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Guia completo da Chapada da Diamantina, Bahia: fotos, mapas e o que levar

Bora conhecer a Chapada Diamantina, Bahia? Descubra os principais pontos turísticos, explore tudo o que o destino oferece e aprecie paisagens de tirar o fôlego.

Rosana Romão

Jun 06, 2022

23min

Chapada da Diamantina, Bahia

Se existe um lugar que todo brasileiro precisa conhecer, esse lugar é a Chapada Diamantina. Um paraíso localizado no coração da Bahia que reúne montanhas, cachoeiras, lagos, poços, rios, grutas, vegetação, formações rochosas, cânions, cavernas e arquitetura singular. Além das belas paisagens, você também vai encontrar um povo alegre e encantador, culinária saborosa e muita história.

Pela sua grandiosidade, até quem já conhece o destino se surpreende a cada visita; quem vai pela primeira vez se despede com vontade de voltar. Isso porque, as belezas e toda a energia da Chapada Diamantina sempre rendem novos olhares, sensações e recordações.

Descubra os principais pontos turísticos da Chapada Diamantina, explore tudo o que o destino tem a oferecer e aprecie paisagens de tirar o fôlego.

Está preparado para conhecer tudo sobre essa região? Então acompanhe o Guia completo da Chapada Diamantina. Boa leitura!

Conheça os encantos da Chapada Diamantina

Antes de embarcar nessa aventura, é preciso compreender a imensidão da Chapada Diamantina. A área, de mais de 41 mil metros quadrados, abrange 24 cidades. Então ao visitar a Chapada Diamantina, saiba que há muitos lugares para serem explorados, logo você não vai conhecer tudo de uma única vez. Por outro lado, há uma certeza: a conexão com a natureza é surreal e você certamente vai querer voltar.


Chapada da Diamantina, Bahia vale do pati

As águas de rios, lagos, poços e cachoeiras relaxam, a magnitude dos morros e das rochas fazem você sentir-se pequeno diante do mundo e o verde atrai o olhar para o simples. São sensações únicas e inesquecíveis, quase inexplicáveis. É preciso estar lá para entender o quanto a Chapada Diamantina, Bahia é um destino especial.

Outra vantagem é que, independentemente das condições climáticas, o lugar nunca decepciona. Seja sob o sol forte, com nuvens ou até com chuva, a Chapada Diamantina é apaixonante. E mais: a presença de nativos, brasileiros e estrangeiros cria um intercâmbio cultural e gastronômico. Sempre há algo para fazer, conhecer ou compartilhar.

Devido à amplitude da região, você vai encontrar serviços para todos os gostos e bolsos. Hotéis estruturados, hostels diversos, pousadas aconchegantes e até estadia na casa de nativos — no Vale do Pati, por exemplo, essa é a única opção de hospedagem. Também há inúmeros restaurantes, lojas, artesanatos e feiras.

O mais importante ao escolher a Chapada Diamantina como destino da sua próxima viagem é ter a mente aberta. Provavelmente você vai desejar prolongar seus dias e mudar passeios predefinidos, portanto, tenha um planejamento como base mas considere as possibilidades que vão surgir durante a sua permanência.

Por esses motivos, o destino é ideal para quem pretende realizar uma viagem mais demorada — com mais de 2 semanas, por exemplo —, de férias ou até por um período sabático.

Uma forma de estender o período da viagem é por meio do voluntariado, que transforma a mente, torna a viagem mais econômica e traz muitos aprendizados para a vida. Conheça a experiência incrível do viajante Cadu Cassau que se voluntariou para trabalhar em um projeto de permacultura em uma agrofloresta em Lençóis, na Chapada Diamantina.

Ser voluntário Worldpacker é, sem dúvidas, uma das melhores maneiras de aproveitar uma estadia prolongada para desfrutar os encantos da Chapada Diamantina.

História da Chapada Diamantina

Como em várias regiões do país, os primeiros habitantes da Chapada Diamantina foram os índios. Em seguida, vieram os portugueses e os africanos. Na época, as principais atividades econômicas eram o garimpo e a agropecuária.

O nome Chapada Diamantina não foi escolhido à toa. Por volta da metade do século 19, foram descobertas jazidas minerais repletas de diamantes e ouro. Muitas das trilhas que existem hoje são frutos da busca por esses materiais preciosos. Há quem faça os passeios procurando por eles, será que você dá sorte?

Com a circulação da notícia, a existência de diamantes atraiu muitos aventureiros para a região, que acabaram se fixando nas cidades que hoje compõem a Chapada Diamantina, aumentando o povoamento local. O progresso dessas pessoas foi substituído pelo coronelismo na década de 1920.

A época de domínio dos coronéis, cangaceiros e jagunços ficou marcada com a nomeação do lugar: “Vila Rica da Bahia”. O território também ganhou um vice-consulado francês. No entanto, com a exploração exacerbada, a presença de diamantes se tornou cada vez mais rara.

Com a decadência do coronelismo, motivada pela falta de diamantes, logo a região voltou a ser como no início: um lugar simples e tranquilo, típico de interior. No entanto, os moradores precisavam de um sustento. Foi aí que o povo decidiu investir em suas belezas naturais — muitas delas descobertas devido ao garimpo — e arquitetônicas para atrair turistas.

Continue viajando: O guia completo para curtir e se apaixonar por Salvador e TOP 10 praias de Prado, na Bahia

Parque Nacional da Chapada Diamantina: o ecoturismo


Chapada da Diamantina, Bahia vale do capao

O Parque Nacional da Chapada Diamantina foi criado em 17 de setembro de 1985. A Unidade de Conservação recebeu um Plano de Manejo que regulamenta o uso público e passou a ser administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), uma autarquia vinculada ao Ministério do Meio Ambiente, do governo federal. A partir disso, o ecoturismo tornou-se a principal atividade econômica das cidades da região.

Outro destaque é a cidade de Lençóis, porta de entrada para a Chapada Diamantina. Seu conjunto arquitetônico e paisagístico é tombado como Patrimônio Histórico pelo Iphan desde 1973. As charmosas ruas de paralelepípedo e construções do século 19 com belas pinturas rendem ótimas fotos. Por esses e outros motivos, a cidade é utilizada como principal base turística na Chapada Diamantina.

Afinal, onde fica a Chapada Diamantina?

A Chapada Diamantina está localizada na região centro-sul da Bahia, cerca de 428 quilômetros de distância de Salvador e 410 quilômetros de Vitória da Conquista. Seus principais municípios são: Lençóis, Palmeiras, Iraquara, Andaraí, Igatu, Ibicoara, Mucugê e Rio das Contas.

Planejando sua viagem para a Chapada Diamantina: Como chegar, qual época visitar, principais atrativos e mais!

Para quem vem de regiões mais distantes, vale a pena pegar um voo para um aeroporto mais próximo — Salvador ou Lençóis. Já quem busca uma viagem mais econômica, deve utilizar o transporte rodoviário (ônibus ou carro). Veja os detalhes de cada modal.

Como chegar à Chapada Diamantina de Avião 

O aeroporto de Salvador fica distante da Chapada Diamantina, sendo necessário um transporte complementar, como ônibus ou carro para chegar até lá. No entanto, ele apresenta maior frequência de voos, tanto nacionais quanto internacionais, o que torna as tarifas mais acessíveis.

Já o aeroporto de Lençóis recebe voos diretos de Salvador (BA), Confins (MG) e São Paulo (SP). Ele fica na BR-242, a apenas 20 quilômetros de distância do centro da cidade. O trajeto pode ser feito por meio de transfer oferecido por empresas de turismo ou táxi. 

Como chegar à Chapada Diamantina de Carro

O carro oferece mais comodidade aos viajantes porque facilita a chegada e a saída, além do deslocamento entre as atrações. Se você viaja em grupo, a economia é maior, pois basta acrescentar o valor da gasolina e do guia e dividí-lo entre todos em vez de cada um adquirir o seu pacote individual, o que sairia mais caro.

Para quem parte de Salvador com destino a Lençóis, o acesso é feito pela BR-324 até chegar em Feira de Santana. De lá, você dirige até o entroncamento com a BR-116 e depois segue pela BA-052 até o município de Ipirá. Continue o trajeto na BA-233 até chegar na cidade de Itaberaba. Por fim, acesse a BR-242 com destino à entrada para Lençóis, na BA-144.

Se você vem de de uma cidade mais distante e não deseja dirigir por longas horas, opte por fazer a maior parte do percurso de avião e depois alugue um carro em Salvador — os preços são mais atrativos que os de Lençóis e há mais opções de veículos. Ao escolher o veículo, opte por um carro alto pois o caminho tem muitas estradas de terra e de pedras.

Como chegar à Chapada Diamantina de Ônibus

Saindo de Salvador, é preciso ir até a rodoviária da cidade e comprar uma passagem com destino a uma das cidades sede da Chapada. Vale lembrar que a rodoviária fica a 20 quilômetros de distância do aeroporto e o trajeto leva tempo devido ao trânsito da cidade. O percurso pode ser feito de táxi ou uber, além de um ônibus executivo disponível no desembarque do aeroporto.

Se você deseja ir para Lençóis, deve buscar a empresa Real Expresso/Rápido Federal. A viagem dura cerca de 6h e há, pelo menos, três saídas diárias (manhã, tarde e noite). O bilhete custa, em média, R$ 89 e pode ser comprado pela internet e pago com cartão de crédito. A rota disponibiliza assentos comuns e leito.

Para quem pretende ir ao Vale do Capão, a cidade de entrada chama-se Palmeiras. O percurso é o mesmo de Lençóis, operado pela mesma empresa, mas o ponto de descida é diferente, por isso o tempo de viagem é maior: 7h30 de duração. A passagem também pode ser adquirida online e custa R$ 85.

Da rodoviária de Palmeiras até o Vale do Capão, são 20 quilômetros de estrada. Para esse trecho são oferecidos transfers no valor de R$ 20. É importante informar qual o local exato que você deseja ficar.

As cidades de Andaraí e Mucugê não são tão populares quanto as outras, mas valem a visita e um pernoite. A empresa que faz a rota a partir de Salvador até é a Viação Cidade Sol, com passagens a partir de R$ 85.

Veja também: Arquipélago de Tinharé: tudo sobre a ilha de Boipeba, Bahia.

Melhor época para visitar a Chapada Diamantina

Esse é um destino para ser visitado durante o ano todo. Cada época tem as suas particularidades e, dependendo do que você busca, uma pode ser mais recomendada do que a outra. Fatores que devem ser considerados: clima, volume das cachoeiras, temporada de chuvas e a movimentação de turistas.

Também há um fenômeno especial que acontece em um período específico do ano: o facho de luz do sol que torna as águas dos poços mais transparentes e brilhantes. Com base nisso, veja a seguir o que esperar da viagem para a Chapada Diamantina em diferentes épocas.

Clima na Chapada Diamantina

Por estar localizada em uma região mais alta, com muitas nascentes, rochas e áreas verdes, a Chapada Diamantina tem um clima diferente das demais cidades baianas. O verão, quente e úmido, acontece de novembro a março, com a presença de chuvas e temperaturas elevadas. A temperatura máxima pode atingir 32º C e a mínima 20º C. Já o inverno, seco e frio, acontece de maio a outubro, com máximas de 26º C e mínimas de 17º C.

Raio de sol no Poço Encantado e Poço Azul

Esses dois atrativos, localizados em grutas, ficam ainda mais límpidos e reluzentes durante um período específico. Nessa época, o sol entra pelas frestas das cavernas e incide na água transparente, formando um lindo arco de luz. O fenômeno torna o lugar ainda mais magnífico, mas não é fator determinante para a visita, pois os poços são encantadores por si só, em qualquer época do ano.


Chapada da Diamantina, Bahia o que levar

Portanto, se você pretende tornar o passeio mais especial, fique atento às datas:

  • Poço azul — entre fevereiro e outubro;
  • Poço encantado — entre abril e setembro.

Alta e baixa temporada na Chapada Diamantina, Bahia

Como é comum na maioria dos destinos, a alta temporada acontece no período de férias escolares (julho, dezembro e janeiro) e de feriados prolongados. As atrações ficam mais cheias e o preço das hospedagens sobem. O Carnaval e a Semana Santa, por exemplo, atraem muitos visitantes.

O mês de agosto não é tão comum no turismo brasileiro, mas é a época em que o país mais recebe estrangeiros devido às férias de seus países. Também há um evento local que movimenta o turismo, o Festival de Lençóis, que normalmente acontece no feriado de 12 de outubro. Nos demais períodos, o fluxo de visitantes é bem menor.

Uma dica: o São João na Chapada Diamantina é muito divertido. As cidades ganham decoração, os restaurantes investem nos pratos típicos e nas ruas há quadrilhas e apresentações musicais. Normalmente, nessa época, a cidade promove um festival com artistas de renome nacional para celebrar a festa.

Gastronomia na Chapada Diamantina

Por estar na Bahia, você vai encontrar muitos pratos típicos. Mas como o destino também recebe muitos estrangeiros, há espaço para a culinária internacional. Os pratos são feitos com raízes, folhas, grãos e frutos colhidos na própria região acompanhados de carnes e frutos do mar.

Entre as iguarias locais, experimente o cortado de palma, o godó de banana, o palmito de jaca, a taioba, o cuscuz e a tapioca. Para refrescar-se, peça uma das cervejas artesanais fabricadas na região. Também vale a pena experimentar as cachaças e os cafés locais — um dos melhores do país.

O que levar na sua viagem para a Chapada Diamantina

Como se trata de um lugar de turismo ecológico, a mala merece uma atenção especial. Os itens necessários vão depender dos passeios escolhidos, mas existem alguns artigos básicos que você precisa incluir no check-list para sua viagem à Chapada Diamantina.

Entre eles estão: mochila, tênis ou bota apropriada para trilhas e trekking, roupas leves, roupa de banho, garrafa de água, protetor solar, repelente, chapéu e óculos escuros. Vale incluir uma capa de chuva e uma sacola para recolher o lixo produzido durante o passeio. Quem vai acampar deve levar seus equipamentos.


Chapada da Diamantina, Bahia o que fazer

Para a viagem em geral, seja de carro, ônibus ou avião, um travesseiro de pescoço é bem-vindo. Como as ruas são de paralelepído e há muitas ladeiras, é mais vantagem levar uma mochila cargueira do que uma mala de rodinhas. Também é importante incluir uma mochila menor para as trilhas e travessias.

Os registros fotográficos podem ser feitos com diversos itens, mas se você não é acostumado com grandes caminhadas ou percursos com nível de dificuldade alto, o ideal é optar por celulares ou câmeras compactas para diminuir o peso. Câmeras de mão, como GoPro, são excelentes devido ao tamanho e à possibilidade de fazer fotos submersas.

Não esqueça de reservar um espaço na mala para as possíveis compras. Há várias lembrancinhas artesanais com preços acessíveis e produtos locais, como cervejas artesanais e cafés, que valem a aquisição. As feiras de Lençóis e Mucugê, por exemplo, reúnem peças de artistas locais e apresentações artísticas.

Hospedagem na Chapada Diamantina

Como a Chapada Diamantina tem várias bases, primeiro você deve conhecê-las para depois escolher a que melhor se adequa ao seu roteiro de viagem. São elas: Lençóis, Vale do Capão, Mucugê e Igatu. Durante a sua viagem para a Chapada Diamantina, procure conhecer pelo menos dois vilarejos para economizar nos trajetos e aproveitar melhor os diferentes pontos de apoio.

Tipos de estadia na Chapada Diamantina, Bahia

Em geral, as opções de hospedagem são simples, de bom gosto e com destaque para a natureza. Não há grandes redes hoteleiras ou hotéis de luxo, mas as estadias de alto padrão atendem aos requisitos de elegância dos mais exigentes. Para quem prefere privacidade total, há flats e aluguel de temporada.

Quem gosta de ambientes rústicos, descolados e alternativos vai adorar a estadia na Chapada. As diárias em quarto duplo, com ar-condicionado e café da manhã, custam, em média R$ 150. Já em hostel, em quartos compartilhados e com ventilador, são cobradas diárias a partir de R$ 50.

Um dos principais atrativos da hospedagem na Chapada é a alimentação. Os hotéis, pousadas e hostels investem bastante no cardápio regional. O café da manhã é bem servido e a receptividade criam um ambiente familiar muito agradável. E quem não gosta de uma boa refeição para começar o dia?

Para quem tem um estilo mais roots ou busca uma experiência mais intensa com o destino, os campings e as casas dos moradores são excelentes opções. Existem os campings tradicionais, nas próprias cidades bases, em um lugar específico ou dentro de pousadas e hostels, e os campings de natureza, que ficam no meio das trilhas. Eles são utilizados para o descanso de atrativos que levam mais de 1 dia de caminhada.

As agências costumam oferecer o material de acampamento. Já quem vai por conta própria, acompanhado por um guia, deverá levar os seus próprios equipamentos. Em compensação, esse tipo de estadia oferece o contato total com a natureza. Já imaginou dormir entre rochas e montanhas, com vista para as estrelas?

Algumas rotas, como o trekking do Vale do Pati e a Cachoeira do Roncador, oferecem pernoite na casa dos nativos. Os próprios moradores recebem os viajantes e fazem as refeições. Nesse caso, não é preciso levar barraca ou alimentos para todos os dias de trilhas.

Viaje pela Bahia: Conhecendo Salvador como uma worldpacker

Hospedagem gratuita na Chapada Diamantina

Que tal economizar na viagem e conseguir hospedagem gratuita? Para isso, basta dedicar algumas horas do seu dia com o desenvolvimento de alguma habilidade que possui ou que queira aprender.

Por exemplo, é possível ser voluntário em hostels, fazer trabalho social em ONGs, atividades sustentáveis em projetos ecológicos e muito mais. Ou seja, além de adquirir experiência e conhecer o destino por outro ângulo, você ainda ganha estadia e outros benefícios.

Veja algumas opções de hospedagem gratuita oferecidas pela Worldpackers:

Se interessou? Então cadastre-se na plataforma pelo site ou pelo aplicativo, use os filtros personalizáveis e acompanhe as recomendações dos viajantes. Ao se identificar com uma oportunidade, aplique sua candidatura e aguarde o chamado. Depois é só fazer as malas e aproveitar. 

Principais pontos turísticos da Chapada Diamantina

Devido à grande extensão do destino, há várias bases para os turistas se acomodarem. Cada lugar tem o seu estilo e atrativos, portanto vale a pena conhecer mais de um. Confira os principais pontos turísticos da Chapada Diamantina em detalhes.


Chapada da Diamantina, Bahia onde fica

Lençóis - Chapada Diamantina

É onde há melhor infraestrutura turística, com maior concentração de agências de turismo, pousadas, restaurantes e serviços. No entanto, fica longe de atrativos como a Cachoeira do Buracão (Ibicoara/ Mucugê), a Cachoeira da Fumaça e o Vale do Pati, ambos no Vale do Capão.

Se você busca um local mais requintado, pode escolher entre o Hotel de Lençóis, a Pousada Vila Serrano, a Estalagem do Alcino, o Canto das Águas e o Portal Lençóis. Se prefere um lugar com bom custo benefício e bons serviços, vale a pena conferir a Hospedaria Tayrona, a Villa Justen Pousada, a Pousada da Rita, Pousada Solar Azul, Pousada Casa de Geleia e Pousada do Canto Verde.

A opção mais econômica são os hostels. Eles oferecem quartos compartilhados femininos e mistos, além de quartos individuais para duas pessoas. Entre os mais conhecidos estão o Hi Chapada, o Hostel das Estrelas e o Viela Hostel.

Aproveite para estender sua estadia na Bahia ao se voluntariar para ajudar na administração do Viela Hostel, em Lençóis. Passe seu tempo livre explorando as maravilhas da natureza, incluindo o mundialmente famoso Parque Nacional da Chapada Diamantina.

Mucugê - Chapada Diamantina

O clima bucólico de Mucugê, cercado por casarões coloniais coloridos, é um convite ao descanso. Quem visita a cidade nem imagina que ali foi o primeiro lugar da Chapada onde encontraram diamantes. Típico de destinos do interior, o município pequeno e aconchegante, conquista pelo estilo de vida pacata de seus moradores.

Afinal de contas, não é em todo lugar que você encontra pessoas conversando na calçada, namoradeiras nas janelas, praças e coretos arborizados, prédios históricos e o clima agradável da Serra do Sincorá. É um destino perfeito para relaxar e para uma viagem romântica.

Seu principal atrativo é a Cachoeira do Buracão, que tem acesso fácil a partir da cidade — de Lençóis são 210 quilômetros de distância. Mas há outros passeios para incluir na lista: Museu do Garimpo, Cemitério Bizantino, Cachoeira de Três Barras e Cachoeira dos Funis. Entre as opções de hospedagem estão: Pousada Refúgio na Serra, Pousada Monte Azul, Alpina Hotel e Pousada Recanto da Chapada.

Igatu - Chapada Diamantina

Distrito de Andaraí, o lugar ainda é pouco conhecido pelo turismo e esse é o seu charme. O visual exótico e a memória dos tempos de garimpo criam um cenário de cinema. A vila tem vários rastros do apogeu e da decadência na exploração de minérios. O contraste entre as ruínas de pedras antigas e as casas no estilo colonial com o estilo de vida moderno é uma prova disso.

O vilarejo tem seis cachoeiras e um museu a céu aberto, a Galeria Arte e Memória, com obras de artistas locais e lembranças das transformações do garimpo. Igatu também é procurada para a prática de escalada e por suas festas tradicionais: São João, São Sebastião e Festival de Igatu.

O destino tem poucas opções de hospedagem, mas suprem a demanda turística: Pousada Flor de Açucena e Art Hotel Cristal de Igatu. Também há a opção de estadia na cidade vizinha, Andaraí: Pousada Sincorá.

Vale do Capão - Chapada Diamantina

Eis o lugar que carrega a essência da Chapada Diamantina. Conhecido popularmente como Vale do Capão, seu nome oficial é Caeté-Açu. É a segunda principal base da região por oferecer um estilo mais alternativo, tanto nos passeios quanto na hospedagem.


Chapada da Diamantina, Bahia cachoeira da fumaça

Devido à localização, as pousadas investem no conceito “contato com a natureza” e com o clima místico pelo qual o lugar é conhecido. Há estadias com uma visão panorâmica para as montanhas e espaços abertos totalmente integrados com os quartos e áreas de convivência. As mais populares são: Pousada Zen, Pousada do Capão, Pousada Pé no Mato, Pousada Rosa dos Ventos, Pousada Tarumim e Savi Café e Hospedagem.

O vilarejo é bem estruturado, com comércio movimentado na rua principal. Também há ampla oferta de restaurantes e agências de turismo. Além dos passeios pela natureza, as empresas também dispõem de cursos e experiências em tratamentos alternativos para cuidar do corpo e da alma.

A Travessia do Vale do Pati

Muitos turistas deixam de conhecer esse destino pela falta de tempo, pois ele requer pelo menos 3 dias. No entanto, é um dos lugares mais mágicos da Chapada, de total conexão com a natureza e com o mundo interior. Aqui não há pousadas, são os nativos que acolhem os visitantes em suas casas.

O ambiente é aconchegante, com quartos duplos e compartilhados. Já a alimentação segue o típico cardápio baiano, bastante reforçado. As casas não dispõem de serviços como chuveiro elétrico, mas a simpatia dos moradores proporciona uma experiência enriquecedora.

As reservas são realizadas pelas agências com antecedência. As opções disponíveis são: Igrejinha, Prefeitura, casa da Dona Raquel, casa do Seu Wilson, Casa de Dona Leia e casa do Seu Aguinaldo e Miguel. Um conselho: chegue com a mente aberta e volte com muitas histórias para contar.

Como funciona o transporte na Chapada Diamantina

Devido ao tamanho da Chapada Diamantina, é praticamente impossível conhecer o destino sem o uso de um veículo. No entanto, dependendo da sua cidade de hospedagem, alguns passeios podem ser realizados a pé. Lençóis é a melhor cidade para isso, pois reúne atrativos como o Centro Histórico e o Parque da Muritiba. Veja algumas opções de locomoção.

Transporte por conta própria

Viajar com veículo próprio ou alugado, proporciona mais liberdade e economia se você viaja em grupo ou topa convidar outros viajantes para dividir as despesas. Para quem viaja só, o valor final não é tão econômico, então vale mais a pena contratar uma agência.

Mesmo de carro, é necessário contratar um guia da Associação de Condutores, afinal os caminhos não são tão fáceis e as estradas exigem conhecimento de um nativo. A diária de um guia particular custa, em média, entre R$ 150 e R$ 200 para até quatro pessoas — lembre-se de reservar o espaço do condutor no veículo.

Quem gosta de pesquisar as rotas e dirigir o próprio carro deve ficar atento à algumas questões. A BR-242, por exemplo, é bastante movimentada com caminhões e veículos que não costumam cumprir as regras básicas de trânsito, como não ultrapassar em faixa contínua, por exemplo. É preciso dirigir com calma e ter cuidado com as blitz na cidade e com os radares móveis e fixos nas rodovias.

Passeios com agências na Chapada

Os passeios oferecidos pelas agências são contratados individualmente e custam em torno de R$ 150 a R$ 450 a depender do atrativo. Normalmente, as empresas oferecem o transporte, um guia nativo, alimentação e entrada nas atrações no mesmo pacote. Você apenas escolhe para onde quer ir e elas cuidam de todo o resto. Se desejar, também poderá incluir a hospedagem no serviço.

Uma vantagem de contratar esse serviço é a diversidade de pessoas que você encontra, gerando muitas amizades e trocas de experiências. A agência também ajuda o turista a encontrar o melhor custo-benefício para a sua viagem, otimizando o tempo e aproveitando os atrativos de acordo com o seu orçamento. Os pagamentos são facilitados e podem ser parcelados no local ou pelo site.

Onde ficar na Chapada Diamantina

Esse é um fator importante a ser considerado na hora de contratar um passeio com agência de turismo. Dependendo do local de hospedagem, o roteiro pode ser mais inteligente ou mais cansativo. Por exemplo, se você ficar na cidade de Lençóis terá o benefício de escolher qualquer passeio, pois lá é o ponto de partida.

No entanto, existem atrativos com cerca de 300 quilômetros de distância, o que torna o passeio mais cansativo. Nesses casos, vale a pena incluir um pernoite em uma cidade mais próxima, como Mucugê, Igatu e Vale do Capão. Assim, você terá tempo para descansar e o tempo de deslocamento será bem menor.

Veja também: Melhores praias do litoral sul da Bahia: Arraial d'Ajuda, Trancoso e Caraíva

O que fazer durante sua viagem à Chapada Diamantina


Chapada da Diamantina, Bahia quando ir

Ah, os passeios… a parte mais esperada da viagem. Como existem muitas opções, o ideal é fazer uma pré-seleção e planejar bem estadias e deslocamentos, pois os atrativos estão espalhados pelos mais de 41 mil metros quadrados da região. Para facilitar a sua vida, separei os principais lugares por listas, confira.

Travessias da Chapada Diamantina

As travessias são marcadas pela grandiosidade e beleza dos ambientes naturais. São momentos para desconectar-se com o mundo externo e viver a essência da Chapada Diamantina. Elas necessitam de acompanhamento de guia local pois não são bem sinalizadas.

Há travessias curtas, médias e longas, com possibilidade de pernoite. Como não há infraestrutura, os visitantes que desejam acampar devem levar os próprios equipamentos e alimentação — com exceção ao Vale do Pati, onde há opção de hospedagem na casa dos moradores.

Antes escolher uma travessia, o visitante deve atentar-se para as suas condições físicas e preferências pessoais. Também deve adotar uma conduta consciente para minimizar os impactos ambientais. Dessa forma, você garante a própria segurança e a conservação do bem natural.

Confira algumas travessias da região:

  • Lençóis - Vale do Capão (1 dia);
  • Morro do Pai Inácio - Vale do Capão (1 dia);
  • Mucugê - Campo Alegre (2 dias);
  • Estrada Velha (2 dias);
  • Trilha da Cachoeira da Fumaça por baixo (3 dias);
  • Vale do Capão - Mucugê (3 dias);
  • Guiné - Andaraí (4 dias);
  • Vale do Capão - Andaraí (5 dias).

Trilhas e cachoeiras da Chapada

As transformações naturais da Chapada Diamantina resultaram em paisagens deslumbrantes: grutas, cânions, morros, vales e picos. Por esse motivo, o destino é considerado como paraíso do trekking no Brasil. A região também é privilegiada com as nascentes de rios importantes, como o Paraguaçu e o Rio das Contas. As trilhas misturam formações rochosas, ampla área verde e lugares para banho (rios, poços e cachoeiras).


Chapada da Diamantina, Bahia lençóis

É praticamente impossível não incluir pelo menos uma trilha no seu roteiro. Veja as opções:

  • Cachoeira da Fumaça (acesso por cima) — segunda maior do país, com 380 metros de altura;
  • Cachoeira da Fumaça (por baixo);
  • Cachoeira da Fumacinha;
  • Cachoeira Encantada (acesso por baixo);
  • Cachoeira Véu da Noiva;
  • Cachoeira do Mixila;
  • Cachoeira das Andorinhas;
  • Cachoeira do Mosquito;
  • Cachoeira do Buracão;
  • Cachoeira do Capivari;
  • Cachoeira do Ramalho;
  • Cachoeira do Sossego.

Poços e grutas da Chapada Diamantina

Os poços de águas azuis formam a imagem mais icônica da Chapada Diamantina. Eles são agrupados em um único passeio, que contempla o Poço Azul (Nova Redenção) e o Poço Encantado (Itaeté). O primeiro permite flutuação por tempo limitado e o segundo apenas a contemplação. Conforme explicado no tópico “Melhor época para visitar”, esses atrativos são mais procurados em um período específico do ano devido ao fenômeno de incidência da luz solar pelas frestas da caverna.

Os admiradores de história e formações geológicas vão adorar conhecer as grutas, não só pela beleza natural como pelos seus atrativos próximos. As principais ficam no município de Iraquara, próximas a restaurantes regionais e ao Morro Pai Inácio — há passeios combinando alguns desses locais.

Leia maisO que fazer em Arraial D'ajuda: melhores praias e passeios na cidade


Chapada da Diamantina, Bahia trekking

A Gruta da Pratinha e a Gruta Azul, por exemplo, são mais procuradas devido a coloração da água, um azul reluzente em contraste com as gigantescas rochas ao redor. A Gruta Lapa Doce vale a visita pela magnitude e riqueza histórica: são mais de 42 quilômetros de extensão (a visita contempla apenas 850 metros), 72 metros de altura e 60 metros de largura.

A Torrinha é uma das mais completas cavernas do Brasil e tem três roteiros diferentes para visitação. Para quem prefere um percurso menor, de nível fácil, a recomendação é a Gruta da Fumaça. Já os aventureiros podem escolher entre a travessia ou descida de rapel na Gruta do Lapão (50 metros de altura), em Lençóis.

Esportes radicais na Chapada Diamantina, Bahia

O turismo ecológico e o turismo de aventura proporcionam adrenalina e relaxamento em meio a paisagens únicas. Na Chapada Diamantina, há várias opções para os corajosos.

1. Canoagem 

Sabia que a Chapada Diamantina tem o seu próprio “Pantanal”? O Rio Marimbus é uma planície inundada por vários rios que divide espaço com belas plantas aquáticas. O visual é encantador e rende belas fotos. Os turistas podem conhecer o lugar por meio de um passeio de canoa com 4 horas de duração, passando pelo Rio Roncador.

O ponto de partida, normalmente, é a comunidade do quilombola do Remanso, localizada a 22 quilômetros de distância de Lençóis, acessível por uma estrada de terra.

2. Escalada

Se você curte escalada pode comemorar, pois você está no paraíso das rochas. Há, pelo menos, 11 setores permitidos para a prática da atividade em todas as regiões da Unidade de Conservação. Eles contam com um atrativos extras: rios e cachoeiras.

Em Igatu, por exemplo, é possível escalar nos setores Serra Alta e Califórnia, ambos com mais de 500 metros de largura. A cidade também contempla o boulder, modalidade praticada sem o uso de equipamentos de segurança convencionais.

3. Mountain Bike

Que tal pedalar de uma cidade com destino a um povoado criado por antigos garimpeiros? O percurso, de Lençóis até Barro Branco, é composto por trechos calçados durante o ciclo do diamante e pelos pontos de banho no Rio Mandassaia. Apesar de convidativa, a trilha histórica exige experiência para passar pelos trechos de rock garden, formados por pedras e lajedos. Não é à toa que a região já sediou vários campeonatos de Mountain Bike.

Passeios desconhecidos da Chapada Diamantina

Assim como vale a pena conferir os roteiros mais conhecidos, como o Parque da Muritiba com o Serrano que contempla cachoeiras, poços, mirantes e salão de areias coloridas. O turista também deve conhecer os lugares menos populares que são verdadeiros cartões-postais. Como exemplo temos:

  • Cachoeiras de Andaraí e a Gruta da Paixão;
  • Mar da Espanha e cachoeira da Sibéria em Mucugê;
  • Pinturas rupestres da Serra Negra e o Sítio Arqueológico do Matão em Palmeiras;
  • Pico do Barbado (mais alto do Nordeste, com 2.033 metros de altura) entre os municípios do Rio dos Pires e Abaíra.

Como você viu, a Chapada Diamantina, na Bahia, é um mundo. Há diversos atrativos naturais, históricos, boa gastronomia e cultura. Tudo o que um viajante deseja! O destaque se dá para a tranquilidade, o acolhimento e bom humor dos moradores. São esses elementos que criam a energia envolvente do lugar. Mas há mistérios que você só irá descobrir quando estiver lá, então não perca essa oportunidade!

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