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Desafiando o medo que existe dentro de mim e indo cada vez mais longe

Superei o medo ao estar disposta a encarar cada nova experiência, seguir o plano que propus para me sentir realizada e descobrir uma nova forma de ver o mundo.

Lisiane

Nov 15, 2022

5min

Como enfrentar o medo de viajar

Sempre ouvi dizer que o primeiro passo é o mais difícil e que depois dele tudo fica mais fácil. 

Verdade! Eu não acreditava 100% nessa frase até finalmente experimentá-la, arriscar e decidir concretizar algo que estava adiando por muito tempo. 

Não era só realizar um sonho, envolvia também tudo o que tinha conquistado até então e que eu deveria deixar para trás, assim como o medo cultivado por anos até finalmente dar o primeiro passo.

É sobre o medo de tentar que eu quero falar nesse texto.

Dependendo de como você lida com esse sentimento, ele pode te paralisar e impedir que vá adiante, que supere traumas, que colecione momentos que fazem com que se sinta vivo. 

Porém, o medo também tem um lado positivo, pois te mantém em alerta e traz cautela. Cada pessoa, mesmo que inconscientemente, tem uma forma de lidar com o medo. 

Eu, por exemplo, convivo com esse sentimento da melhor maneira que encontrei: enfrentando! Não é que eu seja corajosa, mas precisava agir e sabia que ninguém iria fazer por mim.

Em 2017 passei praticamente metade do ano pesquisando formas de mudar a minha vida. Não estava satisfeita com a rotina que levava e algo dentro de mim me dizia que eu poderia fazer mais, porém eu não sabia como e nem por onde começar. 

Na lista de opções estavam: mudar de estado e tentar um trabalho na minha área em um local novo, me dedicar ao projeto de mestrado ou largar tudo e viajar o mundo. A última opção na lista dos sonhos quase utópicos.

Um dia vi uma foto no instagram da Worldpackers de uma mulher com uma criança sorridente, a imagem retratava um abraço apertado, dava até para imaginar como foram os minutos antes daquele registro, lá no distante continente africano. 

Fui no perfil dela tentar descobrir quem era e o que fazia, uma das primeiras coisas que vi foi a frase que dizem ser de Clarice Lispector:

“Depois do medo vem o mundo”.

Essa frase se tornou um mantra para mim nos meses seguintes. 


Lisiane em viagem

Também havia participado de uma palestra motivacional que estimulava as pessoas a pensarem onde elas gostariam de estar no ano seguinte ou conquistar. Mesmo sem acreditar que era capaz, escrevi por três vezes que gostaria de estar em um intercâmbio. 

Nesse período também me candidatei para uma vaga de trabalho, mas só poderia ser contratada no ano seguinte e eu não poderia esperar até lá. 

Neste momento da minha vida, há exatamente um ano, a vontade de mudar era maior, quase desesperadora. Então foquei nos temas viagem e voluntariado, decidi que iria explorar o mundo, mesmo sem ter dinheiro e ninguém além de mim  para bancar financeiramente esse sonho.

O meu ano sabático estava prestes a começar, o frio na barriga aumentava e por dias eu não conseguia dormir, assim como a incerteza por vezes me fazia perder o foco.

Sim, eu tinha medo de como tomar a iniciativa de largar minha carreira, eu tinha medo de deixar meu apartamento, de deixar os amigos, de dar o primeiro passo e depois ter que voltar muitas casas, como em jogo de tabuleiro e reconhecer que falhei, medo de ter que nadar, andar de bicicleta entre carros em cidades grandes, de falar inglês e não ser entendida, eu tinha medo, muito medo. 

Porém eu também tinha total consciência de que só se vive uma vez e eu tinha um sonho para realizar, o momento era aquele e não podia deixar passar.

Em fevereiro coloquei a mochila nas costas e parti. Apesar de ler sobre os lugares que pretendia visitar e conversar com algumas pessoas que passaram pela experiência, tinha medo do que me aguardava, afinal o desconhecido assusta. 

Desde então, já se passou 10 meses, visitei 11 países, a maioria deles fui através da Worldpackers, trocando trabalhos em hostels e projetos sociais por acomodação e em alguns casos refeições também. 

Não sei até onde vou, até quando vou seguir viajando, mas a certeza que tenho é que já não sou mais a mesma.

Eu que já me virava sozinha alguns anos morando longe da família, consegui ir mais longe não só geograficamente.


Lisiane no Egito

Uma vez minha melhor amiga surpresa com os destinos que escolhia para visitar ou voluntariar, me falou que ela não teria coragem de ir sozinha e que eu era muito corajosa. Eu brinquei com ela e contei que sempre fico com medo, a insegurança por vezes é inevitável ao chegar em um novo local ou sair sozinha para explorar uma cidade, mas eu tenho que me mover, ir e enfrentar.

Foi encarando que eu consegui nadar na parte profunda de uma piscina em um hostel que trabalhava no Marrocos pela primeira vez. Até o mês de setembro eu não tinha noções de natação, nunca tive interesse em aprender, principalmente após me afogar por alguns minutos quando era adolescente em um rio. Foi então que conheci uma pessoa que ao saber disso, ficou surpresa, como muitos quando sabem dessa informação e se dispôs a me ensinar. Aceitei a ajuda, era hora de superar o medo mais uma vez. 

Eu ainda não sei nadar perfeitamente, mas quando entro na água tenho um comportamento bem diferente de antes.

Por vezes potencializamos os empecilhos e os transformamos em uma montanha intransponível, pois só focamos nas dificuldades e não nas soluções. Somos em grande parte sabotadores de nós mesmos.

Por isso, quero te dizer que sim, depois do medo vem o mundo e ele é grande, cheio de pessoas do bem, com muitas oportunidades para você melhorar enquanto pessoa e descobrir habilidades que vão além do que aprendeu em uma faculdade ou no trabalho anterior.

Quando se quer, tudo é possível, não deixe o medo te limitar, prender ou te fazer recuar, você pode! Viaje como uma mulher!

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