O que fazer em Diamantina, MG: roteiro pela cidade e arredores

Descubra o que fazer em Diamantina, importante cidade histórica em Minas Gerais, e veja também dicas de passeios na região.

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 O que fazer em Diamantina

Procurando o que fazer em Diamantina, Minas Gerais? Chegou no lugar certo! Neste artigo, vou mostrar um roteiro de um dia (ou mais) por essa charmosa cidade que é a primeira do Caminho dos Diamantes da Estrada Real. Diamantina fica a cerca de 300 km de Belo Horizonte e você pode chegar lá de ônibus ou de carro.

Diamantina é uma das cidades históricas de Minas Gerais e sua formação veio em 1713 com a exploração do ouro, mas ela é mais conhecida pela alta produção de diamantes. Suas casas em estilo colonial e suas igrejas em estilos rococó e barroco chamam a atenção pelo charme e beleza, fazendo da cidade uma ótima opção turística. Afinal, quem  resiste a uma foto ao lado dessas casinhas simpáticas?

A cidade recebeu o título de Patrimônio Cultural pela Unesco, e caminhar por suas ruas é como fazer uma aventura pelo passado de uma região que foi muito importante para o desenvolvimento do estado de Minas Gerais e do Brasil.

Muitas as possibilidades de turismo em Diamantina, e neste roteiro você encontrará oportunidades para conhecer a arquitetura local, aprender sobre celebridades do passado e visitar os principais pontos turísticos da cidade. 

O que fazer em Diamantina

Criei esse guia sobre o que fazer em Diamantina para quem quer conhecer os principais pontos turísticos da cidade em um dia, mas você também pode percorrê-los com mais calma em mais tempo. O Centro Histórico é pequeno, mas sua beleza é de encher os olhos, com seus casarões coloniais bem preservados.

O trajeto sugerido a seguir é perfeito para se fazer a pé. Se possível, use tênis com solado antiderrapante, porque as ruas de Diamantina são bastante íngremes. Saiba que será preciso fôlego para subir as ladeiras de paralelepípedos, então separe a garrafa de água e um lanchinho para este passeio pela história!

Ponto de partida: Diamantina Hostel

Existem muitas opções de hospedagem em Diamantina, mas se você quiser economizar na estadia e aproveitar para conhecer a região com calma, uma ótima dica é fazer um voluntariado pela Worldpackers

Usando essa plataforma você troca algumas horas de trabalho por hospedagem e outros benefícios, como alimentação e passeios, em várias partes do Brasil e do mundo. Em Minas Gerais, por exemplo, são dezenas de opções.

Existe um anfitrião da Worldpackers muito legal em Diamantina: é o Diamantina Hostel, que busca voluntários para ajudar com pintura, decoração, reparos, jardinagem, recepção, limpeza, entre outras tarefas. Em troca, você ganha acomodação num dormitório e três refeições. O hostel fica bem próximo do centrinho de Diamantina, por isso pensei esse roteiro saindo de lá.

Leia também: Como perdi a timidez viajando sozinha em Minas Gerais

Roteiro por Diamantina, MG

Para começar esta aventura por uma das cidades mais belas da Estrada Real, a nossa primeira parada é o famoso Passadiço da Casa da Glória, que é uma das atrações arquitetônicas mais famosas da cidade e fica na Rua da Glória. 

A passagem liga dois sobrados históricos dos séculos XVIII e XIX. Já abrigou o colégio das irmãs vicentinas e hoje é sede do Instituto Casa da Glória, da UFMG. É também cartão postal da cidade, sendo um dos cenários favoritos dos turistas na hora de registrar as imagens da viagem para Diamantina. Recomendo checar os dias de visitação da área interna.


Passadiço da Casa da Glória - Foto por: Marina Melado 

Descendo a rua da Glória e seguindo pela direita para a rua Macau do Meio você verá a praça JK, nossa próxima parada, que possui uma estátua para o seu morador mais ilustre, Juscelino Kubitschek. 

A praça é um lugar agradável para sentar e repor as energias, e de lá dá para ter uma boa visão da igreja São Francisco de Assis. Aproveite a paisagem enquanto toma um bom gole de água e se prepare para subir, pois nossa próxima parada irá requerer um pouco de esforço!

No começo Rua São Francisco você verá a igreja São Francisco de Assis (que não é aberta ao público), uma construção em estilo rococó. 



Subindo um pouco mais a rua, verá a antiga casa de Juscelino Kubitschek, onde ele residiu durante sua infância e adolescência. Nascido em Diamantina em 12 de setembro de 1902, Juscelino foi um médico, oficial da polícia de MG e Presidente da República entre 1956 e 1961.

A casa foi transformada em museu e os cômodos abrigam biblioteca, objetos pessoais, fotos e os violões usados pelo político para participar de serestas. Ela é aberta ao público, mas verifique os horários de visitação.


Casa de Juscelino - Foto por: Marina Melado

O passeio está legal, mas vamos voltar um pouco? Desça a rua São Francisco de volta até a praça JK e virando a direita você verá os fundos da Catedral Metropolitana de Santo Antônio da Sé, construída entre 1932 e 1938. 

Esta é uma das principais igrejas da cidade, pode ser vista de vários pontos e seu exterior é muito fotografado. A Igreja está aberta para visitas e você também pode tirar fotos lá dentro, mas lembre-se de desligar o flash.

Seguindo pela Rua Direita e caminhando por dois quarteirões você chegará até a casa de Chica da Silva, que foi sua residência entre os anos de 1763 e 1771. 

Chica conquistou sua alforria ao se relacionar com um dos homens mais ricos do Brasil, João Fernandes de Oliveira. Eles assumiram uma relação pública, mas nunca se casaram oficialmente. A fachada de sua casa é uma atração super legal, vale muito a pena ir visitá-la.


Casa de Chica da Silva - Foto por : Marina Melado

Continuando o tour, volte pela rua Direita até a catedral e entre à direita no beco Modesto de Almeida. Você chegará à praça Barão de Guaicuí e conseguirá ver o Mercado Velho mais adiante. A região respira arte e é ótima para comprar lembranças de viagem. Já separou o dinheiro para as compras? Agora é a hora de ajudar o comércio local!

Nosso tour termina quando a noite chegar. Você pode ir até a Rua da Quitanda e curtir os bares e restaurantes. É nesta rua que acontecem as famosas Vesperatas de Diamantina, então puxe sua cadeira e relaxe tomando uma cervejinha enquanto aprecia a vida noturna.

Gostou do roteiro? Espero que sim! Mas há muito mais o que fazer em Diamantina e região, então continue lendo o post.

Como fazer o passaporte da Estrada Real

Se quiser conhecer outros pontos turísticos de Diamantina você pode ir até a rua do Amparo, onde fica localizado o Centro de Atendimento ao Turista.

Lá você encontra mais informações sobre as construções históricas e indicações de guias turísticos, e pode também retirar o seu passaporte e ter o seu primeiro carimbo da Estrada Real. O único custo para adquirir o seu passaporte da Estrada Real é um quilo de alimento não perecível, que será doado para instituições parceiras.

Para poder retirá-lo é preciso fazer o cadastro no site do Instituto da Estrada Real.



Uma vez com o passaporte você pode carimbá-lo em outras cidades; não precisa visitá-las em ordem e nem em uma viagem só. Eu fiz assim: em novembro visitei Ouro Preto e Mariana e consegui mais dois carimbos para a minha coleção. 

Outras cidades que carimbam o passaporte da Estrada Real são Tiradentes e São João Del Rei, que também têm anfitriões na plataforma de voluntariado Worldpackers.

A Estrada Real é composta por quatro caminhos: O Caminho dos Diamantes, o Caminho de Sabarabuçu, o Caminho Novo e o Caminho Velho. Vários turistas fazem as rotas de carro, mas alguns aventureiros se arriscam de bicicleta ou a pé. 

Atrativos na região de Diamantina

Se a sua viagem para Diamantina for um pouco mais longa, não deixe de visitar outros lugares incríveis nos arredores, como o Parque Estadual do Biribiri. Ele fica a cerca de 15km da cidade e que abriga duas cachoeiras lindíssimas, a da Sentinela e a dos Cristais.

Ambas têm fácil acesso por um trajeto curto que pode ser realizado por crianças ou pessoas de mais idade. É uma região que atrai muitos turistas, então você não estará sozinho. Lá também há um parque arqueológico com pinturas rupestres. 

Para entrar no parque não é necessário pagar nenhuma taxa, mas é necessário ter um veículo ou contratar uma agência ou guia, que foi o que eu fiz: fui com a Biribiritur e foi uma experiência super agradável, com uma pessoa que realmente conhece a região. 

O passeio custou R$ 70 e foi um excelente investimento. Quando for visitar o parque lembre-se de recolher o seu lixo, para que o mesmo não polua o ambiente e nem sejam combustível para incêndios acidentais. Cuidar da natureza é um dever de todos!



Fora do parque fica a Vila do Biribiri, um espaço tranquilo para passar a tarde. Para acessá-la é necessário pagar uma taxa de R$10. Lá é possível ver máquinas da antiga fábrica de tecido que funcionava ali de 1876 a 1962. Outro atrativo da vila são os restaurantes e o café, com delícias típicas de Minas Gerais.

Recomendo tirar um dia inteiro só para conhecer Biribiri. Pela manhã você pode aproveitar as cachoeiras com calma e, quem sabe, até fazer um piquenique. As cachoeiras são de fácil acesso e dá para chegar perto de ambas de carro, o que faz desse um passeio perfeito para famílias. Pela tarde é bom se encaminhar para a vila e almoçar por lá.

Gosta de ecoturismo? Confira nossas dicas de Ibitipoca, em Minas Gerais.


Estação Barão de Guaicuí - Foto por: Marina Melado

Outro lugar bem bacana para fazer ecoturismo na região é em Barão de Guaicuí, que fica a 35km de Diamantina. No vilarejo tem uma velha estação de trem desativada, uma pequena igreja, lugares interessantes para registrar a viagem, um cenário interessante para fotos. 

Lá a sensação é de voltar no tempo! Os moradores são super receptivos e você corre o risco de sair com um saquinho de doce de leite feito por eles. A uns 20 minutos de caminhada da vila está a Cachoeira do Barão. 

Ela é rasa e praticamente deserta, sendo ótima para um dia de lazer junto à natureza. Suas águas claras permitem ver pequenos peixes. É um espaço de relaxamento e contemplação.



E aí, curtiu essas dicas de o que fazer em Diamantina e arredores? Veja também nosso artigo sobre o que fazer em Tiradentes e São João Del Rei, nosso guia de Belo Horizonte e várias dicas de passeios na Serra do Cipó.



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