Saiba onde comer e o que fazer em Lisboa, capital de Portugal
Quer experienciar a cultura local na capital de Portugal? Nesse guia você vai encontrar o melhor da gastronomia portuguesa e um roteiro do que fazer em Lisboa.
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Uma combinação de fatores como voos diretos a partir do Brasil, a facilidade do idioma, preços amigáveis (mesmo com o euro nas alturas), uma gastronomia apaixonante, bons vinhos e clima ameno fazem com que Lisboa apareça no roteiro do primeiro mochilão de muitos brasileiros pelo Velho Continente.
E, pelos mesmos motivos, a cidade atrai muitos que procuram voluntariar na Europa. Para os que voltam à capital portuguesa, como viajante ou voluntário, Lisboa sempre traz novidades: a cidade está cada vez mais cosmopolita e movimentada.
Por todo lado surgem museus, restaurantes, ateliês, e ainda há sempre um miradouro que você não conheceu ou uma ruazinha nova que vale a pena tirar foto. Sem sombra de dúvida, Lisboa é um lugar que se deve visitar e - ainda melhor - revisitar. Antes de te contar o que fazer em Lisboa, algumas orientações:
Quando ir a Lisboa, Portugal
A capital portuguesa pode ser visitada o ano inteiro, mas se você quiser conhecer a cultura local, recomendo o mês de junho. As Festas Juninas são um grande acontecimento em Lisboa, com arraiais que movimentam diversos bairros.
Inverno em Lisboa: começa em dezembro e vai até março com mínimas em torno de 8°C.
Primavera em Lisboa: de março a maio, oferece uma boa combinação entre dias ensolarados, temperatura em torno de 18°C e preços amigáveis de acomodação.
Verão em Lisboa: vai de junho até setembro os dias são quentes, e a cidade recebe viajantes do mundo inteiro. Os preços de hospedagem sobem e os pontos turísticos ficam lotados. Tente contornar a rota turística tradicional nessa época.
O voluntariado em Lisboa é a melhor opção para conhecer a cidade no verão. Além de economizar trocando suas habilidades por hospedagem, você vai receber dicas em primeira mão no Hostel, Surfcamp ou Guest House que estiver.
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Transporte em Lisboa, Portugal
A melhor maneira de explorar Lisboa é caminhando: a maioria dos pontos turísticos estão localizados em bairros centrais, a distâncias caminháveis entre si. Além disso, a cidade é cheia de ruas que parecem que saíram de um quadro, street art e cantinhos que a gente não veria ao se locomover de metrô ou ônibus.
Se você estiver voluntariando com a Worldpackers, juntar uma turma de voluntários e sair meio sem rumo pelos bairros do centro é uma experiência deliciosa.
Para bater perna pela capital use sapatos confortáveis e bastante disposição, pois as muitas ladeiras de Lisboa podem deixar o trajeto um pouco cansativo. Para se localizar mesmo sem internet baixe o mapa do Google Maps no celular.
Quem está hospedado ou voluntariando fora do centro, a melhor opção de locomoção é o metrô. O bilhete unitário custa 1,50€ e para quem compra o cartão recarregável Viva Viagem no valor de 0,50€, cada trecho sai por 1,33€. Você encontra o mapa da rede e a tabela de valores no site do metrô. Para ir e voltar do aeroporto, também é recomendável o uso do metrô.
O bairro do Belém (que abriga a famosa Torre de Belém, a confeitaria que faz o pastel de Belém “mais original” e o Mosteiro dos Jerônimos) fica longe do miolinho no centro e os elétricos, famosos bondinhos, são a melhor maneira de chegar lá.
A maioria em operação são os VLTs, parecidos com um metrô, mas talvez você dê sorte (eu consegui!) de pegar um dos antigos bondinhos de madeira que são símbolo de Lisboa. O bilhete, comprado na hora com o motorista ou em maquininhas, custa 3€ e com o Viva Viagem, 1,35€.
O que fazer em Lisboa
1. Free walking tours
Lisboa tem vários aspectos que merecem ser conhecidos mais intimamente: gastronomia diversificada, escritores mundialmente conhecidos, o fado e bairros curiosos como Alfama e Mouraria.
Os free walking tours (que na verdade são baseados em gorjetas voluntárias) são uma maneira fácil, barata e gostosa de conhecer a cidade mais a fundo e fazer amizades com outros viajantes.
Opções não faltam, empresas como Lisbon Chill Out, Discover Lisbon, Hi Lisbon e outras oferecem caminhadas guiadas que abordam um tema ou uma região de Lisboa. Apesar da contribuição ser voluntária é bom lembrar que esse é o trabalho dos guias e uma gorjeta no final do passeio é bem vinda.
2. Visitar o bairro do Belém
Belém é o bairro que estão os monumentos aos descobrimentos portugueses e foi lá que nasceu a receita do pastel de nata, que não por acaso no Brasil chamamos de pastel de belém. A região fica um pouco afastada do centro da cidade e vale a pena reservar uma tarde, ou um dia inteiro se você gosta de viajar sem pressa, para conhecer.
A melhor maneira de chegar lá é de elétrico e se você der a sorte de pegar um modelo antigo o deslocamento já vai ser um passeio. Visite o Mosteiro dos Jerônimos, a Torre de Belém (cartão-postal de Lisboa) e o Padrão do Descobrimento. Termine o dia comendo um pastel de nata na Pastéis de Belém.
3. Conhecer o pitoresco bairro de Alfama
Foi lá que nasceu o fado no século 19. Até hoje, Alfama, é um bairro boêmio, cheio de barzinhos, restaurantes simpáticos e muitos deles, como não poderia deixar de ser, têm shows de fado à noite.
Com suas ruas estreitas, casario centenário e varandas com flores, perambular pelas ruas de Alfama já é um passeio. Para aquela foto clássica de Instagram, fique atento à passagem do bondinho de madeira, pois muitas ruas têm trilhos.
Mesmo para não católicos, a igreja de Santo Antônio de Lisboa, é parada obrigatória. O santo casamenteiro nasceu ali em 1195 e é muito celebrado na cidade. Inclusive o 13 de junho - parte das festas juninas que herdamos como tradição no Brasil - é uma festa de rua bombástica em Lisboa.
4. Explorar os miradouros de Lisboa
Terminar um dia em Lisboa admirando o pôr do sol no mirante mais próximo é uma maneira barata (afinal, o sol é para todos) e gostosa de conhecer a cidade. Muitos deles contam com barzinhos, mas é lugar-comum entre locais e turistas levar sua cerveja ou vinho e fazer um happy hour mais econômico.
O miradouro mais famoso é o Jardim de São Pedro de Alcântara, que tem uma vista linda para o Castelo de São Jorge, mas a gente precisa se acotovelar entre a multidão de locais e turistas.
Outra “furada turística” é o Miradouro de Santa Justa, não pelo mirante em si, mas pelo Elevador de Santa Justa, pois é a única maneira de chegar lá em cima. Tem filas quilométricas e uma tarifa de €5,15, que inclui subida e descida, para quem não tem o passe diário de transporte 7 Colinas.
Eu recomendo o Castelo de São Jorge, que dá para ver o centro de Lisboa e o Rio Tejo, além disso, a descida dá direto nos barzinhos da Alfama.
No Miradouro da Graça, cujo nome oficial é Miradouro Sophia de Mello Breyner Andresen, é possível ter uma vista ampla, que inclui o Castelo de São Jorge, o Rio Tejo, a Baixa Pombalina e o bairro da Mouraria. A varanda do mirante tem um barzinho, que fica super movimentado nos dias mais quentes.
Onde comer em Lisboa
Se você curte experimentar os sabores locais durante as viagens, Lisboa também é seu lugar. A lista de delícias é extensa e vai dos pratos principais típicos como bacalhau, frutos do mar, alheira, sardinha, passando pelos petiscos como bolinho de bacalhau e risoles, até as sobremesas como o pastel de nata, pão de ló e bola de berlim.
Para fazer a digestão uma ginjinha (destilado típico) ou vinho do porto e, antes da conta, um cafezinho, lá mais conhecido como bica.
Onde comer em Lisboa por menos de 10 euros
Peça o prato do dia. É uma versão melhorada do nosso prato feito brasileiro: os pequenos restaurantes portugueses - também chamados de tascas - oferecem, na hora do almoço nos dias de semana, um combo que costuma ter um prato principal + bebida (vinho ou cerveja) + sobremesa por um valor de 7 a 9 euros.
A comida caseira costuma ser muito saborosa e as opções variam entre frango, porco, vaca ou peixe, e às vezes algo mais nobre como bacalhau ou frutos do mar. Eu comi refeições inesquecíveis pelo prato do dia.
Me perdoem os caçadores de estrelas Michelin, mas em Lisboa não é necessário buscar um restaurante refinado para ter uma refeição maravilhosa.
A Tendinha: Belisque petiscos baratos
A portinha discreta na praça Dom Pedro VI, além de servir petiscos tradicionais portugueses a precinhos mochileiros, é parte da história lisboeta. A Tendinha foi fundada em 1840 e é o último dos botequins do bairro do Rossio, que durante o século XIX concentrava atividades culturais e políticas de Lisboa.
Há até um fado de 1943 sobre A Tendinha, chamada de “templo da ginjinha”, e que conta a história de boemia e do bar como ponto de encontro de artistas, nobres, bêbados e cantores de fado.
Ok, vamos falar de comida. A vitrine desse botequim está cheia de petiscos que vale a pena provar e provar novamente. Comece pelo bolinho de bacalhau, que realmente vem bacalhau e custa 1,30€. Para uma experiência autenticamente lisboeta, peça uma cerveja Imperial para acompanhar.
Não por acaso, A Tendinha se tornou o meu local preferido para comer algo rápido. Nas minhas andanças pela cidade parei muitas vezes para comer o rissole de camarão bem sequinho, o típico sanduíche de bifana (carne de porco) e o que mais me parecesse interessante na vitrininha do balcão inox.
Endereço: Praça Dom Pedro IV, nº 6 – Rossio
Aberto de segunda a sexta das 7:00 às 21:00 e sábado das 7:00 às 19:30
A Croqueteria do Time Out Market Lisboa
Construído em 1882, o Mercado da Ribeira, era o principal mercado de abastecimento de alimentos até o fim do século 20, quando entrou em decadência. Em 2014, o guia Time Out abriu um espaço gastronômico com quiosques dos restaurantes mais bem avaliados pelos críticos, com cardápios mais simples e preços reduzidos.
Ainda assim, seria mentira dizer que um almoço por lá cabe em um orçamento mochileiro, mas na Croqueteria é possível fazer uma boquinha no mercado, que é febre entre os foodies, sem esvaziar o bolso.
O croquete não é bem uma novidade para nós brasileiros, mas nesse restaurante, o salgado, que é um dos mais populares do país, ganha sua melhor versão: tem muito recheio e desmancha na boca. O mais popular é o croquete tradicional de carne, mas há também outros sabores, inclusive vegetarianos, todos vendidos a €1,60.
O mercado está atualmente na moda entre lisboetas e turistas. O período mais disputado está entre 12:30 e 16:00 quando o espaço fica tão lotado que é difícil andar pelos corredores e quase impossível encontrar mesas disponíveis.
Endereço: Avenida 24 de Julho, nº 49 - Mercado da Ribeira
Aberto de domingo a quinta das 10:00 à 00:00 e sexta e sábado das 10:00 às 2:00
Faca & Garfo: um polvo inesquecível por menos de 15 euros
O pequeno restaurante no bairro do Chiado foi a minha primeira parada em terras lisboetas e ali eu já senti que ia passar muito bem “gastronomicamente” na minha estadia na cidade. O ambiente do Faca & Garfo é simples e charmosinho, tem aparência de casa de vó - portuguesa - com parede de azulejos decorados.
Mesmo tendo virado hype entre os turistas nos últimos anos, mantém aquele clima original: administrado pela mesma família e tratando os clientes assíduos, pelo nome.
O polvo à lagareiro que provei lá foi um dos melhores que já comi na vida e o prato individual (farto) custa 12€. Todos os outros pratos principais do cardápio custam entre 7,50 e 10 euros. Entre eles estão o suculento bife de atum, um dos carros-chefe da casa, bacalhau, salmão grelhado e bife à moda da casa com molho de vinho do porto.
Endereço: Rua da Condessa, nº 2 - Chiado
Aberto de segunda a sábado das 11:00 às 23:00
E finalmente, prove os famosos pastéis de nata
Os pastéis de nata são vendidos em toda esquina em Lisboa e vários locais disputam o posto de melhor da cidade.
O pastel de nata bom mesmo é o raiz, que leva apenas leite, ovos, açúcar, limão e canela, dentro de uma forminha de massa folhada e custa no máximo 1,50€.
Meu conselho é: prove muitos, mas fuja dos estabelecimentos pega-turista que vendem “receitas exclusivas” com cobertura de chocolate, recheio de brigadeiro, entre outros frufrus, a preços superiores a 3€ porque é roubada.
Pastel de Nata: Onde comer em Lisboa
1. Manteigaria
Na confeitaria do ex-Masterchef Miguel Vieira o pastel de nata é feito em frente aos clientes. As lojas são pequenininhas e a maioria dos clientes compram para levar. A marca tem quatro lojas, duas em Lisboa e duas em Porto.
Endereço: Rua do Loreto, nº 2 ou Avenida 24 de Julho, nº 50 (ambas em Lisboa)
Aberto diariamente das 8:00 à 00:00
2. Pastéis de Belém
A confeitaria onde nasceu o docinho em 1837 guarda o segredo da receita a sete chaves. Inclusive o nome “pastel de belém” é patente deles, nenhuma outra marca pode usar. Dá para sentar dentro da confeitaria, mas esteja ciente que há uma espera considerável, ou também levar para viagem (o tamanho da fila assusta, mas é rápida).
Endereço: Rua de Belém, nº 84 a 92
Aberto diariamente das 8:00 às 23:00
3. Aloma
Reivindicando o título de melhor da cidade está o Aloma, que ganhou o concurso de melhor pastel de nata do festival Peixe em Lisboa. A marca exporta para diversos países da União Europeia e se gaba de ser o único que mantém as características mesmo depois de esfriar.
Endereço: Rua Francisco Metrass, nº 67 (matriz, há mais quatro lojas em Lisboa)
Aberto diariamente das 7:00 às 20:00
A lista de restaurantes, barzinhos e outros lugares onde dá para comer bem e barato na cidade é enorme, quase todos que visitam têm algum espaço para recomendar. Também pegue dicas do que fazer em Lisboa com outros voluntários ou com seu host e com certeza você vai conhecer cantinhos incríveis.
Por que conhecer Lisboa como voluntário?
Um voluntariado na capital de Portugal é a oportunidade de viver a cidade como um local e ter o tempo necessário para conhecer a gastronomia, a literatura, a história e muitos outros aspectos da cultura portuguesa que os brasileiros geralmente só vivenciam em uma passagem rápida de alguns dias pelo país.
Por ser uma cidade multifacetada e vibrante, as opções de voluntariado em Lisboa são muitas:
- Desenvolva suas habilidades em um hostel de Lisboa
- Ajude a construir e reformar uma Guest House
- Faça parte de uma reserva de surf irada
Entre mais de 60 oportunidades. Se esse guia te ajudou de alguma forma, deixe seu comentário e seu thanks no artigo!
Davi
Fev 22, 2020
Informações de utilidade pública! obrigado por compartilhar , vai me ajudar bastante no meu mochilão em breve.
Carla
Mar 16, 2020
Ameiiiiii
Deusilene
Jul 23, 2020
Que máximo
Luciane
Out 17, 2020
Estou escolhendo o país para realizarmos meu primeiro intercâmbio. Acho q vou começar p Portugal😍
Luciane
Out 17, 2020
*realizar
Luis
Fev 22, 2021
😍