10 cidades LGBT friendly para conhecer em uma viagem para Europa

Para a comunidade LGBT, alguns destinos podem trazer certa insegurança, então aqui estão algumas dicas de cidades LGBT friendly para visitar na sua viagem para Europa!

Bruna

Apr 16, 2020

13min

Dicas de viagem para a comunidade LGBT na Europa

Na hora de escolher um destino para viajar, sempre levamos em consideração a segurança oferecida pelo local, quais são os perigos e como evitá-los. 

Sim, riscos existem para todos e precisamos estar sempre atentos, mas a comunidade LGBT precisa ter atenção em dobro na escolha dos seus destinos de viagem.

Alguns países apresentam altos níveis de intolerância e crimes de ódio e não há motivos para correr riscos desnecessários que poderiam ser evitados conhecendo melhor para onde estamos indo. Eu acredito que existem mais pessoas boas que ruins no mundo, mas quando estamos indo para um lugar desconhecido, quanto menor o risco, melhor.

Se você faz parte da comunidade LGBT, apresentamos aqui cidades para você incluir no seu roteiro pela Europa! Além disso, também tem dicas de lugares para ir, boates, bares e também opções culturais que sejam mais direcionadas para a comunidade.

Essas são minhas dicas de cidade LGBT friendly para conhecer em uma viagem para a Europa:

1. Brighton, Reino Unido


Foto de rua em Brighton e ao fundo o mar e uma roda gigante, ótimo destino para uma viagem lgbt

Conhecida como a capital gay da Inglaterra, Brighton é uma das maiores cidades do país, situada no litoral sul. A história da cidade com a população LGBT vem desde o século 19, quando em 1930 a cidade foi povoada por bares focados no público gay e lésbico. Lord Byron, Oscar Wild e Dusty Springfield têm em comum o fato de que todos tem histórias pelas ruas da cidade britânica. 

Atualmente, cerca de 15% da população da cidade se identifica como gay, lésbica ou bissexual na cidade. 

Há ainda um labirinto de becos e vielas históricos que contam com uma grande quantidade de antiquários, boutiques e joalherias. A parte norte é o ponto mais hipster da cidade, com lojas de roupas vintage e lanchonetes de suco orgânico.

Ainda que a cidade, de modo geral, seja bastante receptiva, Kemptown é especialmente conhecido por ser o bairro LGBT da cidade, sobretudo a St. Jame’s Street. Os nomes mais famosos são o The Royal Oak, aberto desde 1972 e o Camelford Arms. 

Os bares dessa região da cidade possuem bandeiras de arco-íris dispostas nas janelas. Durante o Pride Festival, que ocorre em agosto, isso é observado em todas os bares e pubs da cidade. O festival, considerado o maior e mais brilhante do Reino Unido, atrai centenas de visitantes e dura um final de semana inteiro.

2. Barcelona, Espanha


Vista panorâmica da cidade de Barcelona, cidade indicada uma uma viagem lgbt

Barcelona é lar do famoso arquiteto Gaudí e suas obras dispostas pela cidade tornam o visual único, marcado principalmente por sua obra prima, o Templo Expiatório da Sagrada Família. Uma boa dica para andar pela cidade é adquirir o Barcelona Card, que permite entrada livre e descontos em diversos lugares.

Desde 2005 o casamento entre pessoas do mesmo sexo é permitido no país. O bairro L’Eixample é conhecido por ser o centro da comunidade LGBT friendly. Conhecido como Gayxample, conta com os principais bares, restaurantes e lojas, todos destinados ao público LGBT. O bairro tem fácil acesso pelo metrô, que atravessa a cidade inteira. Os restaurantes Safir, Arena Madre e Arena Diana são os mais indicados na região. 

Os pubs tem horário de funcionamento, em geral das 19h às 2h, quando as pessoas saem para as boates. Os mais recomendados são La Chapelle, Versailles e Atame. No centro do Gayxample está o SkyBar, uma balada no telhado no Axel Hotel. Na cidade as baladas costumam abri às 2h da manhã, começar a encher às 3h e vão até o amanhecer.

O Circuit Festival é apontado como um dos maiores festivais de musica eletrônica destinado ao público gay do mundo. Voltado para o público masculino, ocorre em agosto e conta com DJs renomados e atrai milhares de turistas para o país. A festa Caramba! é descrita como tipicamente espanhola, com bastante reggaeton e ocorre todos sábados. A Parada LGBT acontece em julho e, em geral, as festas começam alguns dias antes do desfile - que tem uma programação para todos os gostos, de exposição fotográfica a balada.

3. Lisboa, Portugal


Vista aérea da cidade de Lisboa, outra que faz parte do roteiro de viagem lgbt

Portugal tem uma das legislações mais progressistas quando se trata de casamento entre pessoas do mesmo sexo, adoção e um simplificado processo de reconhecimento de gênero. 

Sua capital, Lisboa, está localizada no extremo ocidental da parte sul da Europa e é um ótimo destino de viagem para pessoas da comunidade LGBT. Banhada pelo Oceano Atlântico, a capital portuguesa tem lindas paisagens, uma arquitetura única e os famosos pasteis de Belém.

Durante o dia, é possível caminhar pelos becos da cidade, se encantar com a arquitetura e conhecer ótimos museus. A noite, bares e boates são o atrativo na cidade. 

Os melhores bairros para se visitar na cidade são a Baixa, Chiado, Principe Real e Bairro Alto. É neste último que a maior parte da vida noturna acontece. Entre as Ruas Barraco, Rua das Salgadeiras e Travessa dos Fiéis de Deus é que a população LGBT costuma se encontrar. Nessa região está localizada a Purex, uma boate bastante popular entre artistas e fashionistas e provavelmente a mais popular entre as mulheres lésbicas e bissexuais.

Apesar do reconhecimento dado à Rua Barroca, é possível encontrar estabelecimentos voltados para o público LGBT também em Príncipe Real, na parte norte da cidade. A Trumps é a maior boate LGBT da cidade, com dois níveis de pista de dança, cada um focado em um estilo musical, a boate abre às 11h45 e vai até às 06h da manhã. 

Além da vida noturna de Lisboa, também é possível aproveitar as praias da Costa de Caparica, há 30km do centro em direção ao sul. É possível pegar um trem que segue pela costa e chegar a Praia 19, reconhecida como a praia LGBT. É permitido praticar nudismo na praia, mas não é obrigatório.

A Marcha do Orgulho LGBT+ de Lisboa ocorre em junho, diferente de outras cidades, ela tem um maior cunho político.

4. Helsinki, Finlândia


Vista panorâmica da cidade de Helsinki

A capital da Finlândia é considerada uma das cidades mais progressistas da Europa quando se trata dos direitos das pessoas LGBT, e muitos visitantes dizem que as suas ruas irradiam tolerância

O Ateneum Art Museum tem a maior coleção de arte do país, com cerca de vinte mil pinturas expostas. O National Museum revela a história do país desde a arqueologia até uma gigantesca coleção numismática.

A Finlândia é um país nórdico, portanto, no inverno, pode chegar a temperaturas muito baixas. O verão é a melhor época para se visitar as praias de Suomenlinna, uma ilha próxima à cidade e considerada patrimônio histórico da humanidade pela UNESCO. É possível ir até lá de trem e a Pihlajasaari Beach é considerada o ponto LGBT da região. O outono também é uma boa época para visitar o país e é quando acontece o renomado Festival de Helsinki e a Semana do Design.

Localizada na parte central, a DTM (Dont tell your mother) é a maior boate dos países nórdicos voltada para o público LGBT.  A região do Kallio District é a mais recomendada para hospedagem, localizada no centro da cidade e próximo a todas as atrações direcionadas ao público LGBT. O Pride Festival de Helsinki ocorre no mês de junho e tem uma duração de cerca de seis dias e sua programação inclui desde aulas de meditação e workshop até danceokês e festas em boates.

5. Berlim, Alemanha


Vista panorâmica da cidade de Berlim

É muito difícil que Berlim fique de fora da lista de qualquer pessoa que queira fazer um roteiro pela Europa, por sua beleza e importância história. 

A cidade tem o potencial para agradar todos os públicos, além de ser um bom destino de viagem para o público LGBT. Pioneira na defesa dos direitos de gays e lésbicas no século 19, Berlim foi a primeira cidade a criar um tour específico para conhecer os pontos marcantes da história da comunidade LGBT na cidade. O Queer Berlin Half Day tour leva os turistas para conhecer bares, o bairro Schöneberg e um memorial criado em homenagem aos homossexuais perseguidos pelos Nazistas.

Um dos passeios mais tradicionais a se fazer na cidade é ir até o lado leste, comandado pelos soviéticos durante a Guerra Fria. É possível ver o que restou do Muro de Berlim e os belíssimos grafites espalhados por toda cidade. O Schöneberg é definitivamente o ponto central do mundo Queer, entretanto, por toda a cidade é possível encontrar bares, pubs e boates com placas indicando serem LGBT friendly.

A boate Blond, com sua aparência retrô, durante o dia serve cafés e diversas especialidades de bolos e a noite oferece um cardápio com cerca de 80 drinks e karaokê. Para as mulheres, a Girls Town é ideal para uma tranquila "girls night out". 

A Parada LGBT de Berlim acontece em junho e teve sua primeira edição em 1979. É conhecida como Cristopher Street Day Parade, nome também usado em outras cidades, que faz alusão à rua do The Stonewall Inn, famoso bar da cidade de Nova York onde ocorreram as primeiras disputas e manifestações em favor dos direitos da comunidade LGBT.

6. Bruxelas, Bélgica


Praça central da cidade de Bruxelas, que deve fazer parte de um roteiro de viagem lgbt

A Bélgica foi o segundo país do mundo a tornar legal o casamento entre pessoas do mesmo sexto, ainda em 2003, e também a legalizar a adoção por casais homossexuais em 2006. Além disso, foi um dos primeiros países a eleger um primeiro ministro abertamente gay. 

A cidade de Bruxelas existe desde o século 10 e possui muitos prédios históricos e monumentos. A praça da parte central da cidade, uma construção do século 14, é um local que precisa ser visitado. Há também o Royal Museum of Fine Arts, um museu gigantesco, com mais de vinte mil obras e atrações suficientes para ocupar um dia inteiro.

O Saint Jacques, localizado perto da parte central, é indicado como o bairro oficialmente LGBT da cidade. O La Boule Rouge, ao estilo cabaret, tem entretenimento de sobra com muitas performances, além de uma Drag residente, conhecida como La Diva. O La Reserve é um dos bares LGBTs mais antigos da cidade, localizado perto de tudo e de fácil acesso. 

Anualmente a cidade de Bruxelas organiza um festival de filmes para a comunidade LGBT, o Pink Screens Film Festival, que acontece no final do ano, geralmente novembro, e recebe material do mundo todo. O Pride Festival de Buxelas acontece no mês de maio e a programação começa 15 dias antes do dia do desfile, geralmente no meio do mês.

7. Viena, Áustria


Vista aérea da cidade de Viena

Nascida a partir de um campo militar de Roma, Viena é uma cidade com um histórico imperial, além de construções antigas e belíssimas. 

Conhecida também como Cidade da Música, é lar da State Opera e da Volks Opera, duas das melhores casas de apresentação de ópera que existem. O Museu de História da Arte de Viena é um dos mais antigos do mundo e é possível fazer um tour guiado com a Drag Queen Tiefe Kummernis, expert em história da arte. O museu fica no Quarteirão dos Museus, junto com o Museu de História Natural e o Museu Leopoldo, que tem a maior coleção de obras do pintor austríaco Egon Schiele.

Apesar da legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo só ter ocorrido em 2017, a Áustria, em 2004, já havia incluído a orientação sexual e identidade de gênero na lista proteção anti-discriminação do país. A mudança de gênero é permitida no país sem a necessidade de cirurgia, além disso, pessoas intersexo podem deixar um espaço vazio na inscrição do gênero. 

O mercado Naschmarkt é lotado de comidas exóticas, frutas e vegetais frescos e fica bem no centro da vizinhança LGBT da cidade. Localizado entre o 4º e 6º distritos, perto dele há os tradicionais Café Willendorf e o Café Savoy, ambos intitulados LGBT friendly. Há ainda a livraria Löwenherz, aberta desde 1983, especializada em literatura LGBT.

A cidade possui uma tradição de bailes, principalmente nos meses do fim e inicio do ano, onde mais de 450 eventos acontecem pela cidade. Há um circuito de bailes voltados para o público LGBT, e o Kreativball é o mais antigo deles, que completa sua 27ª edição em 2019. Há também o Rainbow Ball, em sua 22ª edição. 

A Pride Parade ocorre durante uma semana e é uma celebração da comunidade LGBT de forma geral. Marcada para julho, a principal atração é o festival de rua, os desfiles e as festas em boates.

8. Praga, República Tcheca


Vista aérea da cidade de Praga, conhecida por sua tolerância a LGBTs

A maior parte da sociedade da República Tcheca afirma ser ateia e o país possui grandes níveis de tolerância e receptividade à comunidade LGBT. 

Sua capital tem dezenas de pontos turísticos históricos para serem visitados. O complexo do Castelo de Praga é considerado pelo Guiness Book o maior do mundo. Com mais de cem anos de existência e considerado patrimônio da UNESCO, é formado por diversos monumentos, como a basílica de St. George’s, a Torre da Pólvora, a Rua do Ouro e vários outros monumentos.

Com algumas das melhores cervejas do mundo - e um dos melhores custo-benefício da Europa, Praga tem atraído cada vez mais o turistas e é um ótimo lugar para fazer suas compras de viagem. 

Assim como Viena, Praga se orgulha de sua tradição musical, com sua ópera e balé. Uma opção para os mais românticos é fazer um passeio de barco pelo Rio Vlatava. Há ainda, para os mais fortes, a possibilidade de visitar o Campo de concentração Terezín e conhecer um pouco sobre a história da opressão nazista sobre o público LGBT.

O quarteirão do Vinohrady é considerada a vizinha LGBT da cidade. Durante o dia, há também a opção de visitar os cafés direcionados ao público LGBT, os mais famosos são o Q Cafe, Cafe~cafe e o Patra. Há também boates como o The Bougeois Pig e o Piano Bar. 

A Prague Parade, que acontece no mês de agosto, é bastante recente, sua primeira edição foi em 2011, mas já se transformou em um dos maiores eventos culturais do país.

9. Amsterdã, Holanda


Imagem de barcos passando pelo rio de atravessa a cidade de Amsterdã

A Holanda foi um dos primeiros países a reconhecer o casamento entre pessoas do mesmo sexo, ainda em 2001. Desde 2013 a alteração de gênero por pessoas trans é permitida no país, sem a obrigatoriedade de cirurgia. A cidade abrigou alguns dos primeiros bares abertamente direcionados ao público gay nos anos 1910 e 1920, um deles, o Café’t Mandje está aberto até hoje, localizado na famosa Red Ligh District.

A Rua Regulierdswarsstraat ficou bastante famosa nos anos 80 como a “rua gay” de Amsterdã. Ainda que hoje o local esteja um pouco diferente, sua importância histórica permanece. Em 1996, a primeira Amsterdam Pride aconteceu por ali com o objetivo de trazer vida nova para o local. O evento continua acontecendo até hoje, no final de julho e início de agosto. 

Desde 2006 a rua recebeu uma remodelação e durante o verão é fechada apenas para os pedestres. Algumas boates se destacam, como o Soho, o Exit Cafe e Taboo bar. A Warmoesstraat também é conhecida por seus bares e pubs voltados ao publico LGBT, principalmente o Getto e a Cockring.

Não só de baladas e bares vive a cidade, os museus de Amsterdã também são muito famosos e tem obras importantes da arte mundial. O Museu Van Gogh, como o próprio nome entrega, conta com dezenas de peças do pintor holandês. Rijskmuseum também tem um acervo muito importante, com obras de autores como Rembrandt e Vermeer e o Moco Museum tem obras de Warhol, Salvador Dalí e Bansky. 

Os passeios de barco pelos canais que cortam a cidade também são bastante populares. O International Homo/Lesbian Information Center and Archive (Centro Internacional de Informação e Arquivo Homo/lLsbico), ou IHLIA, tem uma grande biblioteca e arquivo com informação e documentos sobre a história da população LGBT, contendo todo tipo de informação com mais de 100 mil itens.

10. Copenhague, Dinamarca


Vista de casas a beira rio em Copenhague

Em 2012, a Dinamarca autorizou que casais homossexuais pudessem realizar seus casamentos nas igrejas, a liberação para o registro já havia sido concedida muito antes, em 1989. A sua capital, Copenhague, é um dos melhores lugares para a população LGBT viajar. Ao chegar na cidade, uma dica é fazer o seu Copenhagen Card, que dá acesso a diversas atrações, transporte público e ajuda a salvar algum dinheiro.

O Museu Dinamarquês de Arte e Design, os Jardins Tivoli e o Aquário Nacional são atrações que podem ser visitadas usando o cartão. Um outro local importante de ser visitado, e onde você poderá ir com o cartão, é o Museu RAGNAROCK de Cultura pop, rock e cultura jovem. O museu possui uma parte focada na história do movimento LGBT através da música.

Em 2017, o Bar Centralhjornet, que desde sua criação foi voltado para o público gay, comemorou 100 anos de existência. Perto do bairro Studiestraede e as ruas próximas ao Latin Quarter é que se encontra o parte da cidade direcionada ao público LGBT. A área é pequena, já que a integração e a tolerância no resto da cidade é imensa, bandeiras arco-íris podem ser vistas por toda cidade, então não há por que se restringir a uma vizinhança. A Bossehuset, cuja tradução é “casa gay”, é um espaço cultural que oferece uma variedade de performances e apresentações.

O Mix Copenhagen é um dos festivais de filmes LGBT mais antigos da Europa e acontece anualmente em outubro apresentando dez dias de filmes, documentários e curtas com a temática queer. 

A Copenhagen Pride acontece no meio de agosto na praça central da cidade e dura uma semana com diversas atrações, shows, discursos e disputas de dragqueens. Além disso, Copenhague também tem uma versão de inverno da parada LGBT, a Winter Pride, que acontece em fevereiro, e outra em dezembro, a Christmas Pride.

Conheça o lugar, sinta o clima e veja como são recebidas as demonstrações de afeto em público pelos outros casais - heterossexuais ou não. É sempre importante lembrar que você estará em um lugar com uma cultura diferente da sua, mesmo em lugares LGBT friendly existem pessoas de todas as formas de pensar, mas a chance de que você sofra algum tipo de violência - física ou verbal - é muito menor. 

Mesmo que alguns lugares no mundo ainda não sejam receptivos às pessoas da comunidade LGBT, eles não são todos. Para cada estabelecimento, cidade ou país intolerante, existem outras dezenas que ficam felizes em receber visitantes do mundo todo, não importando a qual cor do arco-íris eles pertençam.



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