale Vermelho). A caminhada dura uns 20 minutos e compensa muito. A entrada custa 5 Soles.

  • Lagoa Humantay

Ao viajar para conhecer Cusco e Machu Picchu, sugiro que reserve um tempo também para ir à Lagoa Humantay. Assim como ocorre com a Montanha Colorida, há passeios de um dia que saem pela manhã e regressam pela tarde. Os preços variam entre 50 e 60 Soles, incluindo café da manhã e almoço. A entrada no parque custa 10 Soles.

A Lagoa Humantay está a 4.200 metros de altitude e, para chegar até ela, é preciso fazer uma caminhada de mais ou menos duas horas. Ao fim, você encontra uma linda lagoa de cor esmeralda, formada pelo degelo das montanhas que a cercam! Não é só isso. O caminho em si já oferece paisagens que enchem os olhos.

Dica: se você dedicar mais tempo à região e tiver espírito aventureiro, pode fazer o Salkantay Trekking, considerado um dos mais bonitos e difíceis da América do Sul. O Salkantay é uma caminhada de 74 quilômetros, a qual dura entre três a quatro dias e termina em Machu Picchu. Durante a aventura, se passa pela Lagoa Humantay.

  • Vale Sagrado dos Incas


O Vale Sagrado dos Incas

O Vale Sagrado dos Incas não é um local em específico, mas, sim, uma série de espaços onde habitou a cultura Inca. Alguns deles eram os principais centros de produção agrícola do Império e hoje são cidades. Em 2006, o Vale Sagrado foi incluído na lista de Patrimônio Histórico da Humanidade da Unesco.

Ou seja, se você estiver viajando para conhecer Cusco e Machu Picchu, deveria pensar em incluir, pelo menos parte do Vale Sagrado no seu roteiro. Entre os destaques do Vale, estão:

- Pisac: considerado um dos centros arqueológicos mais importantes da região. Está a 30 quilômetros e, no local, se destacam os balcões utilizados para a agricultura.

- Ollantaytambo: se trata da única cidade do antigo Império Inca que ainda é habitada. 90 quilômetros distante de Cusco, Ollantaytambo ainda conserva antigos palácios e grandes construções incas.

- Chinchero: de acordo com estudos, o local tem mais de dois mil anos, ou seja, existia muito antes da dominação Inca (século XV).

- Moray: acredita-se que Moray era um lugar utilizado pelos incas para realizar experimentos agrícolas. O local tem o formato de um anfiteatro composto por anéis.

- Maras: se trata do local de onde saia praticamente todo o sal consumido na região ainda antes da chegada dos Incas. Lá existem mais de 3 mil pequenas piscinas (cravadas em montanhas) utilizadas para a produção de sal.

Observação importante 1: para visitar as atrações do Vale Sagrado, assim como Sacsayhuaman (em Cusco), você precisa comprar ingressos que dão acesso a diferentes locais. Isso pode ser feito pela internet, na página do Ministério da Cultura. Veja as modalidades:

Geral: permite a visitação de 16 pontos, sendo válido por dez dias. Custa 130 Soles;

Parcial 1: vale por um dia e permite a visitação de Sacsayhuaman, Q’enqo, Puca Pucara e Tambomachay. Custa 70 Soles;

Parcial 2: além de sítios arqueológicos, também inclui muitos museus. Custa 70 Soles;

Parcial 3: válido por dois dias, inclui os principais sítios arqueológicos do Vale Sagrado, como Pisac; Ollantaytambo, Chinchero e Moray. Custa 70 Soles;

Observação importante 2: o transporte não está incluso. Para ir aos locais, você pode tomar transporte público ou contratar uma agência que faça os recorridos.

7. Quando conhecer Cusco e Machu Picchu

Janeiro, março e abril são meses marcados pelas chuvas na região. Então, as chances de você encontrar dias fechado é grande. Já os meses de julho, agosto e setembro são caracterizados pelo grande número de turistas estrangeiros, principalmente europeus. Tudo costuma estar lotado e mais caro. Ou seja, se você quiser mais tranquilidade e dias claros, sugiro maio e junho, assim como de outubro a dezembro.

8. Onde comer barato


Mercados de rua são a melhor opção para comer barato em Cusco

A oferta gastronômica em Cusco é grande, de verdade. Há opções para todos os gostos e bolsos. Entretanto, se você se o seu pressuposto for reduzido, não se preocupe. Se você sair dos arredores da Praça de Armas, pode encontrar almoços por 5 Soles.

Além disso, outros lugares para comer barato são os mercados de San Pedro e de San Blas. Igualmente a Calle Plateros, que está pertinho da Praça, mas que oferta opções econômicas.

9. Onde sair em Cusco

Cusco é uma cidade que não para. Sério. Há opções noturnas de segunda a segunda. Se você gosta de rock, vá ao KM 0, Ukukus e London Town. Se você gosta de festas movidas a reggaeton, vá ao Chango, Mama Afrika ou Mythology.

10. Como chegar a Cusco

Se você quiser conhecer Cusco e Machu Picchu sem viajar muito, pode tomar um voo até Lima e, de lá, outro até a Capital Inca. O tempo de voo é de 1h25. Se você estiver com mais tempo, pode tomar um ônibus de Lima, Arequipa ou La Paz (Bolívia), por exemplo.

11. Conhecer Cusco e Machu Picchu: dicas finais, porém, essenciais

Chegue uns dias antes: conhecer Cusco e Machu Picchu exige uma ambientação por causa da altitude. Se você puder chegar uns dois dias antes, melhor. Assim pode também aproveitar a cidade;

Conheça Machu Picchu primeiro: a cidade perdida está a “apenas” 2,4 mil metros acima do nível do mar. Conhecê-la não exige muitos esforços;

Deixe a Montanha Colorida por último: se trata de um dos pontos turísticos mais altos da região, com mais de 5 mil metros de altitude. Assim, seu corpo estará mais acostumado.

Pesquise antes de comprar passeios: a regra é pechinchar ao máximo. Além disso, se você for comprar passeios, tente ir em grupo. Assim fica mais fácil de pedir descontos;



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