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O que vai acontecer com a Worldpackers depois da pandemia?

Estou na Worldpackers desde a fundação do projeto e compartilho com a nossa comunidade o que nós acreditamos que vai acontecer com a Worldpackers num mundo pós-COVID.

3min

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Me lembro da primeira vez que um amigo me falou sobre a Worldpackers.

Ele achou que o propósito por trás do projeto tinha tudo a ver comigo: uma ideia meio maluca, criada por caras meio doidos, oferecendo uma nova forma, diferente, de viajar e colaborar.

E estava duplamente certo. A Worldpackers me ganhou de imediato e sim, era algo para pessoas um pouco malucas.

Quem no mundo veria valor em “trabalhar de graça” em lugares remotos? Do outro lado, quem aceitaria receber e hospedar estranhos e estranhas para ajudar em seus hostels, casas e projetos?

Você já conhece a história. Seis anos se passaram e depois de milhares de experiências e trocas feitas, a Worldpackers deixou de ser a plataforma dos doidos e doidas para tornar-se uma rede de pessoas corajosas.

Pessoas corajosas que viajam sozinhas pelo mundo, mesmo com gente falando que seria perigoso ou inconseqüente.

Pessoas corajosas que deixaram suas certezas de lado para aprender com as incertezas ao longo da jornada.

Pessoas corajosas que largaram seus empregos, arriscando tudo para experimentar estilos de vida diferentes.

Pessoas corajosas que trocaram o turismo tradicional pela experiência de aprender, compartilhar e impactar.

Pessoas corajosas que abriram suas portas para acolher aqueles que não poderiam viajar, se não fosse o voluntariado.

Pessoas corajosas que enfrentam seus medos e anseios para buscar algo maior.

Pessoas corajosas, sozinhas até então, que viram um evento global inesperado convidar não apenas uma comunidade, mas o mundo inteiro, a ser mais corajoso do que nunca.

Se antes, já vivíamos uma realidade incerta no aspecto pessoal e coletivo, agora é como se andássemos no escuro. Cenário que demanda coragem, especialmente na escolha entre preencher um desejo pessoal ou atender uma necessidade coletiva.

O dinheiro guardado para viajar nas férias ou tirar um ano sabático, é agora destinado a nos manter saudáveis, ajudar nossas famílias e a quem mais precisar. Viajar, especialmente para fora do país, será mais difícil do que nunca.

O turismo experimenta um trauma sem precedentes. Viajar, apenas por fazê-lo, já não será uma forma de entretenimento viável. O turismo tradicional tem seu lado positivo, ao movimentar a economia de cidades e comunidades. No entanto, tais recursos não serão suficientes.

Nosso mundo já não sustenta relações e trocas puramente ditadas pelo dinheiro.

Você e eu já sabemos como a viagem é uma poderosa ferramenta de transformação local e global. Nós viajamos para compartilhar nossas habilidades com aqueles que podem tirar mais proveito delas.

Viajamos para viver momentos e ganhar experiências que não fariam sentido aprender em uma sala de aula.

Viajamos para entender diferentes realidades e escolher aquela que nos faz mais sentido. Uma nova realidade, que não seja prejudicial a outras pessoas, a natureza e que traga junto o que temos em comum, não nossas diferenças.

Já não viajamos apenas por viajar. Viajamos por ser nossa forma de contribuir e existir no mundo.

Ainda assim, o mundo que conhecemos demandará formas mais sustentáveis de viajar e relacionar-se “pós-COVID”.

Seguiremos buscando oportunidades que possam apoiar nossas intenções mais profundas como liberdade, conexão e propósito.

Encontraremos outras formas de contribuir com o mundo, trabalhar e nos desenvolver. O planeta demanda de nós, que temos privilégios, a geração de novas oportunidades. Seremos chamados para ajudar ativamente em projetos de nossas comunidades onde viagens de voluntariado locais serão uma das inúmeras formas de contribuir.

Boa parte da humanidade já sabe dessa necessidade há tempos. Muitos dos anfitriões da Worldpackers inclusive, possuem as respostas que estamos buscando para esse “novo” mundo. ONGs, projetos ecológicos e coletivos têm nos ensinado há décadas para onde e como remar.

Eu também vejo um mundo onde comunidades e redes como a Worldpackers - e tantas outras atuando mundo afora - não serão mais um nicho ou “coisa de loucos”, mas uma solução global necessária. Não seremos apenas os doidos, doidas, corajosas e corajosos. Seremos, juntos, todas e todos aqueles que se importam.

Como uma vez um worldpacker me disse “o objetivo do voluntariado não é mudar o mundo, mas sim o voluntário”, o objetivo da nossa comunidade, a comunidade Worldpackers, não é mudar o mundo, mas sim mostrar um novo caminho àqueles que vão liderar a mudança.

Te encontro no próximo passo.



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