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Favela no topo: da Brasilândia pros EUA com a Worldpackers

Nasci e cresci na Brasilândia, onde fazer intercâmbio pros Estados Unidos parece impossível. Mas com o voluntariado, fui da periferia de São Paulo para o mundo!

5min

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Sempre quis conhecer os Estados Unidos por causa dos filmes, séries e músicas que eu gostava na minha infância e com o tempo esse desejo foi crescendo e se tornou um grande sonho.

Sonho, que por muitas vezes julguei impossível, seja pela opinião das pessoas ou pela abordagem da mídia sobre o assunto. Ainda mais eu, mulher. Chegava como algo totalmente distante, feito pra pessoas com boas condições financeiras - afinal, pelo o que dizem, viajar pra fora do Brasil e gastar em dólar não é pra todo mundo. Mas vou te provar o contrário. 

Apesar das coisas que ouvi nunca deixei esse sonho de lado. Sendo assim, comecei a pesquisar e fazer cotações em agências de intercâmbio comuns para passar em média de 1 à 3 meses viajando sozinha em alguma cidade dos Estados Unidos.

Porém, quando recebi as propostas, o valor fugia totalmente do meu orçamento - que era bem limitado levando em consideração a situação financeira da minha família. Eu precisava de outras possibilidades para fazer meu tão sonhado intercâmbio para os Estados Unidos sem gastar muito dinheiro. 

>> Confira também: Quanto custa ir para os Estados Unidos legalmente e dicas de economia



Para conseguir juntar dinheiro para meu intercâmbio nos Estados Unidos cortei diversos custos, fiz diversos trabalhos extras e até vendi algumas roupas e livros usados, além de criar uma meta mensal para guardar dinheiro exclusivamente para a passagem e suprir os custos que teria durante meu intercâmbio nos EUA. 

Buscando possibilidades mais econômicas conheci a Worldpackers, que mudou totalmente minha jornada nesse sonho. Comecei a entender melhor a proposta da empresa e como funcionava a plataforma. 

Além de iluminar meu caminho nessa busca, também mudou minha forma de entender o que é o intercâmbio de trabalho. Assim, vi que seria possível trabalhar nos EUA de forma legal, com visto de turista, e fazer um intercâmbio muito barato.

Me apaixonei de imediato pela missão da plataforma e percebi que meu sonho estava muito mais perto e acessível do que eu imaginava, afinal, eu poderia ter uma experiência incrível vivendo a vida local em uma cidade da minha escolha. 

Usando minhas habilidades, faria coisas que gosto em troca de hospedagem e de algumas refeições. O fator extra era praticar meu inglês enquanto conhecia novos lugares e pessoas.



Pesquisei diversas cidades nos Estados Unidos para me aplicar dentro da plataforma e encontrei um hostel em Miami, no qual me apliquei para ser voluntária durante dois meses, e logo fui aprovada. 

Lembro da sensação de êxtase ao receber a mensagem do meu anfitrião, dizendo que estava tudo certo para minha experiência - pois tudo o que havia sonhado estava prestes a se realizar.

Faltavam apenas dois meses para embarcar para os Estados Unidos, ou seja, tive que entrar rapidamente na saga de organizar e planejar diversos aspectos do meu intercâmbio. Avisei meus pais e meus amigos, organizei uma despedida e logo bateu uma grande ansiedade, até porque eu nunca tinha passado tanto tempo fora de casa. 

Para economizar o máximo possível, tive que encontrar uma passagem aérea com preço acessível, seguro viagem, documentação e internet - tudo em uma planilha com outras mil coisas. 

Afinal, nada podia sair do meu orçamento extremamente limitado e suado para esse intercâmbio nos Estados Unidos. Miami, a cidade que escolhi, é muito turística e por isso, tem o custo de vida mais elevado. 

Após toda a correria, a passagem aérea comprada, tudo combinado com meu anfitrião direto pela plataforma da Worldpackers, mochilão pronto, ansiedade gritando no meu corpo, lágrimas de despedida no aeroporto e assim fui - rumo ao meu tão sonhado intercâmbio em Miami, com um sorriso imenso no rosto.

Quando cheguei no hostel e percebi que aquele lugar seria minha casinha pelos próximos dois meses, me senti extremamente vitoriosa e percebi que seria uma experiência incrível. 



Fui muito bem recebida pelos meus anfitriões e pelos hóspedes. Os próprios donos do hostel me passaram todas as atividades que faria durante minha estadia: manter a limpeza do local, receber os hóspedes, fazer as camas e servir o café da manhã. Além disso, eles também me mostraram um pouco da cidade e bairro onde me hospedei.

Foi com as dicas deles sobre como me locomover, onde comprar e serviços essenciais em Miami que consegui ter uma  experiência completa, vivendo como morador local.

Tive contato com pessoas de diversos lugares, tanto no hostel quanto nos rolês, fiz diversos amigos e no meu tempo livre, depois do trabalho, aproveitei para ir à praia e conhecer outros bairros de Miami. 

Nos meus dias de folga, pude também viajar para outras cidades próximas a Miami e também algumas outras mais famosas como Los Angeles e Nova York

Meu intercâmbio foi ótimo para aprender idiomas. Miami é uma cidade com muitos latinos, e o espanhol estava presente na rotina do bairro que voluntária, conhecido por "Little Havana" , ou "Pequena Havana" - que é a capital de Cuba. 



O mais incrível dessa experiência de intercâmbio foi poder sair da minha zona de conforto, afinal era uma forma totalmente distinta em relação aos intercâmbios convencionais. Tive a chance de valorizar duplamente meu esforço, já que trabalhei muito para estar onde eu estava e também precisava trabalhar em troca da minha hospedagem no hostel. 

Mesmo trabalhando e vivendo fora da minha zona de conforto, eu acordava de manhã para meu turno de com um sorriso gigantesco no rosto,  pois sabia que meu dia ia ser incrível e ter várias novidades. Percebi o quão inacreditável era tudo o que eu estava vivendo... era realmente meu sonho.

Apesar desse esforço imenso para realizar tudo que descrevi, entendo vários privilégios que tive durante minha vida, mesmo crescendo na periferia de São Paulo. Com essa experiência eu cresci e amadureci, pois mesmo viajando sozinha nunca me senti solitária e também criei um novo propósito de vida.

Senti muito orgulho de mim mesma por estar vivendo meu sonho e tudo isso foi possível por através da Worldpackers, que promoveu essa experiência de forma incrível e econômica. 



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