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Conheça Salta, a capital do norte da Argentina, com pouca grana

Lista de todos os museus grátis, vilarejos, trilhas, dicas da noite local, transporte, feiras e comida. Aproveite Salta da forma mais econômica possível.

Felipe

Feb 29, 2024

9min

Dicas para conhecer Salta, na Argentina

Fundada no inicio do seculo XVI por um espanhol, Salta, na Argentinatem a origem de seu nome discutida até hoje. A intenção original era de ser um interposto entre a capital do vice-reinado espanhol, Lima, e a capital do prata, Buenos Aires.

Essa cidade libertada sob a insignia do líder militar local, General Martin Miguel de Guemes, comandado por José de San Martín, mantêm sua multiculturalidade vinda de imigrantes italianos, libaneses, espanhóis, sírios, bolivianos e venezuelanos em suas ruas, comércios, museus, comidas, feiras e mercados.

Com uma média de altura acima dos mil metros acima do nível do mar, a cidade apresenta consideráveis variações de temperatura - tendendo um pouco mais para o calor,

A cidade tem cerros (morros) com mirantes fantásticos, corredeiras - chamadas de quebradas - e um ritmo de vida singular, diferente do resto do país.

Leia também: 

Confira as dicas do que conhecer em Salta, capital do Norte da Argentina:

Atrações culturais:

1. Ministério de Turismo e Cultura

Situado na Rua Buenos Aires - que também da acesso a praça principal, a 9 de julho - é um bom lugar para conseguir informações turísticas, um mapa da cidade de graça ou mesmo um copo d'água nessa cidade tão quente.

2. Plaza San Martín



É o maior parque da cidade e fica em frente ao terminal rodoviário, tem diversas atrações dentro: o Museu de Ciências Naturais (entrada de 30 pesos), uma pequena feira de livros novos e usados ao lado direito da avenida, outra feira com artigos artesanais ao lado esquerdo, fontes e lagos, além do teleférico que ascende ao Cerro San Bernardo.

3. Cerro San Bernardo


Cerro San Bernardo

Um ótimo mirante para se observar toda a cidade, fica logo atrás do terminal rodoviário e pode ser alcançado de três maneiras distintas: pode-se subir caminhando - pelas escadas que dão acesso ao topo -, de carro ou bicicleta - por uma estrada circular - e por meio de teleférico - única opção paga. 

Além de uma grande vista, o cerro oferece cachoeiras artificiais, cafeterias, lojas de vinho, uma academia a céu aberto e vários pequenos jardins.

4. Catedral Basílica


Catedral em Salta, na Argentina

Principal marco religioso da cidade, fica localizada bem no coração da mesma, na Praça 9 de Julho. Muito iluminada, as fotos são permitidas em quase todos os lugares - salvo na área do santíssimo sacramento. A igreja é amplamente visitada fora dos horários de culto. A entrada na igreja é gratuita e é possível também fazer visitas guiadas.

Região boêmia:

5. Paseo Balcarce

A rua mais boêmia desta cidade, sem sombra de dúvidas. Contêm os mais famosos boliches (pequenas boates) e bares locais, com músicas que vão desde o pop internacional ao folclore nacional com exibições de danças típicas. 

Vale recordar que muitas províncias da Argentina não permitem o consumo de álcool nas ruas, salvo o caso de você estar sentado em alguma mesa, Salta é uma dessas.

6. La Casona

É o bar mais icônico da cidade. Não fica na zona boêmia, localiza-se no fim da Avenida Caseros e tem entrada gratuita. Nesse local, abarrotado de gente, várias pessoas levam seus violões e cantam músicas folclóricas argentinas, a maioria de origem nortenha, com suas vozes alucinantemente fortes. 

Com preços razoáveis, essa antiga casa que já foi palco de figuras ilustres como poetas, artistas e cantores nacionais, abre cedo, mas o que os turistas não sabem - e por isso vão embora por volta da meia noite - é que o movimento musical começa por volta das duas horas da manhã. Seguem vendendo bebida até as quatro e por volta das cinco e meia a polícia pede para irem embora para casa.

7. Paseo de los Poetas

No encontro da Avenida San Martín com Rua Esteco fica este local conhecido pela homenagem que faz aos poetas saltenhos. 

Ali se encontram bares e kioscos - com preços mais acessíveis que do Paseo Balcarce - bem próximo ao centro da cidade. A região é boêmia, só que com um movimento mais suave, somente com bares, sem baladas. É um bom lugar para se provar as clássicas empanadas saltenhas.

8. Peatonal Florida e Júan B. Alberdi

Essas ruas cujo acesso só é possível para pedestres é um ponto de comércio de ambulante incrível. Nunca se imaginaria que uma cidade do porte de Salta teria tanto movimento. 

Tais lugares, com grande semelhança a cidades bolivianas, são ótimos para comprar peças de roupa, óculos, pequenos eletrônicos, comidas de rua de várias nacionalidades. As peatonales (ruas para pedestres) são paralelas, sendo que a Júan B. Alberdi tem fim - ou início - na Plaza 9 de Julho.

9. Mercado San Miguel

Esse é o local onde se pode encontrar a maior variedade de artigos, de todos os tipo, desde eletrônicos até alimentares. O mercado conta também com restaurantes e lanchonetes com preços acessíveis, até barracas que vendem folhas de coca - um artigo comum na Bolívia, mas raro nos demais países latino americanos, vale lembrar que não é uma droga. 

O mercado fica na Avenida San Martín, mas também têm saídas para a Peatonal Florida.

Vilarejos próximos 

10. Campo Quijano

Um vilarejo muito acolhedor com comidas típicas na praça central, fica a poucos quilômetros da cidade de Salta, podendo chegar de transporte coletivo - o letreiro diz Quijano. 

É la que fica o acesso à trilha de trem que leva até a Viaducto la Polvorilla - ponto turístico mais icônico da cidade - que no geral é feita de trem (pago) e sai de San Antonio del Cobre. 

Uma alternativa à esse passeio pago é caminhar por essa trilha, saindo de Quijano, por seis quilômetros por uma corredeira larga conhecida como Quebrada del Toro, onde se pode atravessar pontes semelhantes e sem pagar nada. Ida e volta são 12 quilômetros e a caminhada dura em torno de três horas e meia. Leve sempre bastante água, comida e proteção contra o sol.


Ponte sobre Quebrada del Toro, em vilarejo próximo a Salta

11. San Lorenzo

Um povoado que faz parte da grande Salta, com uma corredeira d'água muito visitada - uma vez que se pode ter acesso por meio de um ônibus chamado Quebrada San Lorenzo. 

O local que conta também com locais apropriados para piqueniques, trilhas e feiras artesanais. Todo o acesso é grátis. 

A saída para San Lorenzo fica na Avenida Entre Rios, diretamente no sentido oposto da Avenida Virrey Toledo (ônibus do corredor 7, letreiro diz San Lorenzo). 

Há também barracas e ambulantes que vendem comidas típicas, maioria bolivianos, que compartilham muita cultura com o norte argentino, a preços muito bons.


Quebrada de San Lorenzo

Lista de Museus Grátis

12. Museo de Bellas Artes

Aqui você vai encontrar obras de arte de artistas saltenhos. As peças vêm desde o formato audiovisual à quadros sobre a evolução da cidade, outros em forma de tecidos ou projeções de luz sobre objetos físicos produzindo sombras, e até mesmo aquelas que são difíceis de definir, tanto pelas formas quanto pela localização. 

Além da entrada franca, o museu ainda conta com Wi-Fi gratuito e também uma lanchonete no pátio exterior. Fica na Avenida Belgrano n° 992. Horário de funcionamento: terça a domingo das 9h às 19h.


Obra do Museu de Bellas Artes de Salta

13. Museo Histórico del Norte - "Cabildo"

Não apenas um museu, mas também um prédio histórico com ligação profunda com as revoluções que culminaram na liberdade do povo argentino. 

Por lá se encontra um pouco de história pré-colombina e também do processo colonizatório. Conta com as mais variadas peças, objetos milenares de cultura indígena, armas de fogo, roupas e altares da época colonial, planos de construção da cidade, carruagens e até mesmo carros antigos. 

O prédio é um espetáculo a parte, tem vista para a Praça 9 de julho e grande parte dos demais museus que nesta praça se encontram. Horário de funcionamento: terça a sexta das 09h às 13h30 / sábado das 13h30 às 19h30 / domingo das 10h30 às 13h30 e 14h30 às 18h30.

14. Museu de la Ciudad - "Casa Hernández"

Situado em uma casa colonial do final do século 18, foi declarado patrimônio histórico nacional no final dos anos 70. Leva o nome de seu primeiro proprietário, o capitão Juan Hernández y Enriquez. 

O museu conta com instrumentos musicais antigos, fotografias e planos, além de uma biblioteca especializada em história, arquitetura e literatura sobre a cidade de Salta e de seu principal libertador, General Martín Miguel de Guemes. Fica na Praça 9 de julho e o horário de funcionamento é de segunda a sábado das 9h às 13h e das 16h às 20h.

15. Museu Casa de Arias Rengel

Uma casa de época bem na Peatonal Florida, com exposições geralmente de artistas locais, fornece também ótimo lugar para se utilizar o banheiro e ter acesso grátis a internet no centro da cidade. 

As exposições são variadas e vão desde temas saltenhos à peças de origem - ou ao menos réplicas - de arte africana e espanhola. A casa em si já vale a visita. Horário de funcionamento é das 9h às 19h.

16. Museu de Arte Contemporânea

Mais um que se pode encontrar facilmente na praça 9 de Julho, com exposições rotativas - é bom pesquisar antes de ir, pode estar fechado para troca de arquivos - que contam com sessões de inauguração. Horário de funcionamento é de 9h às 19h de terça a domingo.

17. Um Museu que vale a pena pagar - Museo de Arqueología de Alta Montaña

Fundado unicamente devido as escavações no Vulcão Llullaillaco, este museu é a casa de 4 múmias de origem inca que são muito distintas por seu estado de conservação. 

Juntamente com as múmias, a mais de 6500 metro de altura, foram encontrados mais de 160 objetos em perfeitas condições, devido a baixas temperaturas e pressão no local. 

As múmias - todas crianças ofertadas aos deuses - são tão bem conservadas que dão a impressão de estarem dormindo, com a pele perfeitamente conservadas, acompanhadas de artigos que lhes seriam necessários em sua viajem ao além. 

A entrada custa 200 pesos para não estudantes e o horário de funcionamento é das 11h às 19h30, de terça à domingo.

Transporte

Todo o transporte na cidade de Salta, como na maioria das grandes cidades argentinas, precisa ter o cartão de transporte da cidade. Não se pode utilizar o mesmo cartão utilizado em Benos Aires, Mendoza, Córdoba ou Salta.

Na capital do norte a empresa responsável pelo transporte se chama SAETA, e somente através do uso de um cartão desses se pode utilizar o transporte público.

As passagens custam 16 pesos (cerca de 1,6 reais) e o cartão - que não é fácil de encontrar - cerca de 100 pesos. Um problema comum é que a recarga não é feita em muitos lugares, assim, quando encontrar um lugar que exista o serviço, faça a recarga para todos os dias que você puder prever (na Avenida San Martin, na altura da Calle Buenos Aires se pode encontrar um kiosko que realiza o serviço).

Um app bom para se utilizar ao se movimentar pela cidade é o Salta.Plus, que indica os melhores trajetos de ônibus, horários de saída e onde tomar-los.

Algumas dicas não são apenas para destinos específicos, mas sim para economizar em todas as viagens! Se você quer se tornar um especialista no assunto, pode fazer o curso da Worldpackers de Como Viajar Barato e aprender todas as dicas para viajar mais e gastar menos.

Quanto tempo necessito em Salta?

Salta é uma cidade muito diversa. Para fazer os passeios que indiquei é necessário aproximadamente 10 dias. Dois para os povoados próximos, três ou quatro para os museus, dois para conhecer bem a noite do local e mais dois dias, o de chegada e o de saída, para que não fiquem muito cansados. 

Por fim, lembrem-se sempre da água e de diversificar a roupa na mala, os dias são bem quentes, mas as noites nem tanto. Aproveitem!



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